domingo, 14 de novembro de 2010

España


Tenho vivido experiências incríveis desde que cheguei a Espanha a pouco mais de duas semanas atrás. Mesmo tendo passado apenas por Madrid Toledo e Barcelona, tive oportunidade de compartilhar muitas coisas boas com todos que encontrei por aqui. No momento estou em Madrid novamente após ter passado uma semana em Barcelona conhecendo lugares e pessoas. O povo espanhol me lembra muito o povo brasileiro em muitas coisas. O pessoal do MADD (Madrid Arte do Deslocamento) me recebeu super bem, no primeiro dia eu já me sentia em casa, como se estivesse treinando ao lado de alguns companheiros de Brasilia como Milano, Leo, Manoel. O pessoal aqui tem um senso de humor muito parecido com o dessa galera, não dispensam boas palhaçadas. Porém ao mesmo tempo são jovens muito comprometidos com o Parkour, treinam sério e colocam paixão no que fazem em busca do auto-conhecimento. Em sua maior parte são jovens entre 18 e 19, e alguns poucos mais velhos sobreviventes da velha guarda.

Acho curioso como praticantes mais novos, de até 20 anos de idade normalmente possuem uma energia que as vezes parece ser inesgotável. Tenho 25 anos agora, longe de me considerar velho, porém sinto que estou em uma energia diferente de quando iniciei meus treinos. Não tenho mais tanta ansiedade por auto-descoberta como eu tinha no começo. Acredito que seja possivel descobrir e aprender coisas novas até o dia em que formos embora deste mundo, porém vejo que a vida é feita de fases. Acredito eu estar em uma fase em que descobri o suficiente sobre minhas capacidades para parar e olhar para novas direções, sinto mais necessidade em conservar o que tenho o quanto eu puder e talvez usar isso para algum bem maior, compartilhar.

Mas estar com o pessoal daqui me fez voltar lá atrás no inicio dos meus treinos, quando eu não tinha muita certeza ainda do que podia fazer, testava o corpo com mais frequência. Voltei a tentar coisas mais distantes, puxar a potencia ao limite, coisa que eu não venho fazendo muito, pois tenho focado em coisas mais técnicas já a algum tempo. Me sinto como nos velhos tempos, o dia todo perambulando pelas ruas, voltando pra casa parecendo um mendigo com as mão parecendo a sola de um sapato de tão calejadas, e acordar no outro dia só o pó da mandioca. Me sinto forte como nos velhos tempos, confiante em cada movimento, me sinto vivo.

Confesso que apesar de toda essa gente boa em Madrid gente e todos esses picos maravilhosos, me senti mais atraído por Barcelona. São picos diferentes, que me lembram muito Brasilia em alguns momentos, de maneira geral não são coisas tão visíveis e só com um bom olho se consegue achar algo. Bom talvez eu tenha sido atraído mais por Barcelona pelo fato de estar situada na costa, e eu como um típico Brasiliense fico louco quando vou a praia, ainda mais estando em uma cidade com tanta riqueza cultural como a capital da Catalunya. Definitivamente quero voltar algum dia.
No treino de ontem tive a oportunidade de conhecer uma praticante da Grecia que estava visitando a Espanha. O nome dela é Maria Raptaki, confesso que não a conhecia nem de nome, mas pelo que observei ela parece ser uma grande referencia para as garotas! Assisti alguns de seus vídeos, que são muito bons. Ela mencionou a mim que muita gente do Brasil costuma adicionar ela no facebook. Foi bem simpática.
Tenho gravado muitas coisas com uma pequena filmadora que comprei em Londres, talvez em um futuro próximo eu edite algo para deixar de recordação. Depois de amanhã estarei seguindo para França onde ficarei por alguns dias. Tenho medo só de imaginar o frio que deve estar la agora, se aqui em Madrid que é mais pro sul já está frio. Porém espero aproveitar bem o tempo la assim como tenho feito por aqui. Bom, mas isso é papo para uma próxima postagem.

Paz.

sábado, 9 de outubro de 2010

Depois de algum tempo vivendo o Parkour...


Depois de algum tempo vivendo o Parkour, ha um momento em que você passa a respirar o ar com maior intensidade, enxergar as coisas a sua volta com maior clareza. As duvidas sobre as quais você sempre permaneceu, agora já não fazem mais parte do seu dia-dia. Se antes você duvidava sobre coisas que o seu corpo sempre pode fazer, hoje você se sente incapaz de parar de se mover, ou incapaz de simplesmente deixar com que outros lhe digam em qual forma você deve se mover, movimento padrão. Talvez todos nos estejamos condenados a conviver com isso para o resto de nossas vidas. Talvez tenhamos nos despertado de um sono em que voltar a dormir signifique regredir, apodrecer.

Algo que talvez represente isso muito bem seja caminhar em uma floresta fechada, onde mal se vê o azul do céu e as cores das folhas, e após subir uma montanha, enxergar toda a floresta pelo lado fora, enxergar os raios solares nos refletindo o real verde da mata e tambem os pássaros voando livremente sobre a imensidão. Talvez seja impossível permanecer sempre no topo de uma montanha observando essa paisagem, pois precisamos descer para continuar a caminhada. Mas caminhar sobre as montanhas nos permite enxergar o que é real. Talvez a floresta represente a nossa vida, e praticar o Parkour seja como subir em uma montanha e enxergar toda a verdade sobre a floresta. A floresta nunca mais volta a ter o antigo significado, o antigo valor.

Vivemos em um mundo doente, e talvez nos mesmos sejamos a doença, mas sinto que algumas coisas que fazemos na vida deixam de nos colocar na posição de doença e nos transformem em cura. E acredito que o Parkour é uma dessas coisas. Parkour é só um simples nome que representa muito mais que simplesmente o original significado da atividade, Parkour pode ter milhares de outros nomes espalhados por esse mundo, e tem. Parkour é descoberta, é liberdade e transformação. Impossível que se entenda sem experienciar. Mas nem todos estão preparados para essa transformação, alguns permanecerão em seu sono ate o fim de suas vidas.

O ser humano é o único animal que sabe que um dia ira morrer, e isso faz com que cultivemos o medo. Cultivar o medo significa adormecer para a vida, viver o que é ilusorio. Não tenha medo, permaneça acordado, viva o que é real.

domingo, 8 de agosto de 2010

ADAPT days.

Finalmente os dias de ADAPT acabaram, e posso descansar um pouco. Foi uma semana muito intensa, tanto para o meu corpo quanto para minha mente. Foram 4 dias oficiais de ADAPT. Muita informacao indo e vindo e muita pratica fizeram com que minha energia se esgotasse. Mas felizmente nao poderia ter sido melhor, aprendi muito!

O primeiro dia foi o mais chato apesar de necessario, tivemos aulas de primeiros socorros e tambem de como se comportar perante criancas e mulheres. Aqui no Uk eles sao muito neoroticos com esse lance de abuso, eh possivel exergar isso no dia-dia aqui em Londres. Nos dias seguintes entramos no que realmente interessa, o Parkour.

Muita gente deve pensar que voce precisa ter um nivel altissimo de Parkour para fazer um ADAPT, mas na verdade eh nada mais nada menos que um curso que vai te preparar para instruir um iniciante. Como aborda-lo, como administrar um treino, tipos de exercicios, carga e por ai vai...Nesse aspecto creio ter aprendido bastante. Muita gente com um nivel alto de parkour as vezes nao consegue instruir da forma correta um iniciante, e eh essa a proposta do ADAPT para quem nao sabe. Bom, eu nao vou ficar aqui detalhando muito como eh o ADAPT, mas acho legal ao menos deixar claro sobre a proposta principal.

As sessoes de ADAPT comecavam todos os dias pela manha e so terminava ao final da tarde, sendo que a noite ainda tinhamos que ir em alguma aula da PKGen para ajudar a instruir, como uma especie de estagio, que mesmo agora apos o ADAPT eu continuarei fazendo junto ao pessoal da PKGen.

Foi uma otima oportunidade para conhecer novos tracers. Tinha gente dos EUA, da Russia, da Irlanda e do proprio Uk, mas vindo de outras cidades. Tive a oportunidade tambem de conhecer o Jason, da antiga TCT. Para quem nao sabe, o Jason fazia parte da galera oldschool do Parkour aqui na Inglaterra, junto com Jin, Owen, Blane...Ele eh uma pessoa super amigavel com quem criei amizade facilmente, e espero ve-lo mais vezes por aqui.

Tive a oportunidade tambem de finalmente conhecer o Forest, foi ele quem esteve com agente no ultimo dia de ADAPT fazendo as avaliacoes. Ninguem melhor que o Forest e sua voz medonha ahahah. Tirando que eh cara eh praticamente um armario. Eu e o Jason fomos dispensados do exame pratico, pois alegaram que ja tinham nos avaliado e que nao precisariamos passar por essa avaliacao. Fiquei bem contente, pois foi algo que eu nao esperava.

Ao final do ultimo dia de ADAPT, eu e o Jason fomos junto com o Forest para auxilia-lo em um treino outdoor. No caminho paramos para lanchar num Cafe, e ficamos um tempao tendo uma discussao bem filosofica sobre coisas profundas da vida, foi bem legal compartilhar um pouco de ideias com esses dois, e engracado tambem. Forest vai ser pai no mes que vem, e ele contou pra gente um pouco da sensacao e dos planos. Depois disso fomos para a aula. Esta sendo muito bom essa experiencia de ajudar a instruir iniciantes nas aulas da PKGen, estou aprendendo muito. Nesse dia a classe foi separada em dois grupos, e eu fiquei para ajudar no grupo do Andy, e o Jason ficou no grupo do Forest. Ao final nos despedimos e fui com o Jason para a estacao de metro refletindo sobre o dia e sobre o treino.

Agora aqui estou no meu fim de semana de folga, recuperando meu corpo e minha mente e nessa proxima semana estarei de volta aos treinos. Volto em breve com mais novidades.

Ate breve! Bons treinos.




domingo, 25 de julho de 2010

Off-The-Wall Jam.

Tem sido incrivel esse tempo em Londres, tenho descoberto e aprendido muitas coisas nao so em termos de Parkour, mas coisas legais que se leva para o resto da vida. Hoje tive a oportunidade de participar do Off-The-Wall, que se trata de um encontro mensal promovido pela Parkour Generations, realizado em cada ultimo fim de semana de cada mes. O encontro eh gratuito e qualquer um pode participar. Hoje o encontro foi realizado nos famosos muros de Vauxhall.

Basicamente esse encontro se trata de um treino livre, otimo para conhecer novas pessoas e trocar algumas dicas de Parkour. So ha uma parte guiada, que eh o aquecimento. Hoje quem guiou o aquecimento foi um cara chamado Brian, ele eh um dos membros da PKgen e um cara incrivelmente legal. Posso falar facil que ele fez o meu dia. Ele tem um jeito bem estrovertido de ensinar Parkour e transforma o treino em algo incrivelmente agradavel e descontraido. Ao fim do treino ele ainda por livre e espontanea vontade me pagou uma garrafa de agua. Dificil encontrar pessoas com essa energia tao positiva aqui em Londres, isso me deixou realmente feliz.

Fora o Brian, um outro membro da PKgen que apareceu por la foi o Blane, recem chegado do Brasil, onde introduziu o ADAPT pra uma boa galera la em BH. Ele nao treinou, apenas ficou instruindo algumas garotas durante pouco tempo. Trocamos uma ideia, ele me contou um pouco de sua experiencia no Brasil, acai, guarana, e afins.... e disse que percebeu uma otima evolucao na galera que participou dos treinos por la e que gostou muito. Fiquei feliz em ouvir isso dele. Enfim, eh um cara bem legal tambem e com quem espero ter mais experiencias nos treinos por aqui.

Quem deu as caras pela regiao de Vauxhall tambem foi o pessoal do recem criado Storm-freerun, um grupo de freerunning aqui do UK. Todos eles estavam por la, Tim Livewire, BLue....mas nao cheguei a trocar ideia com nenhum deles, a nao ser o ''Spider'', com quem eu ja havia treinado junto em companhia do Max e outros caras aqui de Londres. Mas sim, os caras tem skills, principalmente o tal de Blue, que fez saltos extremamente grosseiros por la. Creio que eles estavam filmando algum material para montar algum video.

Ao final, o pessoal se reagrupou para tirar um foto, como imagino que deve ser feito sempre. Foi um dia bem legal e espero ter mais dias como esse.

Ate breve!







sábado, 10 de julho de 2010

Resumo dos ultimos dias.

Essa ultima semana foi bem legal, tenho treinado bastante. Fazia muito tempo que eu nao treinava com tanta frequencia como tenho treinado, entao ja consigo sentir meu nivel tecnico um pouco melhor. Meu amigo Pedro Thomas chegou, e tenho saido sempre com ele para alguns picos de Londres.

Na terca-feira fomos encontrar com o Chima, um tracer local bem conhecido pelos simpatizantes da UFF. Achei ele um cara super legal, foi bem receptivo e engracado, tem um jeito bem parecido com o jeito brasileiro. Treinamos por agum tempo na regiao de southbank (regiao com os picos mais conhecidos de londres) e depois disso partimos para um ginasio um pouco mais afastado do centro onde ele da aulas para iniciantes. Pagamos 5 libras, e usamos o ginasio por 3 horas treinando livremente, sem contar a alta qualidade do ginasio. Me falaram que esse ginasio nao era o melhor daqui de Londres, mas pelo que vi, creio ser melhor que qualquer um no Brasil. Havia um fosso enorme, dezenas de equipamentos, colchoes de todas as formas, enfim, um paraiso. Foi um dia e tanto, trenei litros.

Uma curiosidade: Se ai no Brasil voce acha que Parkour chama atencao nas ruas, entao voce precisa ver aqui em Londres. Quem treina Parkour na rua vira quase um pop star. Uma muldidao para pra te ver fazer as coisas, tiram fotos, aplaudem...um paraiso para qualquer show-off. Dai da pra entender um pouco do cenario por aqui.

Bom, antes de ontem sai para treinar com o Alli Shelton da PKgen. Foi a segunda vez que treinei com ele. Fomos para alguns picos de uma regiao chamada ''Elephant and Castle''. Regiao bem conhecida pelos tracers daqui onde ha varios predios abandonados, e varios de picos legais para treinar. Foi um treino muito bom. Eu gosto dos treinos com o Alli porque me identifico muito com o jeito dele de treinar. Fizemos diversas precisoes de cima de um muro de uns 2 metros de altura para uma trave de gol, indo e voltando. depois demos mais uma andada e ele foi me mostrando toda a regiao. Passamos por uma multidao e descobrimos que ali estava sendo filmado um longa-metragem. Era uma producao enorme, devia ser algum filme de alto orcamento com certeza. Mas nem paramos para perguntar, so observamos um pouco e depois continuamos nosso treino. O engracado foi que um hora chegou um cara que estava trabalhando no set de filmagem, e falou para sairmos de onde estavamos, pois aquele local estava servindo de background para as cenas que estavam sendo rodadas. Imagina se aparecessemos no fundo de algum filme famoso, treinando parkour, iria ser engracado haha.

Bom, depois do treino, compramos agua e melancia em um mercado local, sentamos num banquinho e comecamos a conversar um pouco. Adoro essa parte do treino, pois eh sempre bom compartilhar ideias e opinioes com outro tracer, ainda mais sendo o Alli, um cara super legal com ideias boas. Depois disso nos despedimos e cada um foi para o seu lado.

Ainda nao fiz outro treino depois disso, pois estou tentando obedecer meu plano de nao treinar todos os dias para eu nao acabar com o meu corpo, e tudo esta indo bem dessa forma. Quando nao estou treinando, tenho saido pra conhecer lugares e pessoas. Tem sido bem divertido, sinto meu ingles bem mais fluido.

Eu e o Pedro conseguimos falar com o Chris ontem, e talvez semana que vem estaremos indo a Moreton, fazer um treino com o Mr Danny Ilabaca, sim isso mesmo! Ele esta aqui no uk passando algum tempo antes de voltar para suas viagens pelo mundo. Bom, espero que corra tudo bem, estarei postando novidades a respeito em breve. E prometo colocar fotos em breve tambem.

Entao ate breve!

(Por favor me perdoem pela falta de acentos e erros gramaticais, esse teclado do Uk nao colabora em nada!)


Resumo dos ultimos dias.

Essa ultima semana foi bem legal, tenho treinado bastante. Fazia muito tempo que eu nao treinava com tanta frequencia como tenho treinado, entao ja consigo sentir meu nivel tecnico um pouco melhor. Meu amigo Pedro Thomas chegou, e tenho saido sempre com ele para alguns picos de Londres.

Na terca-feira fomos encontrar com o Chima, um tracer local bem conhecido pelos simpatizantes da UFF. Achei ele um cara super legal, foi bem receptivo e engracado, tem um jeito bem parecido com o jeito brasileiro. Treinamos por agum tempo na regiao de southbank (regiao com os picos mais conhecidos de londres) e depois disso partimos para um ginasio um pouco mais afastado do centro onde ele da aulas para iniciantes. Pagamos 5 libras, e usamos o ginasio por 3 horas treinando livremente, sem contar a alta qualidade do ginasio. Me falaram que esse ginasio nao era o melhor daqui de Londres, mas pelo que vi, creio ser melhor que qualquer um no Brasil. Havia um fosso enorme, dezenas de equipamentos, colchoes de todas as formas, enfim, um paraiso. Foi um dia e tanto, trenei litros.

Uma curiosidade: Se ai no Brasil voce acha que Parkour chama atencao nas ruas, entao voce precisa ver aqui em Londres. Quem treina Parkour na rua vira quase um pop star. Uma muldidao para pra te ver fazer as coisas, tiram fotos, aplaudem...um paraiso para qualquer show-off. Dai da pra entender um pouco do cenario por aqui.

Bom, antes de ontem sai para treinar com o Alli Shelton da PKgen. Foi a segunda vez que treinei com ele. Fomos para alguns picos de uma regiao chamada ''Elephant and Castle''. Regiao bem conhecida pelos tracers daqui onde ha varios predios abandonados, e varios de picos legais para treinar. Foi um treino muito bom. Eu gosto dos treinos com o Alli porque me identifico muito com o jeito dele de treinar. Fizemos diversas precisoes de cima de um muro de uns 2 metros de altura para uma trave de gol, indo e voltando. depois demos mais uma andada e ele foi me mostrando toda a regiao. Passamos por uma multidao e descobrimos que ali estava sendo filmado um longa-metragem. Era uma producao enorme, devia ser algum filme de alto orcamento com certeza. Mas nem paramos para perguntar, so observamos um pouco e depois continuamos nosso treino. O engracado foi que um hora chegou um cara que estava trabalhando no set de filmagem, e falou para sairmos de onde estavamos, pois aquele local estava servindo de background para as cenas que estavam sendo rodadas. Imagina se aparecessemos no fundo de algum filme famoso, treinando parkour, iria ser engracado haha.

Bom, depois do treino, compramos agua e melancia em um mercado local, sentamos num banquinho e comecamos a conversar um pouco. Adoro essa parte do treino, pois eh sempre bom compartilhar ideias e opinioes com outro tracer, ainda mais sendo o Alli, um cara super legal com ideias boas. Depois disso nos despedimos e cada um foi para o seu lado.

Ainda nao fiz outro treino depois disso, pois estou tentando obedecer meu plano de nao treinar todos os dias para eu nao acabar com o meu corpo, e tudo esta indo bem dessa forma. Quando nao estou treinando, tenho saido pra conhecer lugares e pessoas. Tem sido bem divertido, sinto meu ingles bem mais fluido.

Eu e o Pedro conseguimos falar com o Chris ontem, e talvez semana que vem estaremos indo a Moreton, fazer um treino com o Mr Danny Ilabaca, sim isso mesmo! Ele esta aqui no uk passando algum tempo antes de voltar para suas viagens pelo mundo. Bom, espero que corra tudo bem, estarei postando novidades a respeito em breve.

Entao ate breve!

(Por favor me perdoem pela falta de acentos e erros gramaticais, esse teclado do Uk nao colabora em nada!)


domingo, 27 de junho de 2010

Uk, cheguei.

Aee, finalmente meu primeiro post em terras inglesas. Cheguei bem, apesar de a viagem ter sido muito cansativa, entao ainda nao me recuperei por completo. Esse problema de fusorario 'e complicado, ainda preciso me acostumar. Bom, ainda nem pensei em treinar pois ainda estou me situando aqui. Pra mim 'e tudo novo e me sinto perdido em um labirinto, mas aos poucos creio que vou me situando melhor na cidade. Mas confesso que picos legais de Parkour eh o que nao falta. Existem muros de todos os tamanhos e coisas escalaveis por todo lado, ja estou aguniado pra sair treinando por ai. Creio que no proximo dia 29 irei participar de um treino da PKgen pra conhecer o pessoal la, mas com o tempo irei contando tudo aqui. Creio que meu amigo Pedro Thomas vai chegar em Londres nos proximos dias, entao ficarei ao aguardo dele para podermos sair desenfreadamente pelos picos. No momento estou hospedado em um Hostel com gente de todos os paises possiveis. Por sorte minha tem alguns Brasileiros por la que estao me ajudando na adaptacao. Bom, fico por aqui, logo mais posto mais noticias. Perdoem-me pelos erros de portugues, mas nao achei alguns acentos nesse teclado ingles. =/

Ate Breve!

Pedro Santigas

domingo, 20 de junho de 2010

Reportagem sobre Parkour.

Recentemente dei uma entrevista para o Jornal Comunidade, aqui de Brasília. Acredito que houveram alguns equívocos no texto por parte da edição.

O primeiro é quando foi mencionado o fato de no Parkour ter como objetivo "ir além de seus limites". Então, eu gostaria de deixar claro que como eu sempre disse, no Parkour (pelo menos no Parkour que eu acredito) visamos a busca pela ampliação desses limites, através de muito treino e repetição, e não tentar ir além de nossos limites em momento algum.

O segundo equivoco, que foi mais uma falta de clareza, foi na parte que eu mesmo menciono que a Parkour Generations hoje, é quem dita a evolução do Parkour no mundo. Então queria deixar claro que acredito que hoje em dia a Pkgen dita essa evolução no sentido corporativo da coisa, e não no sentido do Parkour em si. Até porque acho que qualquer um pode contribuir para a evolução da prática em si. Tem gente que mistura até circo com Parkour por ai LOL

São só essas duas coisas bobas, fora isso ficou bem bacana. Ahh lembrei, teve a parte do "muro de 7 metros", mas deixa isso pra la....Quando passei a ver as coisas que meu amigo Mauricio faz aqui em Brasília em um treino, passei a não duvidar de mais nada quanto a longos saltos e grandes escaladas.

Agradeço ao Pessoal do Jornal Comunidade pela oportunidade. E também quero dizer que nos próximos dias estarei entrando na moda do momento, e se Deus quiser, embarcando rumo a Londres, onde ficarei por algum tempo para viver uma incrível aventura em clima de muita alegria e azaração. Brincadeira, mas nessa viagem pretendo principalmente treinar forte e trocar experiências com Tracers locais. Pretendo postar aqui sempre que possivel todos os fatos. Então é isso, rezem por mim.


Até breve!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

As crianças e o bloqueio mental


Acho incrível a facilidade que as crianças num geral tem para se movimentar, a percepção que elas tem do ambiente. Elas estão em um período de descoberta do corpo, e ainda não possuem muitos traumas e bloqueios em suas mentes.

Saí para treinar na noite passada aqui no condomínio onde moro, já estava no período norturno, e incrivelmente fazia muito frio(sim, aqui e Brasília) lá fora. Fiz alguns exercícios simples para aquecer o corpo, e comecei a fazer um treino bem técnico, com alguns percursos buscando sempre uma maior variedade na movimentação. Só para deixar claro, esse local onde treino regularmente, se trata de um ambiente basicamente feito para crianças e jovens na pré-adolescencia, com uma pista de skate, e algumas estruturas construídas para elas brincarem.

Geralmente quando saio para treinar aqui no condomínio, procuro observar pela janela se há crianças brincando no local, pois me desanima um pouco treinar com elas por perto nas vezes que pretendo fazer um treino mais focado, buscando uma real evolução técnica ou física. Bom, o fato é que durante qualquer treino que eu faça que há crianças por perto, elas tendem a ficar perguntando muitas coisas e pedindo para eu repetir algum movimento milhares de vezes, se impressionam facilmente. E nas vezes que estou em um momento de busca por uma concentração maior, fica impossível fazer isso por conta da presença da criançada. Tirando essas vezes em que estou mais individualista, eu adoro mostrar e falar um pouco do Parkour para as crianças que se aproximam, pois tem umas que realmente são bem imprudentes desde a infância e precisam de uma instrução maior.

Bom, voltando aos fatos, estava eu lá concentrado em meu treino, quando surge um pequeno grupo de 3 pequenos travessos, cada um ali por volta seus 8 anos de idade. Como já era esperado, começaram a se espantar com qualquer simples salto de precisão que eu efetuava, e pediram para que eu fizesse mais vezes, dando até algumas dicas de movimentação para mim. È incrível como tudo se torna bem maior do que realmente é, quando se tem essa idade, não é mesmo? Então estava ali, acabado o meu treino, o jeito foi ir fazer alguns planches ainda ali por perto, porque pelo menos isso não é algo que precise de extrema concentração ao meu ver, é uma questão de usar a força e pronto GRRR.

Um dos meninos se aproximou de mim e me propôs uma brincadeira, que era a seguinte: atravessar toda a região onde fica uma grande estrutura “playground”, e chegar o outro lado. Mas isso com uma regra: todas as partes de coloração azul da estrutura não poderiam ser tocadas. Resumindo, era uma brincadeira totalmente relacionada ao Parkour, mesmo que ele não chamasse isso de Parkour. Infelizmente, eu tive que falar pra ele que eu não poderia participar, pois a estrutura possui uma placa escrito que é proibido o uso por adultos, e eu procuro respeitar isso, mesmo que as vezes e utilize as partes onde tem umas barras que são bem firmes e resistentes para se fazer algum exercício de condicionamento dos braços.

Mesmo eu não participando da brincadeira, eu o desafiei a tentar sozinho mesmo. O menino então topou e começou a escalar a estrutura. Fiquei “perpréctu” (como já diria Gil Brother), quando observei a facilidade com que garoto criava alternativas para se mover no ambiente, percursos que eu não conseguia enxergar antes de ele iniciar a brincadeira. Ele fez um percurso totalmente improvável para mim, e em alguns momentos em que eu achei que ele iria travar em medo de cair de estrutura, ele passou normalmente, sem exitar em hora alguma. Achei tudo muito incrível, principalmente a percepção corporal do menino. Isso me fez lembrar da minha infância, e nas coisas que eu costumava aprontar por ai sem medo algum. Lembro de uma vez que pulei de uma ponte de uns 20 metros para a água, com uns 12 anos de idade, e que hoje eu não sei se pularia. No final eu o parabenizei e disse que achei bem legal a forma como ele concluiu o trajeto. Depois disso passou algum tempo, fiz um alongamento, me despedi dos garotos e fui embora.

Eu sei que aprendi muito com esse menino. Desde o inicio dos meus treinos sempre tive muito bloqueio com altura, já tive muitas conquistas sim, evoluí, mas tenho que estar exercitando isso freqüentemente para não regredir. Tudo isso me fez refletir sobre os bloqueios mentais que adquirimos ao longo da vida, e que às vezes podem nos fazer mal. O fato é que no final, ganhei uma lição:
Ás vezes as pessoas precisam confiar em seu próprio instinto, e as que exercitam ele freqüentemente(nós do Parkour por exemplo) precisam mais ainda.


Até Breve!

Pedro Santigas

domingo, 4 de abril de 2010

Me lesionei fazendo Parkour, e agora?


É comum vermos atletas de ponta lidarem com lesões com bastante frequencia. Creio ser impossivel alguém com uma rotina forte de treinos, principalmente em esportes de alto rendimento, e não estar sujeito a algum tipo de lesão. Bom, e como fica o Parkour no meio disso? Parkour pode ser comparado a um esporte de alto rendimento ou não? Me lesionei fazendo Parkour, e agora?

Sabemos que o Parkour é uma atividade que em sua essência não envolve competições ou busca por medalhas. Porém é fato que se quisermos ter um bom rendimento dentro da atividade, e desenvolver um bom Parkour, precisamos manter um ótimo condicionamento físico, ter uma boa alimentação, um bom sono, enfim, levar uma vida saudável. Isso se deve ao fato de o Parkour ser uma atividade em que o tempo todo envolve o uso da força física em praticamente todas as partes do corpo, e principalmente o uso da concentração para fazer um determinado movimento. Então por ser uma atividade em que envolve muito impacto, podendo também haver situações de muito risco, é extremamente necessário não admitir erros nos treinos, e treinar repetidas vezes um determinado movimento, bucando sempre a perfeição, treinar o condicionamento físico, ter um corpo forte. Sobretudo, saber o seu limite, até onde deve ir, saber a hora de parar e descansar. Essa é a melhor forma de prevenir alguma lesão dentro do Parkour.

Mas como não somos nenhum Wolverine, muito menos um Hulk, mesmo com toda a prevenção, nossos corpos também no Parkour estão sujeitos a lesões. E quando isso acontece, é a hora de tentar tirar aprendizados, que poderão ser valiosos. Particularmente falando, eu já me lesionei algumas vezes, e apesar de não ter sido nada realmente grave, pude aprender muito. A partir do momento em que você se lesiona, e está impossibilitado de treinar, é hora de parar e refletir sobre seu momento dentro da atividade, se conhecer melhor e sobretudo, não desistir. É preciso analisar onde estão seus erros, onde e de que forma você pode melhorar, é hora de readaptar sua mente, reavaliar conceitos, e também conhecer mais sobre seus limites. Talvez o periodo de lesão seja a sua maior prova dentro da atividade. É preciso ter muita paciencia para encarar todos os momentos da recuperação, pois para todas as etapas terá a sua hora certa. A recuperação consiste em um processo gradual, e pode ser muito arriscado pular essas etapas.

Pesquise, vá a um médico, procure saber mais sobre sua lesão e tudo que pode ser feito para se reabilitar. Assim como em um treino de Parkour, o período de lesão é a hora de se diciplinar, colocar metas, planejar da melhor forma a sua reabilitação. Se motive, busque inspiração em pessoas que já passaram por momentos de lesão e que se recuperaram. Você não é o primeiro, nem ultimo a passar por isso. Viva intensamente esses momentos, pois esse periodo será só seu, você estará sozinho nele, e tudo dependerá somente de você e de onde você quer chegar. Busque fazer outras coisas em momentos em que você queria estar treinando, pode ser um período para o ganho de novos conhecimentos sobre outras areas da vida, afinal a vida não é só Parkour assim como eu disse em um post anterior, o Parkour é somente uma das infindáveis ferramentas que o ser humano possui para se expressar.

Lidar com uma lesão nem sempre é facil, muito pelo contrário, pode ser muito dificil e doloroso. Mas só você mesmo vai saber o verdadeiro grau de importancia e o impacto que isso possui. Independente da gravidade da lesão, é você quem irá determinar como tudo irá acontecer adiante. É importante lembrar que nada vem de graça, e pra tudo há de se pagar um preço, até mesmo para bons aprendizados e descobertas.

Bons treinos, ou boa recuperação.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Amor sobrevive.


Seja no trabalho, escola ou faculdade, o fato é que muito vemos por ai muitas pessoas que exercem suas atividades sem o prazer de exercê-las, com motivações erradas, ou mesmo sem uma motivação real. É importante e fundamental encontrarmos amor naquilo que fazemos. Como ja diria aquela frase do Livro “Caminho do Guerreiro Pacifico” de Dan Millman: "Um guerreiro não desiste daquilo que ama, ele encontra amor no que faz.”

Depois desses anos praticando o Parkour ou a Arte do Deslocamento, eu descobri que realmente ainda tenho muito a aprender. Mas nada sobre escalar muros, ou pular cercas, mas sobre aquilo que fica aqui quando vamos embora dessa terra, os princípios que praticamos e pregamos ao longo dela. Tenho descoberto muito sobre mim mesmo, e quero continuar descobrindo até o final, e isso tem me feito refletir muito sobre a motivação que tem me feito treinar. Muitas vezes saímos para o treino com a motivação errada em mente. É preciso estarmos o tempo todo ligados naquilo que nos faz sair para fazermos o que fazemos, e seja lá o que for que façamos, façamos com amor. Tenho descoberto que essa atividade que pratico não significa muita coisa, ou nada, comparada ao que podemos transmitir através dela. É como você receber um presente por correio, com uma caixa muito bonita, e quando vai abrir ela, não há nada lá dentro, ou seja, a caixa se torna algo inútil.

Tenho visto que o Parkour é só, ou mais uma caixa, na qual podemos carregar muitas coisas valiosas dentro dela, porém muitas pessoas insistem em carregá-las vazias. Pedro, mas pra que esse post todo meloso? Não é questão de ser meloso ou não, mas é uma verdade que vejo diariamente. Pessoas sem propósito algum no que fazem, ou com propósitos totalmente desvirtuados, e isso acaba no final trazendo conseqüências tristes, e uma vida sem sentido. Eu faço questão de antes de qualquer salto que eu faça, estar antes me perguntando se estou fazendo aquilo dentro do propósito certo, ou com algum propósito que valha realmente a pena. Faço questão de mostrar para as pessoas o valor que aquilo tem para mim, e falar que aquilo pode nos tornar pessoas melhores se quisermos. Aquele salto não vai servir de nada, e será apenas mais um salto se eu não levar comigo algumas coisas como a amizade, a honestidade, a integridade, a benevolência, bondade, a humildade, a generosidade, a paciência, e acima de tudo o amor. Creio essa ser a base para um bom desenvolvimento em qualquer coisa que você faça na vida. Sem isso nos tornamos apenas caixas vazias e manipuláveis.

Nossos corpos são meras carcaças frágeis, que irão embora com o tempo. E o que vai ficar aqui depois? Você já pensou em que legado você quer deixar aqui quando partir? Pensem bem nisso antes de saírem pra treinar, e poderão estar aptos a desenvolverem coisas magníficas, e melhor ainda, permitir com que outras pessoas façam o mesmo.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Raymond Belle

Eu estava dando uma navegada pelo Blog do David Belle, e me deparei com um video muito interessante com varias imagens e cenas antigas dos Pompiers de Paris (Bombeiros) e do Raymond Belle, pai de David.

Eu nunca havia assistido apesar de a data estar 2006. Achei bem legal. É Sempre bom dar umas retornadas ao passado, e estar sempre lembrando como começou essa história toda de Parkour.


link: http://www.wmaker.net/parkour/Raymond-Belle_r4.html

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Santigas Sessions 2009

Uma breve compilação de cenas do meu ano de 2009. A grande maioria das cenas estão em outros videos já postados, mas deixo aqui essa nova edição juntando todas elas e deixando como registro. Que venha 2010.

Agradecimentos especiais aos meus irmãos de treino.


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Treinos iniciais.

Recentemente escrevi um texto voltado para pessoas que estão começando no Parkour, o qual foi postado no http://decimadomuro.wordpress.com/. Mas resolvi que vou coloca-lo aqui também para ter uma melhor visibilidade:

Acho interessante falar sobre o inicio de um treinamento de Parkour, pois é um período em que você vai estar descobrindo coisas novas e quebrando barreiras a todo instante, são momentos em que você passa a se conhecer de uma forma que talvez você ainda não conhecia, conhecer sua mente e seu corpo. Suas mãos doem, fazem bolhas, pois começam a calejar. A musculatura do seu corpo fica bem dolorida nos dias posteriores aos treinos, principalmente as pernas. Mas o mais interessante que acho nisso tudo, é que geralmente esse é o período em que você ganha animo total pra continuar treinando, ou simplesmente abandona a atividade por achar difícil, é um divisor de águas.

Dame du Lac

Os primeiros treinos de Parkour são fundamentais para testar a persistência de uma pessoa, pois é um período em que seu corpo vai estar se adaptando uma atividade desconhecida, então ele acaba sofrendo um pouco sim, como em toda e qualquer outra atividade física em que você for praticar. É muito provável também que você ainda não possua coordenação para efetuar os movimentos, mas calma, tudo isso há de ser superado! Ao logo dos anos em que treino Parkour sempre observei que quem consegue superar esse período inicial de treinos e adaptação, há de colher frutos muito bons adiante! Os resultados começam a aparecer sem você ao menos notar, e quando você menos espera já está fazendo coisas que antes pareciam impossíveis, ou muito difíceis.

Bom, o intuito principal dessa postagem é de falar aos que estão começando no Parkour, para que não desanimem só por conta desse período em que o corpo sofre para se adaptar. Eu passei por isso, e tenho muitos amigos que também passaram, e hoje são pessoas fortes e com um nível muito alto dentro do Parkour. Não acredito muito em “levar jeito pra coisa”, acredito sim em determinação e treinamento.

Tem uma história engraçada minha que sempre conto para quem estou ajudando a iniciar no Parkour. Quando eu comecei meus treinamentos eu costumava realizá-los perto de onde eu morava nos dias em que eu treinava sozinho. Cheguei a filmar algumas coisas, alguns saltos etc…Hoje, sempre quando vejo esses vídeos eu penso: “nossa, como eu era ruim”.

Eu realmente era bem desordenado no começo, mas a parte engraçada disso tudo é que lembro que na época eu não achava isso, na verdade eu me achava muito bom por estar treinando algo que a maioria das pessoas não treinava e por estar me dedicando por inteiro a isso. Lembro que tudo que eu aprendia de novo, mesmo que algo simples, para mim era uma grande conquista e eu ficava muito feliz, pois sabia que era mais uma barreira que estava sendo quebrada.

Então acho que todos que realmente se interessaram pelo Parkour e estão começando ainda, devem saber que vão ter muitas barreiras a quebrar pela frente, mas que tudo isso faz parte do caminho para se chegar a um nível bom um dia. O melhor que vocês tem a fazer é curtir ao máximo esse período, ser feliz a cada conquista nova. Por mais que esses treinos iniciais sejam sofridos, ao mesmo tempo são treinos gostosos em que você descobre muito sobre o seu corpo e sua mente!