tag:blogger.com,1999:blog-53037794193049415302024-03-20T16:17:29.681-07:00Santiga's Parkour Do, or do not. There is no "try''.Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.comBlogger56125tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-68630935268439547182016-06-17T17:37:00.003-07:002017-01-17T17:28:04.926-08:00Novos tempos<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 18px; text-align: left; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit;">Aqueles que sempre estiveram à minha volta, mais próximos, devem ter alguma idéia sobre a importância que o Parkour tem em minha jornada por essa vida. Acho que na verdade essa prática acaba se tornando importante para a vida de qualquer um que se atreve a explora-la profundamente, como de fato fiz. Parece que foi ontem que eu, até então um recém-embarcado na vida universitária, ousei sair de casa para imitar alguns saltos que havia acabado de assistir no Youtube. Esses vídeos mostravam uns caras franceses se deslocando pela cidade de uma forma desconhecida até então, desafiando a idéia que tínhamos sobre as capacidades de movimento que nosso corpo pode oferecer. Bom, na verdade eu não estou aqui para falar sobre o Parkour isoladamente, mas tenho sentido vontade de me expressar sobre os últimos capítulos dessa minha aventura através dessa prática. E nada melhor do que vir tirar as teias desse blog para realizar esse feito !</span></span><br />
<span style="background-color: white; line-height: 18px; text-align: left; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="background: white; line-height: 115%;">Há mais de um ano senti
que era o momento de me afastar do Parkour, de descobrir coisas novas. Foi um
ano de muitas mudanças em minha vida pessoal e profissional. Me dei conta que era
tempo de observar o Parkour de longe, e isso estava bem claro para mim naquele
momento. Depois de mais de uma década completamente imerso na atividade, eu
ainda não havia provado da sensação de simplesmente não levar mais a sério a
prática, eu nunca havia passado sequer alguns dias sem me relacionar com o
Parkour de alguma forma. Mas as antigas motivações já não faziam mais sentido pra mim,
e me vi dentro de uma situação em que eu não conseguia continuar fazendo o que sempre havia feito até então. Foi duro aceitar e demorou algum tempo. Na teimosia, tentei não parar,
não abandonar meus projetos envolvendo a prática. Haviam pessoas que contavam
comigo. Acho que nesse período decepcionei colegas e aqueles que esperavam algo
de mim, pois não consegui dar meu melhor. O Parkour não só me trouxe um corpo
mais apto, mas me moldou interiormente, me trouxe o desejo de me tornar alguém
melhor em todos os aspectos, e me tornou de fato. Por isso, eu senti grande
dificuldade em me afastar, mesmo sabendo que era um passo necessário para
continuar minha jornada. Naquele momento, foi como me afastar de mim mesmo.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background: white; line-height: 115%;"><br /></span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="background: white; line-height: 115%;">Quando me lembro de quem
eu era antes de ingressar na atividade, eu mal consigo me reconhecer. Acho que
eu era um tanto perdido sobre o que eu queria fazer da minha vida, sobre minha
própria identidade. Acho que me reconheci através do Parkour e me tornei alguém
mais assertivo em minhas próprias decisões. Não que eu tenha cometido somente acertos
durante esses anos de treino. Na verdade cometi inúmeros erros. Já entrei em
muitos debates desnecessários por acreditar que minha visão era de alguma forma superior à
visão de outras pessoas. Já coloquei meu corpo em risco algumas vezes, já fui cegado
pelo ego assim como muitos praticantes são quando começam a desenvolver suas
habilidades. Aprendi e ainda aprendo com
cada erro que cometo no meio do percurso.</span><span style="background: white; line-height: 115%;">Recentemente voltei a
treinar Parkour com regularidade, depois de um ano longe. Nesse tempo não
deixei de me exercitar regularmente e de ter um bom condicionamento físico. Por
isso, essa minha volta não tem sido difícil, apesar de estar um pouco mais
pesado e lento. </span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background: white; line-height: 115%;"><br /></span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;">Hoje, com 30 anos de idade, depois de tudo que já vivi
nesse meio, me vejo em um momento de recomeço. Sinto-me íntimo novamente à
prática e motivado a “recomeçar”. Uma vez li em algum lugar que às vezes
precisamos nos distanciar de tudo aquilo que estamos acostumados a ter e a
fazer, para que possamos nos auto avaliar, tirar o que atrapalha e manter o que
é essencial. Como se pudéssemos visualizar nós mesmos do lado de fora e
entender com exatidão sobre nossas atitudes e nossos caminhos. Talvez tenha
sido isso que andei fazendo nesse período, mesmo sem premeditar ou calcular
meus atos. Hoje, mesmo treinando e voltando a focar no Parkour, não tenho me
envolvido ainda com projetos específicos, aulas ou divulgações. Por enquanto
quero manter as coisas na forma simples, estar apenas como estive nos meus
primeiros anos de prática, treinando, conhecendo pessoas, continuar aprendendo
e evoluindo como praticante e como pessoa. Como mencionei antes, minha
personalidade está muito ligada a essa prática, e sinto dificuldade em falar de
mim mesmo sem falar de Parkour. Acho que esse foi o meu maior aprendizado nessa
fase em que andei afastado, pude dimensionar melhor a importância que essa
atividade teve e tem no meu propósito de vida. Não sei ainda o que virá pela
frente, mas sei que aquilo que eu decidir fazer daqui por diante, será
construído sobre uma base mais sólida e mais fiel ao meu relacionamento com a
atividade.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;">O Parkour sempre pertenceu àqueles suficientemente
ousados para explorá-lo em sua essência, vive-lo no dia-dia. Quando deixamos
essa mentalidade morrer, nos desconectamos da prática, mesmo as vezes achando
que não ! Esse pensamento me faz lembrar de alguns praticantes “especiais” os
quais sempre admirei, tanto aqui no Brasil quanto no exterior. Alguns deles até bem conhecidos na comunidade. Aqueles que por muitas vezes recusam estar entre os holofotes para
preservarem a relação que possuem com o Parkour, abrem mão de fazerem parte de
coisas “grandes” para seguirem fiéis aos seus próprios caminhos. Que possuem
identidade própria e não se deixam levar por tendências momentâneas. São eles
os verdadeiros canais de transmissão da prática, afinal eles são a própria
prática, a ação, o verbo. Quem está nesse meio, sabe bem quem são essas
pessoas. Penso que são elas o maior motivo de essa prática permanecer viva. Querendo ou não essa forma individual de ser e agir sempre representou a maior
contribuição que podemos dar a comunidade do Parkour, muito maior que a
formação de grupos, associações, projetos, divulgações. E hoje isso está
novamente bem claro pra mim, assim como esteve à uma década atrás.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="line-height: 18.4px;"><br /></span></span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW65CV6qRzMb_Jrwdk5AqlLmNjvEy6VquYL9QSmxed2AFiRbxCnGLwFNKaKPICZ1sNzRYFRkrlespZ03n7WGVgaNzLhpu4U50-jYE3C5eo9aHObsAnjWsV48ztI0474XaBl_hoTm5sGv0/s1600/voando.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW65CV6qRzMb_Jrwdk5AqlLmNjvEy6VquYL9QSmxed2AFiRbxCnGLwFNKaKPICZ1sNzRYFRkrlespZ03n7WGVgaNzLhpu4U50-jYE3C5eo9aHObsAnjWsV48ztI0474XaBl_hoTm5sGv0/s400/voando.jpg" width="400" /></a></div>
<o:p></o:p>Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-46029811298595667952015-05-03T15:34:00.000-07:002015-05-03T15:34:14.527-07:00O caminho da pena e da espada.<div style="text-align: justify;">
<b id="docs-internal-guid-97e2f83e-1bde-3c45-d823-76e0658fb6de" style="font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O tempo passa realmente rápido, e com ele as coisas se transformam, inclusive nossas idéias. Depois de uma década estudando sobre o significado do Parkour em minha vida, hoje posso constatar que todas as experiências pelas quais passei me trouxeram boas reflexões. Gostaria de tentar transmitir um pouco em palavras, mesmo depois de longa data sem escrever nada sobre esse universo. Tudo que você irá ler abaixo faz parte exclusivamente da minha experiência pessoal com a prática do Parkour, o que talvez não se aplique à sua realidade. Desejo que isso possa pelo menos trazer alguma reflexão, não apenas o significado dessa atividade, mas sobre a caminhada individual que todos nós fazemos através da vida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>1 - Parkour é somente uma palavra, não leve ela tão a sério. </b></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Por algum tempo levei essa palavra como uma espécie de lei ou regra em minha vida, tentando acreditar que era possivel compreender a pratica através de formulas pré estabelecidas e conceitos definitivos, e isso até me foi útil por um período. Parkour é percurso, é saltar, é correr, é escalar, é explorar seu próprio potencial, procurar ser alguém melhor através do movimento, considero a prática apenas uma idéia para canalizar a vontade de ser alguém mais completo e mais apto. E a verdade é que cada um pode fazer isso ao seu próprio gosto, em sua própria jornada individual, e essa é a graça de toda a coisa ! Nos altos e baixos da vida, aprendi a não me basear mais somente nessa palavra quando saio para treinar e explorar movimentos. Sim, eu salto, eu corro, escalo, mas passei a tentar ser melhor a minha própria maneira, mesmo que isso possa soar diferente daquilo que a cultura atual do Parkour costuma impor. Nos limitarmos a palavra Parkour, ou ao conjunto de idéias que ela transmite, é perder a oportunidade de explorar um universo de potencialidades que cada um de nós possuimos. Eu não estou me referindo a deixarmos de treinar aquilo que treinamos durante todos esses anos, de subir um muro, ou de transpor uma grade, para ir fazer coisas absurdamente diferentes, como tocar piano ou jogar futebol. Falo sobre re-explorar aquilo que já fazemos, sermos nós mesmos perante os obstáculos, perante as pessoas a sua volta, não apenas mais uma cópia daquilo vemos aos montes por ai quando acessamos o Youtube em busca de videos de Parkour. Para ser eu mesmo, descobri que era preciso abrir mão da palavra Parkour ou de qualquer outra palavra que poderia me formatar e me jogar em um padrão. Foi preciso encontrar as respostas dentro dos meus próprios desejos, de dentro pra fora. Hoje considero minha prática sem nome ou sem idéias fixas de movimentos, apesar de ainda "vestir a camisa" do Parkour e atuar diretamente na comunidade. Trabalho constantemente para ser forte, para ser capaz, para servir a mim mesmo e para as pessoas à minha volta, essa é a minha prática, minha busca, e subir um muro é apenas um meio. Seja a sua própria busca, esqueça os nomes.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>2 - Qualquer coisa faz mal em desequilibrio.</b></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sim, Parkour faz mal, mas não estou falando necessariamente de levar um tombo. Estou me referindo a deixar de cuidar de outras áreas de sua vida usando o Parkour como uma válvula de escape para os problemas. Antes que me perguntem, eu não sou psicologo, mas consigo bem observar quando um praticante está levando a prática em desequilibrio com o restante das coisas em sua vida, pois eu mesmo já fiz isso por um tempo. Ser hábil em algo as vezes pode significar mais uma fraqueza do que uma força, principalmente quando seu treino não está gerando impacto positivo em outras áreas da sua vida. Precisamos aprender a reequilibrar as coisas quando elas parecem estar desequilibradas, precisamos pensar mais em nos tornarmos pessoas fortes em qualquer tipo de situação que a vida venha nos impor, não somente nos muros para escalar, ou nas grades para saltar, me refiro aos reais problemas da vida, aos nossos relacionamentos, nossas responsabilidades como irmãos, pais, filhos, como cidadãos. Não sei desde quando ser bom e forte no Parkour negligenciando todas as outras partes da vida se tornou algo positivo. Acredito que alguém forte é alguém que é capaz de cuidar de si mesmo e das pessoas a sua volta, usando suas habilidades para construir coisas positivas que poderão trazer benefícios de várias formas, para si e para os outros. E por isso, para mim, andar em equilíbrio é estar preparado para todo esse grande obstáculo que é a vida, é poder inspirar outras pessoas de várias formas, não somente através de um salto ou um movimento.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>3 - Esteja preparado, a vida é uma guerra. </b></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Conheço muitas pessoas que estão acostumadas a enxergar apenas as coisas boas e prazerosas da vida, vivem em uma espécie de bolha de paz e amor, e isso é ótimo até o ponto que te cega para as batalhas que todos nós encontramos pelo caminho em algum momento da vida. E quando os reais problemas batem na porta, essas pessoas ficam mais perdidas do que cego em tiroteio, se suicidam, enlouquecem, fogem da batalha, não sabem como agir. Se tem uma coisa que aprendi, foi que a vida se trata de uma verdadeira guerra, se quer um bom exemplo é só você parar para observar um pouco a natureza, os animais, a luta pela vida que todos nós seres vivos estamos inseridos. Ignorar isso é simplesmente abrir mão de você mesmo. Por isso precisamos estar sempre prontos, com a precisão cravada e com o climb-up reto, com nossas espadas afiadas. Estude, saiba sobre outros assuntos, seja bom em outras coisas, aprenda a lidar com os problemas do seu dia-dia de forma inteligente e eficiente, assim como você faz para ultrapassar os obstáculos no Parkour. Você não terá seus pais ou sua família para sempre, é necessário construir sua própria armadura para se proteger, e ter sua própria espada para desbravar seu caminho, da mesma forma como no Parkour onde treinamos nossos corpos para superar obstáculos e proteger-nos dos impactos. A vida é uma guerra, e ela vai te dar rasteiras até você cair caso não aprenda a se movimentar de uma forma rápida e inteligente através dela. Vai ficar ai parado em um mundo imaginário ou vai fazer algo a respeito para lidar com o mundo real ?</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>4 - Aprenda com os fortes e esteja para os fracos.</b></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Todos nós gostamos de estar perto de pessoas que nos acrescentam algo, e considero isso uma parte muito importante em nossa evolução pessoal. Muitas das minhas conquistas pessoais, principalmente no Parkour, devo ao fato de ter aprendido com as pessoas à minha volta, as quais eu considerei fortes em diversos aspéctos que eu podia e queria melhorar . Poucos se dão conta disso, mas muito do que somos hoje devemos às pessoas que estiveram à nossa volta durante o passar dos anos. Por isso precisamos estar sempre atentos aos nossos relacionamentos para não acabarmos sofrendo influências negativas e nos afundando, isso é mais sério do que parece. Ao mesmo tempo, acredito que assim como aprendemos com as outras pessoas, podemos e devemos dar continuidade a esse ciclo e também transmitir algo de bom e útil aos outros. Me lembro que no ano de 2006 um rapaz francês bem conhecido no meio do Parkour veio ao Brasil e acabamos recebendo ele em alguns de nossos treinos. A simples disponibilidade que ele nos ofereceu durante alguns dias, transmitindo todo seu conhecimento, trouxe um grande impacto na forma como treinavamos Parkour, e isso se refletiu positivamente durante muitos anos em todo o cenário local. Naquela época nós eramos fracos na prática, e assim como pude aprender sobre Parkour com ele, também aprendi sobre estar aberto e disponivel para repassar adiante aquilo de bom que algum dia alguém me deu. Não digo que todos devem sair por ai gastando palavras para vomitar ensinamentos, mas as vezes oferecer sua simples presença é o bastante para mudar a vida de alguém positivamente.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>5 - Aceite as transformações e seja forte através delas.</b></span></div>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Considero essa questão bem interessante e tem muito a ver com a linha de pensamento do artista marcial e filósofo Bruce Lee. No Parkour, assim como na vida, é natural que as vezes tenhamos dificuldades em lidar com o momento presente, entende-lo e sabermos agir através dele de forma consciente. Muitos de nós aplicamos essa idéia de maneira equivocada, passamos a querer sempre repetir as mesmas fórmulas na tentativa de obter os mesmos resultados do passado, queremos sempre as mesmas experiências, como se ainda fossemos as mesmas pessoas de tempos atrás. Uma grande tolice. Nosso corpo está em constante mudança, assim como nossas vidas e nossas idéias, e é importante sabermos escutar o momento presente, para agirmos em harmonia com contexto atual de nossas vidas. Vou te dizer algo, o salto que você realizou a 5 anos atrás foi algo único que nunca mais vai se repetir, e mesmo que você o faça diversas vezes estará sempre encontrando experiências diferentes e talvez suas expectativas sejam frustradas. Se até o muro depois de um tempo já talvez não é mais o mesmo, pois sofre os efeitos do tempo, mudando as caracteristicas de sua superficie, imagine o ser humano que é um ser vivo, feito de carne, osso e emoções. Mesmo que um momento não possa se repetir exatamente como gostariamos, ainda temos o dia de hoje para descobrir novas possibilidades e criar novos momentos únicos de aprendizado e crescimento, os quais estejam sincronizados com nosso atual contexto fisico e de espîrito. Dizem que até água parada apodrece, ao contrário da água corrente, que flui e trás a vida. Por isso não esteja ai parado e apegado aos mesmos momentos do passado, flua e seja forte através daquilo que você tem hoje, se adapte ao momento presente e reinvente-se. É preciso aceitar as transformações da vida, como uma forte lesão ou o envelhecimento para podermos evoluir. Por esse motivo costumo admirar muitos atletas paraolimpicos, alguns deles são pessoas que de fato tiveram que se reinventar pra se tornarem fortes outra vez, fortes em sua própria maneira, em sua própria realidade. E isso me inspira.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Calibri; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-53171194561833574512013-11-17T03:13:00.000-08:002013-11-21T03:34:44.566-08:00The Split (A divisão) - Por Stephane Vigroux.<span style="font-family: inherit;">Recentemente o francês Stephane Vigroux, diretor da Parkour Generations e um dos pioneiros do Parkour nos anos 90, postou um artigo que reflete o sentimento de muitos praticantes no mundo de hoje. Com a autorização dele, tomei a liberdade de traduzi-lo para compartilhar com a comunidade brasileira de Parkour.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">The Split (A divisão) - Por Stephane Vigroux</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Sendo
francês e desenvolvendo meu Parkour em Lisses com David Belle (começando em
1998) me considero alguém de sorte por ter feito parte do nascimento do Parkour.
Eu tive a rara oportunidade de treinar e aprender em um tempo em que aquilo que
fazíamos era completamente desconhecido para o mundo : Somente alguns jovens
loucos treinando “algo’’ em uma pequena cidade. Sem o interesse da TV, dos
jornais, sem as câmeras, sem a internet, ali havia somente a cidade, nossa busca
por identidade, nossos medos, corpo e alma desejando desafios, autoconhecimento
e crescimento.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Depois
de um tempo, eu naturalmente senti o desejo de ensinar e compartilhar alguns
dos conhecimentos que recebi treinando com aqueles que foram minhas grandes inspirações
dentro da prática : David Belle, Sebastian Foucan e Williams Belle.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Passando
esse conhecimento adiante e conhecendo as novas gerações de praticantes eu
rapidamente percebi algo: O Parkour está evoluindo, mudando, e parte dele está
sendo diluído. Está sendo criada uma tendência e uma mentalidade separada da
original.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Eu pensei
que estaria tudo bem desde que conseguíssemos manter o espírito e a essência do
Parkour vivos. Tentamos sempre conservar a idéia de que nessa prática há espaço
para todos nós, que somos homens e mulheres livres para pensar e fazer as
coisas como desejamos. Eu costumo tentar focar naquilo que temos em comum, nas coisas
que podemos compartilhar, similaridades em nossa forma de movimentar, treinar e
viver. Ao invés de dividir nossa comunidade, ainda mais se considerarmos que o
Parkour é, todavia algo muito recente, um movimento que ainda está em
desenvolvimento.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">E
então, por isso, minha mensagem durante os 5-6 últimos anos foi bem voltada
para a construção de uma federação ; enxergando toda a comunidade como UM só
movimento que deveríamos desenvolver todos juntos. Essa intenção foi boa, eu
acho, pelo menos no começo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Muitos
anos já passados, hoje posso dizer que já trabalhei perto de boa parte da
comunidade mundial de Parkour. Eu tive muito tempo para observar o crescimento
e a evolução dela, e por isso acabei chegando a uma conclusão, e hoje posso
dizer honestamente que essa multidão “Redbullion’’ (um termo criado por
Sebastian Foucan para descrever esse vírus que está diluindo nosso movimento) e
aqueles que treinam para aparecer em vídeos, esses NÃO fazem Parkour ! Eles NÃO
estão treinando a mesma disciplina que nós desenvolvemos na França todos esses
anos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Mesmo
que os saltos sejam os mesmos em um vídeo, e visualmente seja a mesma coisa, o
significado por trás desses saltos, a razão e motivação para fazê-los, o estado
de espírito quando eles estão sendo feitos e a intenção por trás, são em essência
completamente diferentes daquilo que fazemos. Parkour não é, e nunca foi,
acrobacias aleatórias em muros. O que realmente importa, aquilo que trará
benefícios ou prejuízos para cada um, é aquilo que está por trás da performance
propriamente dita. Eu posso ver uma separação real ocorrendo nesse sentido com
essa nova geração tentando praticar Parkour.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Deixe-me
explicar o que Parkour realmente é: Parkour é uma prática baseada no movimento que ajuda as pessoas a se tornarem mais fortes fisicamente e mentalmente, os tornando seres
humanos mais equilibrados. E assim, com essas bases sólidas estarão preparados para ajudar outras
pessoas e a comunidade a sua volta.</span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">É uma
definição muito ampla e eu tenho certeza que muitos devem estar pensando : ‘’Beleza,
esse ai sou eu, estou praticando o verdadeiro Parkour’’. Mais sugiro a você que
pense por uma segunda vez. Detalhes fazem realmente a diferença. Parkour é uma
MENTALIDADE. Um estado de espírito, uma cultura de trabalho duro e esforço, são
essas coisas que fizeram a atividade existir em primeira instância. Sem essa
mentalidade, se a prática tivesse sido criada sendo baseada somente em um terrível
vazio, com eventos e mensagens superficiais representadas pela mentalidade da
Redbull, o Parkour nunca teria nascido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;"><span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;">Mais
uma vez eu repito, visualmente parece tudo a mesma coisa, mas aquilo que está
acontecendo por trás de cada salto dentro da mente de cada praticante, é para
mim o que define se ele está praticando Parkour ou não. É uma mentalidade que
você pode encontrar em muitas pessoas e atividades diferentes, e ela é a
essência do Parkour. </span><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;">E não o maldito salto !!<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">O
Parkour deve ser mais pessoal, focando no trabalho interior que cada um precisa
fazer para se tornar mais forte de diversas maneiras possíveis, não somente no aspecto
físico. Essa é a mentalidade. E você pode encontrar essa mentalidade na
pintura, na escrita, nas artes marciais, etc. Na verdade em tudo que fazemos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Conversando
com meu amigo Ido Portal recentemente, confirmei isso. Realmente não se trata
daquilo que fazemos, mais COMO fazemos as coisas. Com qual intenção e estado de
espírito me sinto mais próximo e me identifico com pessoas que praticam
qualquer outra atividade de mentalidade similar, do que com qualquer outro tipo
Redbullion que eu possa conhecer.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;">Quando
eu navego pelo Youtube e digito ‘’Parkour’’ ou ‘’FreeRunning’’, eu não consigo
me identificar ou me sentir próximo em 99.99% das vezes. Por quê? Interiormente,
o que fazemos é completamente diferente. Enquanto no Parkour estamos tentando
entender mais sobre nós mesmos, ganhar mais confiança, ser alguém mais feliz,
ser mais forte de diversas maneiras na vida, outras parte de praticantes está
alimentando seus próprios egos com performances de curto prazo que só irá os
levar a mais sofrimento e, finalmente, ao fim de seu movimento e de sua boa
saúde.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;"><span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;">Há uma
clara DIVISÃO entre o que praticamos agora. A palavra Parkour tem sido usada
demasiadamente e equivocadamente. Tem perdido sua força e significado. A
identidade do Parkour tem sido roubada e explorada. Essa nova mentalidade está hoje representando tudo que nós lutamos contra no inicio, durante a criação do
Parkour. Essas grandes marcas vendendo nossa própria cultura de volta para nós
mesmos, prendendo-nos no consumo de seus produtos, tentando nos possuir e
abusar da imagem do Parkour para promover bebidas energéticas, cassinos,
ginásios fechados...Quanto mais você seguir esta mentalidade, menos você é
livre e forte.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><br />
</span><span lang="PT-BR" style="font-size: 10.5pt;">Isso é bastante
preocupante se você parar para pensar. Essa nova mentalidade é justamente o
oposto daquilo que deu origem ao Parkour !! Depois de fazer um pouco de
pesquisa eu encontrei um monte de pessoas "descontentes" com as
campanhas maçantes de organizações como a Redbull dentro do mundo do skate e também
no entre os artistas de graffiti. Puristas, talvez sim, porém são pessoas muito
atentas em não serem exploradas, que promovem ações para lutar contra essa grande
maquina que está roubando deles também.</span><span lang="PT-BR" style="color: #e46c0a; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 10.5pt;"><span style="font-family: inherit;">Eu realmente me sinto muito triste pelo meu amigo Sebastien Foucan, aquele
quem começou a se comunicar com o mundo através da expressão ‘’Free Running’’,
logo depois do documentário Jump London : A definição original para essa
palavra também foi perdida e devorada por esse grande parasita, e agora serve
apenas para representar algo completamente diferente de sua visão.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 10.5pt;"><span style="font-family: inherit;">Pense bem no que você está fazendo. Reflita sobre suas ações e
movimentos. Por que você treina ? Pelo que você aceita correr riscos ? Seja
honesto com você mesmo quando estiver respondendo essas perguntas. E descubra
se aquilo que você está fazendo está realmente alinhado com uma filosofia
positiva e significativa. Não pense que você é livre e forte por você ter
realizado seu novo grande salto e colocado isso no Youtube, ou por ter
conseguido um patrocínio de uma marca qualquer.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10.5pt;">Eu estive calado até agora e talvez eu tenha perdido alguns ‘’amigos’’
do facebook com essas palavras, mas eu sinto que devo falar tudo isso; pois
aquilo que nós estivemos treinando antes está morrendo e sendo substituído por
uma piada</span><span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; color: #e46c0a; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;">. </span><span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;">Por algo sem
profundidade e significado. Eu penso muito nos praticantes sérios que existem
no mundo para estar compartilhando esse pensamento, e encorajo todos vocês a
estarem se expressando e falando cada dia mais alto !</span><span lang="PT-BR" style="color: #e46c0a; font-size: 10.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;"><span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit;"><span lang="PT-BR" style="border: 1pt none windowtext; font-size: 10.5pt; padding: 0cm;">Artigo original em : </span></span><a href="http://www.parkourgenerations.com/article/split" style="background-color: transparent;">http://www.parkourgenerations.com/article/split</a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="outline: 0px;">
<br /></div>
Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-3399723162788128362013-05-08T07:26:00.004-07:002013-05-08T07:26:28.283-07:00Não quebre o ritmo<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span lang="PT-BR">Já faz um semestre que venho tendo a
oportunidade de estar ministrando aulas regulares de Parkour aqui em Brasília.
Com isso, já posso perceber os avanços, as dificuldades e todo tipo de reação
que um iniciante possa ter em seus primeiros passos dentro do Parkour. Para
mim, ao longo desses anos de experiência, já não é uma novidade associar a
progressão de uma pessoa na disciplina com sua frequência nos treinos. E é interessante
observar a reação do iniciante quando ele se depara com essa realidade que é
tão presente na arte de se deslocar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span lang="PT-BR">Não foi uma, nem duas, muito menos três; na
verdade foram muito mais vezes em que já escutei praticantes dizendo frases
nesse sentido : “Nossa, parei de treinar por pouco tempo, mas parece que já
estou a 1000 anos parado, estou fraco e mal consigo fazer esse salto que antes
era facil’’. Escuto esse tipo de coisa com bastante frequência, na verdade eu
mesmo já me deparei com essa sensação nas vezes em que voltei a treinar depois
de passar duas ou três semanas ausente da prática.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span lang="PT-BR">Uma das primeiras coisas que digo a um
iniciante é para que ele não fique muitos dias sem treinar, ou para que ele
tente manter certo ritmo de treinos. Na fase inicial é comum termos a sensação
de que tudo parece muito difícil ou quase impossível, é como se existisse uma
muralha posta entre você e a boa prática do Parkour. De certa forma essa
sensação não deixa de ser fiel a realidade se formos considerar que um
iniciante deve trabalhar duro para obter uma condição física mínima a fim de desenvolver
um Parkour sólido e sem grandes riscos de lesão. Porém, a verdade é que essa
muralha que separa o iniciante do bom Parkour é perfeitamente escalável a todos
aqueles que se dispõe a tal ação. E um dos segredos está exatamente em não ficar
muito tempo longe da prática, pegar todo o aprendizado absorvido e coloca-lo em
prática frequentemente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfX9XJl3QoNPlmaSW2mjCAIc8e9JjMzDohSPPiYOG_MfIxMMz1roFRdAwckuUapMa3EwGv90TR_-R_Uepw0KwClooqkloYvk_NTofljXA198N1f5gvILRcmNJ7zutnL4st-vBIZX_I88o/s1600/body-movementupload.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfX9XJl3QoNPlmaSW2mjCAIc8e9JjMzDohSPPiYOG_MfIxMMz1roFRdAwckuUapMa3EwGv90TR_-R_Uepw0KwClooqkloYvk_NTofljXA198N1f5gvILRcmNJ7zutnL4st-vBIZX_I88o/s320/body-movementupload.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span lang="PT-BR">Desculpe, mas tenho que ser sincero. Não se faz
um Parkour consideravelmente sólido apenas com um treino por semana. Constantemente
encontro iniciantes que não conseguem sair do 0, dar aquela arrancada,
justamente por esperarem demais para voltarem ao campo de ação. Vou dar um
exemplo. Imagine um bebê que está aprendendo a caminhar em pé. Agora imagine
que para isso ele dispõe apenas de uma sessão de 1 hora por semana para
desenvolver sua prática. Como você imagina esse bebê se desenvolvendo no ato de
andar? Eu consigo imaginar que ele não irá desenvolver essa habilidade com
rapidez ou talvez nunca chegue a desenvolvê-la satisfatoriamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwkgYtueLccGyJa2tkOMFJwd75Vxr_vPpXTQfFQg8-i8mZoJFLeXrgfwWxdz-4WeD13PZjrXRCFWQdK4O6EXGelctVqj-f7_yA5CmeYLzD0A1bsbpDHZInaLlwZ16tr4d_AsiaG5VCMJo/s1600/time-office-workout-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwkgYtueLccGyJa2tkOMFJwd75Vxr_vPpXTQfFQg8-i8mZoJFLeXrgfwWxdz-4WeD13PZjrXRCFWQdK4O6EXGelctVqj-f7_yA5CmeYLzD0A1bsbpDHZInaLlwZ16tr4d_AsiaG5VCMJo/s320/time-office-workout-1.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span lang="PT-BR">A mesma coisa acontece no Parkour. É preciso
aprender a caminhar na prática. Um pouco todos os dias. Não importa se você faz
ou não aulas de Parkour, se você tem pouco ou muito tempo disponível em sua
agenda. Não é difícil encontrar um ritmo de treinos a partir do momento que
você se dispõe a sair da zona de conforto. E o mais legal de tudo é que no
Parkour não precisamos depender de equipamentos ou lugares específicos.
Qualquer ambiente a sua volta pode ser adaptado e utilizado para a realização
de treinos, basta usar um pouco de criatividade. Nesse momento você pode ter um
verdadeiro playground perto de sua casa e ainda não se deu conta disso. Saia,
explore, crie, só não fique parado esperando pela próxima aula ou pela próxima
vez em que seus amigos irão marcar um treino . <o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span lang="PT-BR">Acima de tudo, respeite seu corpo, se alimente
bem, durma bem. Preze pelo condicionamento físico antes de começar a realizar
saltos que envolvam maior impacto. Lembre-se que seu corpo é sua ferramenta de
trabalho e que quanto melhor você cuida dela, mais tempo ela poderá durar.<o:p></o:p></span></div>
Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-72598522994927020702013-02-20T04:01:00.004-08:002013-02-20T04:03:32.650-08:00Bonsoir<div style="text-align: justify;">
Recentemente encontrei algumas cenas antigas em meu computador - da época em que eu vivia em Nantes/França - e resolvi juntar com algumas cenas feitas recentemente fazendo assim uma breve mescla de passado e presente. As primeiras imagens (sem música de fundo) foram feitas aqui em Brasília, em Janeiro de 2013 por Manoel, praticante local. Já as imagens noturnas são as antigas e foram filmadas no ano de 2011 durante o outono francês. Essa segunda parte foi filmada toda em uma noite apenas e busquei reproduzir percursos já feitos anteriormente. Tentei pegar uma boa variedade de angulos para encontrar mais opções na hora da edição.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/BQQZkqo2j1s?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-54884652168067636232013-01-30T07:13:00.000-08:002013-01-30T08:07:40.743-08:00Liberdade é disciplina.<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tenho visto
nos dias de hoje muitas iniciativas relacionadas ao ensino do Parkour,
principalmente em território nacional. E é legal observar que os praticantes
tem se preocupado em transmitir a disciplina às próximas gerações . Eu, como
alguém que também se dedica a esse tipo de ação não posso deixar de contemplar todo
esse movimento sem reparar na forma como ele ocorre. Creio que assim como qualquer outra
atividade, se o Parkour é passado adiante sem um mínimo de responsabilidade e
comprometimento para com a atividade, acaba-se gerando
situações desagradáveis, ou pior, a formação de não apenas praticantes medíocres,
mas também pessoas medíocres.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi68bqLGhoa3tJrzv2wPemxdTgPg5m24zsi16vgqKfqHwPRNLYQCHYpEF-hCPZyXdZ2mCXktk7qMbeTXGS2fsxHZmdsBNwb_1SXi2Ja8vti6iEWPdeNMmjyOg29Td450dQqHmwxpQQMemI/s1600/IMG_2455.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi68bqLGhoa3tJrzv2wPemxdTgPg5m24zsi16vgqKfqHwPRNLYQCHYpEF-hCPZyXdZ2mCXktk7qMbeTXGS2fsxHZmdsBNwb_1SXi2Ja8vti6iEWPdeNMmjyOg29Td450dQqHmwxpQQMemI/s320/IMG_2455.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">No Parkour
sempre houve esse discurso sobre liberdade. Não conheço um que não fale sobre
Parkour sem antes falar sobre a sensação de ‘’estar livre’’ que o Parkour
oferece. Eu como a maioria também me sinto livre quando estou praticando, porém
não confundo esse sentimento liberdade com o desleixo. E esse é um ponto super
importante quando estamos falando sobre ensinar Parkour. Pelo contrário do que
muitos pregam, Parkour não é sobre sair por ai sem um mínimo de preparo
buscando fazer coisas mais impressionante que os demais sob o argumento de que ‘’Parkour
é livre’’. Parkour é sobre progressão gradual, disciplina, sobre longetividade.
Muitos instrutores negligenciam algumas dessas etapas que são fundamentais para
o desenvolvimento do praticante. Já vi instrutor aqui no Brasil dizendo abobrinhas
como ‘’Antes do inicio dos treinos a coisa mais importante é saber a diferença
entre Parkour e Free Running’’, ou outros que focam os treinos apenas em saltos
aleatórios, com meia hora de conversa entre eles ignorando totalmente o significado de treino e o prévio condicionamento físico
necessário para aquele salto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimQtjqALJeGpdyFXlap2ktGDTn42PtJmqpuTK-buvVR5VT8jpSaYrI90itdoYGBMZmMtzJKSO3qTi4Iy3Ncsm0OWxWb_XnnJ8ANYV3HlauXrgT0YKV-oEq_qgQ78xtUrJuQW13gdZaV84/s1600/394190_2888301288158_1286610070_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimQtjqALJeGpdyFXlap2ktGDTn42PtJmqpuTK-buvVR5VT8jpSaYrI90itdoYGBMZmMtzJKSO3qTi4Iy3Ncsm0OWxWb_XnnJ8ANYV3HlauXrgT0YKV-oEq_qgQ78xtUrJuQW13gdZaV84/s320/394190_2888301288158_1286610070_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Não
acredito em um Parkour livre que não seja um Parkour que envolva disciplina, perseverança,
respeito a si próprio e a seu corpo, nem acredito em uma aula de Parkour que
não envolva esses aspectos. Não acredito nesse conceito de liberdade que envolva
graves lesões ou mesmo lesões crônicas que forcem o praticante a abandonar sua
prática com poucos anos de treino. E mais, não acredito nessa liberdade que
faça com que os praticantes se rivalizem ou mesmo se desrespeitem entre si ou
para com a sociedade que os cerca. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Para mim, um
verdadeiro praticante de Parkour é aquele que sabe de suas limitações físicas,
nem por um minuto brinca com elas por mero prazer ou para mostrar superioridade
aos demais. Ele sabe como deve se portar perante a sociedade, reconhece que se
quer que alguém o respeite, primeiro deve respeitar. É firme em suas decisões e
não decide fazer um salto sem saber que é capaz de faze-lo. É alguém que preza
não só pela força física, mas pela força mental e para isso o praticante se
desafia a todo momento, ele planeja, faz metas e tem foco. Quem pratica o
verdadeiro Parkour sabe que não existe treino com começo, meio e fim, o treino
é a todo momento, seja de uma forma ou de outra, ele está sempre preparado. Ele
não espera alguém lhe dizer o que é preciso fazer, ele mesmo sabe oque deve ser
feito e não exita em se colocar em ação. Mais importante que tudo, ele sabe que
a vida é um bem precioso, então ele a valoriza e com isso passa a valorizar a
si mesmo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqDsGa8TUzcFj8Db7cjfrW5upfD4YMkEDQXNxzpUyjQciMFVvidPY-l84q6x3zHBQkEbfiKn5J4C1Wnvx_L8BWj83tCYRa6A0ix5fVaYQQwV9HAvT-_jF1CC-oYQw0bj2m3z5O89-Gsp8/s1600/IMG_2447.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqDsGa8TUzcFj8Db7cjfrW5upfD4YMkEDQXNxzpUyjQciMFVvidPY-l84q6x3zHBQkEbfiKn5J4C1Wnvx_L8BWj83tCYRa6A0ix5fVaYQQwV9HAvT-_jF1CC-oYQw0bj2m3z5O89-Gsp8/s320/IMG_2447.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Essas
qualidades que acredito que um praticante deva ter são fundamentais para
aqueles que pensam em passar o Parkour adiante. Ensinar Parkour não é sobre
ensinar alguns movimentos ou brincadeiras, nem mesmo sobre passar algumas
flexões, outras tantas precisões e finalizar o treino. Ensinar Parkour é mostrar
um caminho para guerreiros, uma maneira de pensar e agir. É mostrar um caminho
de difícil acesso mas com grandes recompensas. É mostrar que não há aprendizado
sem a doação por completo naquilo que está sendo praticado. Não é possível ser
um bom instrutor sem antes ser um bom praticante, e é por isso que me preocupo quando
vejo instrutores querendo ensinar o caminho das pedras sem mesmo antes ter
passado por lá. Pior que enganar outras pessoas é enganar a si mesmo, e isso
agente aprende no próprio treino de Parkour. Ali é um terreno onde não é possível
se esconder, ou é ou não é, ou 8 ou 80. Um bom instrutor de Parkour se revela
mais nas coisas que ele faz, não nas que ele diz. Não digo que um instrutor
deve fazer 5000 agaixamentos ou um salto super incrivel para ser bom, mas que ele deve buscar
ser um exemplo a todo momento, ser fiél ao caminho escolhido. Ser o primeiro a
se colocar de pé quando todos já estiverem caídos, estimular os demais e
continuarem. Ser o último a beber água e o primeiro e estar pronto para continuar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5eVHNAjXxqO2D7enIC61PE3J2mwbx12rt46y1M4Ag0AY2BSh0bm1i7OYcsfbH_TzaWwClQwER8oXo0iE5T6_dJmUT5dw3dpDu1IoClTT70UgFyEPIIyWIQCvM932XU8V3HuO7jKTcS8Q/s1600/8012400296_ef33edf9e8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5eVHNAjXxqO2D7enIC61PE3J2mwbx12rt46y1M4Ag0AY2BSh0bm1i7OYcsfbH_TzaWwClQwER8oXo0iE5T6_dJmUT5dw3dpDu1IoClTT70UgFyEPIIyWIQCvM932XU8V3HuO7jKTcS8Q/s320/8012400296_ef33edf9e8.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Ser um
instrutor de Parkour é uma grande responsabilidade e só é possível assumir esse
papel se você antes assume que você tem realmente algo de valor a ser passado. É
preciso até mesmo saber parar de exercer esse papel quando necessário, pois nem
sempre temos todas as respostas. Ensinar Parkour não é apenas ensinar um método
de se movimentar, é mostrar um método para a vida.<o:p></o:p></span></div>
Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-73861399113040150982013-01-25T05:37:00.003-08:002013-01-25T08:41:33.866-08:00Ser forte para não ser tão útil.<br />
<div class="MsoNormal">
Durante
minha vida tive a oportunidade de conhecer e me envolver com pessoas de
diferentes nichos sociais. Desde aqueles com muitos recursos até aqueles que
lutam para viver com o pouco que tem. Dentro da esfera do Parkour nunca foi tão
diferente, há os que têm muito e os que têm pouco. Porém constato aqueles que
fazem muito com a pouca habilidade que possuem, também aqueles que não
conseguem encontrar uma utilidade com toda a força e técnica que lhes sobram.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Quem me
conhece sabe que sempre enalteci o termo ‘’Ser forte para ser útil’’, até mesmo
quando eu ainda não entendia bem seu significado e o interpretava de forma errônea. Me lembro que no inicio esse termo me servia
de combustível para sempre estar treinando de forma mais intensa. Acreditava
que em algum momento aleatório todo esse ganho físico e mental poderia me
servir para algo construtivo. Mesmo assim ainda não conseguia visualizar a real
utilidade para treinar tanto, simplesmente o fazia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbB-_O0xL0mEhMnQvg4AWctTF4Vk-6p1qjFPH7vo2NmGy7jciWXO8AQnx976i-MMoxcdoAtCZjeWxfx9g60A1zZ_nPGiKY6tm7S01vDZssc4iSarkmTqHTDTt0KlopLxXigwDg-Q4vdq4/s1600/timthumb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="169" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbB-_O0xL0mEhMnQvg4AWctTF4Vk-6p1qjFPH7vo2NmGy7jciWXO8AQnx976i-MMoxcdoAtCZjeWxfx9g60A1zZ_nPGiKY6tm7S01vDZssc4iSarkmTqHTDTt0KlopLxXigwDg-Q4vdq4/s320/timthumb.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">A verdade é
que eu tinha sede por descobrir tudo aquilo que eu poderia fazer com meu corpo
dentro da atividade e isso alimentava meu desejo por treinos de repetições. Não
havia sentido ir para um treino, fazer alguns saltos, algumas subidas de muro e
voltar para casa. Para mim não era um treino se não houvesse um foco em algo
que me fizesse gastar horas apenas moldando aquele determinado movimento, ou
determinada técnica. Por muitas vezes passei do meu limite, não me respeitei, vieram dores crônicas, stress muscular, distenções e até hoje meu corpo paga por alguns desses treinos que fiz. Mesmo assim eu continuava me questionando e tentando
encontrar uma real utilidade na minha vida para eu estar fazendo todo aquele
esforço.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Não faz
tanto tempo que minha visão sobre isso começou a clarear um pouco e tive
algumas conclusões a respeito desse tema. Quando eu ainda vivia na França eu
via uma real necessidade de falar o idioma francês pois se eu não aprendesse iria
realmente passar muitas dificuldades. Me vi em uma situação sem muita escolha. Eu
nunca escolhi aprender esse idioma, ele um dia simplesmente bateu a minha porta
e falou que teria que entrar de qualquer forma. Naquele período acabei me
desenvolvendo através desse novo idioma com a ajuda da minha esposa, com isso passei
a me comunicar naturalmente com a população local facilitando minha adaptação.
Quando voltei ao Brasil no ano passado, decidido a me estabelecer por aqui, simplesmente
deixei o francês de lado. Não é mais uma necessidade, não é mais tão útil para
minha vida como era antes. Contudo, ainda consigo praticar um pouco com minha
esposa às vezes, de certa forma é um pouco inevitável pelo fato de essa ser a lingua materna dela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDSdLJr6hz8lZAmMezvLHgdrraaKZ6oVEO1pNspqnyPExPv0PQpDPVw9nD1Yox8Ug4iZTdjguORNscP4-jTpPXRWVAj3TsXMekvpJJ4K-xAbwLMHaxUz-nQRXK_DLG_EsdUJTndWz-AHk/s1600/expendables2-580x300.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="165" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDSdLJr6hz8lZAmMezvLHgdrraaKZ6oVEO1pNspqnyPExPv0PQpDPVw9nD1Yox8Ug4iZTdjguORNscP4-jTpPXRWVAj3TsXMekvpJJ4K-xAbwLMHaxUz-nQRXK_DLG_EsdUJTndWz-AHk/s320/expendables2-580x300.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Homem forte ?</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmst7n79xIcrcDxOup3MoqTcRUPcK_YX4fAFHuuk_lY1li6xYHRto4-47Icc-adsTQR8YxYzTsklD9RzyumbR58sga649bLcN_-Q-k8FmaHEQrGQErxvczI2ZQOIqlJReINwbNxdJWAew/s1600/8ago2012---bombeiro-resgata-moradora-de-rua-alagada-em-taizhou-na-provincia-de-zhejiang-devido-aos-fortes-ventos-provocados-pela-passagem-o-tufao-haikui-o-terceiro-a-atingir-o-pais-em-uma-semana-1344429503443_956x500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmst7n79xIcrcDxOup3MoqTcRUPcK_YX4fAFHuuk_lY1li6xYHRto4-47Icc-adsTQR8YxYzTsklD9RzyumbR58sga649bLcN_-Q-k8FmaHEQrGQErxvczI2ZQOIqlJReINwbNxdJWAew/s320/8ago2012---bombeiro-resgata-moradora-de-rua-alagada-em-taizhou-na-provincia-de-zhejiang-devido-aos-fortes-ventos-provocados-pela-passagem-o-tufao-haikui-o-terceiro-a-atingir-o-pais-em-uma-semana-1344429503443_956x500.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Homem forte .</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Depois que
comecei a agir de forma realmente útil na minha vida sinto que muitas coisas
mudaram, inclusive meu porte físico. Menos massa muscular, mais resistência.
Sinto que tenho aprendido a treinar de uma forma um pouco mais inteligente que
antigamente, mas claro, sem deixar o espirito guerreiro de lado. Penso que se puxar e se desafiar é fundamental para a mente e para o espírito e por isso ainda crio treinos com repetições, desafios envolvendo saltos, ainda treino para ter força e explosão, mas sinto que hoje não
passo do ponto em que acho realmente necessário para meu corpo e para minha
vida. Não faço esses treinos por fazer, nem a todo momento, eu penso no que realmente é importante para mim antes de entrar em cena. Depois que comecei a dar aulas de Parkour aqui em Brasília sinto a
necessidade de passar uma visão de Parkour mais ampla, menos elitista, menos
engessada e mais funcional. Quero que cada um que venha aprender Parkour
comigo, aprenda primeiro a saber sobre si mesmo e suas limitações. Não quero
ser sempre a pessoa que irá dize-los em que momento parar e até onde devem ir,
quero que cada um deles aprenda a se guiar dentro da prática e descobrir seu suficiente.
Afinal, o Parkour não é nada mais que isso, a descoberta da autonomia ou a auto-descoberta.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Eu concordo
que tudo é um processo natural e que as coisas acontecem em seu determinado
tempo. Quando eu iniciei meus treinos, por exemplo, não tinha nenhuma idéia
disso tudo e só queria ser bruto, sem uma razão clara para isso. Mas nunca
deixei de me perguntar ‘’Para que isso tudo realmente me serve?``. As vezes observo praticantes já com muitos
anos de treino nas costas que não conseguem utilizar essa experiência para construir
algo realmente útil em suas vidas. A falta de questionamento e de iniciativas
úteis fazem com que muito potencial seja simplesmente jogado ao ralo. Por um outro
lado observo muitos praticantes com pouco tempo de treino, pouco desenvolvimento
dentro da atividade, mas que já encontraram um propósito ou uma utilidade. Sabem aplicar o pouco que tem em suas vidas e desenvolvem boas idéias.<o:p></o:p></span></div>
Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-50071448213222743952013-01-16T05:30:00.002-08:002013-01-16T05:32:33.453-08:00Parkour Kids Brasília<div style="text-align: justify;">
Recentemente produzi uma rápida chamada em video para as aulas de Parkour infantil aqui em Brasília.Tem sido uma experiência incrivel lidar com esses pequenos através do Parkour. É realmente instigante perceber o desbloqueio mental que eles possuem para efetuar movimentos do Parkour. Penso que se toda criança fosse estimulada desde criança a saltar, escalar, correr, rolar, efetuar movimentos naturais que começam a florecer em seus corpos, talvez viveriamos uma sociedade onde o medo não estivesse presente de forma intensa como é hoje. Fica ai a dica.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/oOgkzYIswlA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-16721019119231755532013-01-02T08:10:00.000-08:002013-01-02T08:23:51.835-08:00Momento Parkour 2 - The Dark Night Rises<div style="text-align: justify;">
Há algumas semanas atrás fiz uma postagem sobre o filme ''O senhor dos anéis - A sociedade do anel", onde percebi um momento do filme em que o Parkour de alguma forma estava presente (Você pode conferir o post <a href="http://santigasparkour.blogspot.com.br/2012/12/a-falta-de-parkour-em-o-senhor-dos-aneis.html">aqui</a>). Decidi dar prosseguimento a essa idéia e criar uma série de postagens com o objetivo de identificar o "Momento Parkour" em longa-metragens e super produções hollywoodianas. Hoje trago uma observação sobre o filme Batman - The Dark Night Rises de Christopher Nolan e estrelado por Christian Bale (Bruce Wayne).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwkv6btRWbBdBaCKYDnwdX3kAbhkM1K-GiB5LucFYim-69Pp-6nk0CF9n1ZWlJJ7R61iimBn4sgMiQZA-Hz_xpwwhf1qFfj0NZ-qDlI77MZ_umiqNXMsF5fqoneUxXAeOf3eDFvHfEiQg/s1600/rsR5JJTGgbvKV6VJXQoU7I2UysL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwkv6btRWbBdBaCKYDnwdX3kAbhkM1K-GiB5LucFYim-69Pp-6nk0CF9n1ZWlJJ7R61iimBn4sgMiQZA-Hz_xpwwhf1qFfj0NZ-qDlI77MZ_umiqNXMsF5fqoneUxXAeOf3eDFvHfEiQg/s320/rsR5JJTGgbvKV6VJXQoU7I2UysL.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, aos Parkourzeiros de plantão que já assistiram a esse filme creio não haver dúvidas de qual é o momento em que o Parkour está presente de forma mas escandalosa. Eu acredito que esse momento começa exatamente quando Bruce Wayne é mandado a prisão de Black Gate pelo vilão Bane. Ali ele se encontra com uma lesão grave nas costas adquirida em confronto direto com o principal vilão da trama e é praticamente decretado seu fim. É quando ele acaba descobrindo que há uma única forma de escapar da prisão : Escalando os muros desse grande e profundo poço que é Black Gate. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A partir desse momento Bruce começa um trabalho para se reerguer, primeiro concertando suas costas com a ajuda de um companheiro de prisão, depois fazendo um trabalho de fortalecimento do corpo. Ali percebe-se o empenho do personagem para estar preparado ou apto para a escalada de fuga, uma mentalidade que é indispensavel a qualquer praticante de Parkour que deseja efetuar um movimento ao qual ainda não está preparado. Acredito que esse momento de lesão seguido da re-composição física e mental é muito presente na vida de um atleta, e com um praticante de Parkour não poderia ser diferente. É preciso haver sempre motivação e empenho para voltar ao nível desejado.</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_H9xpW-FMjze_y3W8IeKt0iOmqi0VgUAlkp_9VK38mwuzQeOQgG3pc-Q5ajK07lGjTsZz6AENrxssQIvZtfr2yqQF3cKp-tNreRJl4lL58HAhQPmXN0iB66PVDJ8rjpqih5bNqCto_ss/s1600/bat15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="130" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_H9xpW-FMjze_y3W8IeKt0iOmqi0VgUAlkp_9VK38mwuzQeOQgG3pc-Q5ajK07lGjTsZz6AENrxssQIvZtfr2yqQF3cKp-tNreRJl4lL58HAhQPmXN0iB66PVDJ8rjpqih5bNqCto_ss/s320/bat15.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Logo após sua recuperação física, Bruce Wayne efetua sua primeira tentativa de fuga. Amarrado a uma corda para servir de segurança o personagem segue escalando em direção ao topo do poço. Ele chega a uma parte do percurso em que precisa efetuar um salto de uma plataforma a outra para continuar seu caminho. No Parkour esse tipo de salto que é mostrado chamamos de ''Salto de Braço'', ele consiste em saltar de um ponto X a um outro Y e usar os braços para se agarrar ao ponto de aterrissagem. Apesar de não ser detectavel uma movimentação técnica do Parkour no salto de Bruce, é realmente instigante a cena para qualquer um que já praticou o Parkour pois é um salto que envolve uma grande altura e aparentemente consideravel distancia. Ao falhar em sua primeira tentativa o excêntrico bilionário é salvo pela corda que ele havia amarrado como segurança caso caisse. Mesmo que não fosse um salto com grande distancia sabemos que o fato de haver um abismo abaixo gera um desafio mental muito grande pois qualquer erro pode significar a morte. E é ai que entra a parte em que considero a mais legal de toda essa sequencia.</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1PbbhBMjCczxS-SqgSAr12NMOVe7BVsvj09wUyD6z538O4ZXIZoqBK7ONSiCJ9qfydXtnxziUllWmy-nA7S93Jjzd9TSZ-f3PYmMIXVJztZMc73fdyMRqaoDEPek2Y_hW-CsEeqjXON4/s1600/bat1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="144" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1PbbhBMjCczxS-SqgSAr12NMOVe7BVsvj09wUyD6z538O4ZXIZoqBK7ONSiCJ9qfydXtnxziUllWmy-nA7S93Jjzd9TSZ-f3PYmMIXVJztZMc73fdyMRqaoDEPek2Y_hW-CsEeqjXON4/s320/bat1.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjl76at3qYrvzXAOsseFqmKiJgnaWG5Ix7EAr6vaZ3QsgN0VRTML9_7T2tVcUuP59kCeXQA3MShfuP5xmE1t2SjTGMTlBLLstFhkt8V-3jhp4FAMgPufx7kko-3hX6vkwZKZTqgLUl3aj0/s1600/bat2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="176" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjl76at3qYrvzXAOsseFqmKiJgnaWG5Ix7EAr6vaZ3QsgN0VRTML9_7T2tVcUuP59kCeXQA3MShfuP5xmE1t2SjTGMTlBLLstFhkt8V-3jhp4FAMgPufx7kko-3hX6vkwZKZTqgLUl3aj0/s320/bat2.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0DUHvRdnTef8WBHqpGgVLIHzl8KS5kpoakYjR72YnIIUZadYOPlj8Xos3QK9rEhcEhY4N-sVp6aEnLTVeRf0AzNPjeDbQaXEvF0nMDyDHjqSwLV8fMksaR5dhouDZWsXirTepPqRfo-c/s1600/bat7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0DUHvRdnTef8WBHqpGgVLIHzl8KS5kpoakYjR72YnIIUZadYOPlj8Xos3QK9rEhcEhY4N-sVp6aEnLTVeRf0AzNPjeDbQaXEvF0nMDyDHjqSwLV8fMksaR5dhouDZWsXirTepPqRfo-c/s320/bat7.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0_e_7t59jjP-d-lD6Y4iZDsCD37pHuk7xhtk9fjjkW5XTnEWPYvD3OltZOXDSX07ZfeCg8IiyHqjgJAGxXkO03DBDVBdz9ozpzOvhMgrA8p15HOZbr9uNTJlU9KBUPwNX1LGHFZLJOlQ/s1600/bat5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="165" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0_e_7t59jjP-d-lD6Y4iZDsCD37pHuk7xhtk9fjjkW5XTnEWPYvD3OltZOXDSX07ZfeCg8IiyHqjgJAGxXkO03DBDVBdz9ozpzOvhMgrA8p15HOZbr9uNTJlU9KBUPwNX1LGHFZLJOlQ/s320/bat5.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de assistir através de uma tela na prisão (que prisão chique) o caos que Bane estava aprontando na cidade de Gotham, Bruce se enfurece e decide ir para sua segunda tentativa de escalada. Considero como o ''Momento Parkour'' toda a sequencia pois até os diálogos apresentados são reflexões que costumam ser feitas pelo Tracer ou Traceuse. Nesse momento em que Bruce Wayne está dominado pela raiva e faz uma de suas sessões de abdominais ele é avisado pelo seu companheiro de cela: "O salto para a liberdade não requer força'', ''A sobrevivência é o espírito da alma'', ''O medo é o fracasso''. Mas a ira de Bruce era maior e ao tentar escapar pela segunda vez, nem à plataforma ele chega, é logo derrubado pelos paredões do poço mas salvo pela corda que o amarrava mais uma vez. Trazendo isso para o mundo real, nos momentos em que vou enfrentar um novo salto no Parkour eu sempre busco limpar minha mente e focar apenas naquilo que interessa, o salto. Sentimentos como o exesso de medo, a raiva, ou até mesmo o exesso de confiança podem acabar te derrubando durante a execução de alguma técnica no Parkour. Sentimentos desse tipo vão estar sempre presentes e cabe a você mesmo saber como reagir a eles. Muitas vezes nosso próprio potencial físico é inibido pelo nosso bloqueio mental e acredito o personagem Bruce nesse dia experimentou um pouco dessa sensação.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwHE5xKEKjDMSaBSLyRsZDFurQhMo3YCgWOFchcst1RD8pN9LH-2zkezMXAIj_pM8sAMIMT5kj-qQT-RJeOvw0bsF-voSUQ1MRBi8lILbPoOt_3hi6_L69sfhbAf0UZoUSXclDCuKIGqQ/s1600/bat6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwHE5xKEKjDMSaBSLyRsZDFurQhMo3YCgWOFchcst1RD8pN9LH-2zkezMXAIj_pM8sAMIMT5kj-qQT-RJeOvw0bsF-voSUQ1MRBi8lILbPoOt_3hi6_L69sfhbAf0UZoUSXclDCuKIGqQ/s320/bat6.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bruce ficou desacordado após sua ultima tentativa, e ao despertar começa um novo diálogo com seu companheiro de cela. Ele mostra ao Batman que para liberar seu real potencial de ação era necessário que ele voltasse a ter medo. É nessas horas que lembro que o medo tem um papel super importante na vida de um ser humano. Acredito que esse sentimento é inerente a todos nós (aquela famosa frase "quem tem cú tem medo''), mas o exesso ou a ausência desse sentimento podem ser prejudiciais. Percebo que aqueles que aprendem a controlar ou canalizar o medo tem seus caminhos bem sucedidos, e acredito que era essa a mensagem que o velho queria transmitir a Bruce durante a história. O medo precisaria voltar ao Batman para que ele ativasse seu instinto de sobrevivencia e manifestasse o real potencial de seu corpo. E para isso era preciso fazer a escalada sem a proteção da corda. O Cavaleiro das Trevas topa o desafio e decide tentar a escalada mais uma vez, mas dessa vez sem a corda para lhe dar segurança. Ao som do grito ''ressurgir'' cantado em alto e bom tom pelos companheiros de prisão Bruce Wayne chega novamente até o maior desafio da escalada, o salto de braço. Nesse momento surgem morcegos por toda a parte, para simbolizar o medo de Bruce (quem conhece a história do Batman, sabe que o morcego é algo que Bruce Wayne teme desde a infancia). Ao visualizar o salto Sr. Wayne então fecha os olhos e se concentra para o movimento, creio que tentando canalizar sua força para atingir seu objetivo. Ao ao serem abertos, os olhos de tigre focam o salto e seu corpo explode em direção a segunda plataforma até que seus braços agarram firme o concreto deixando seu corpo dar o balanço de chegada. Estava feito assim o salto ''impossivel'' descrito por Christopher Nolan em seu roteiro. Após seu exito no salto, Batman termina o restante de escalada e parte para salvar Gotham de seus inimigos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTfeJUMzvhAld7yzxlaF8eJcxA4mHGlBL5NJl6qvwTym9lfKhWPzmyZ1Blguqxdo1haNwiH9eKutPOOe8LfsfEnrEPkm5Da-hv2Yam7h3Cq_w8j5ZC60-yfKOdKxay70UfXo4HaZ02gCo/s1600/bat8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTfeJUMzvhAld7yzxlaF8eJcxA4mHGlBL5NJl6qvwTym9lfKhWPzmyZ1Blguqxdo1haNwiH9eKutPOOe8LfsfEnrEPkm5Da-hv2Yam7h3Cq_w8j5ZC60-yfKOdKxay70UfXo4HaZ02gCo/s320/bat8.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic6q0AApzgm0TWfvCDgmAj78YX2wBMx4rErgbSq0s9xAP4kwRLB29S2usM5xTg6F3ur-txnvANpnmfGLXSrIgzQNFMJOIFYLZGy48fS-MBPlkBi3R2bdmzPzT7VN32vHnJXqMq1o9uEo4/s1600/bat10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="176" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic6q0AApzgm0TWfvCDgmAj78YX2wBMx4rErgbSq0s9xAP4kwRLB29S2usM5xTg6F3ur-txnvANpnmfGLXSrIgzQNFMJOIFYLZGy48fS-MBPlkBi3R2bdmzPzT7VN32vHnJXqMq1o9uEo4/s320/bat10.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgWQkVINjqXwsWGMFBukRCNmv20PsCJz-J7Lyx1XufJHzN5913uRW-0SCK057bonTynhmX3Bo4LwDGDywh7hgMQ7Ff98Tbvz7bzIy6g9cTgQ8_6pzGaE1vGiGn44j0xEBDMM2-RDMw8JY/s1600/bat11.jpg" imageanchor="1" style="display: inline !important; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="176" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgWQkVINjqXwsWGMFBukRCNmv20PsCJz-J7Lyx1XufJHzN5913uRW-0SCK057bonTynhmX3Bo4LwDGDywh7hgMQ7Ff98Tbvz7bzIy6g9cTgQ8_6pzGaE1vGiGn44j0xEBDMM2-RDMw8JY/s320/bat11.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF5iYDqK8msBOFXtUyR2EDt9AUXNX2CrVhch4gbx5jFNTScUnAEov539VjV1Hr7jyjE-dB8IgPAgBdXXSCzu0TSoPocwCLpW1HWuRyDtE7DmWFS_72eWbeNdYW5JmxjhEeeyRCA52h5qI/s1600/bat12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="176" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF5iYDqK8msBOFXtUyR2EDt9AUXNX2CrVhch4gbx5jFNTScUnAEov539VjV1Hr7jyjE-dB8IgPAgBdXXSCzu0TSoPocwCLpW1HWuRyDtE7DmWFS_72eWbeNdYW5JmxjhEeeyRCA52h5qI/s320/bat12.jpg" width="320" /></a></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkn7NUJQYyttiIqh8d-WZ8zVoElQ0Yk1SdfqWxr429BD5O56mzO1kzlWg3qW0eSVgkwGHHYQ6L8PCjdJkrdwFaaJ_nkfHqK7szkwpSXX4i6emzcT0gc4Yq7S-YJLjKKdi1gmnTtEwmpEU/s1600/bat14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="174" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkn7NUJQYyttiIqh8d-WZ8zVoElQ0Yk1SdfqWxr429BD5O56mzO1kzlWg3qW0eSVgkwGHHYQ6L8PCjdJkrdwFaaJ_nkfHqK7szkwpSXX4i6emzcT0gc4Yq7S-YJLjKKdi1gmnTtEwmpEU/s320/bat14.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acredito que qualquer um que esteja inserido no mundo do Parkour vai se identificar muito com essa sequência pois esses elementos que citei acima estão também presentes no cotidiano de qualquer Tracer, ou mesmo qualquer atleta em geral. Particularmente achei bem legal toda a trilogia do Batman de Nolan e também essa idéia de tentar trazer o super herói mais para perto da realidade. Acredito que só faltou mesmo alguém do Parkour para coreografar melhor esse salto. Mesmo assim não perdeu seu brilho nem sua mensagem, fica ai a dica de filme e reflexão. Bons treinos.</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyNYOnyHaOIciAE90URwRJqQXA21mk3rt15QFAuFnXAhrTZO2ikZSh1exTl0npzHs_BvxiKOKhgJSIEgwK6PS7o6R2shC2ZE3TCOxh3LG6jI9JOg0LGP2kcKe99szOPcFbIc2wDESYtrQ/s1600/bat9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyNYOnyHaOIciAE90URwRJqQXA21mk3rt15QFAuFnXAhrTZO2ikZSh1exTl0npzHs_BvxiKOKhgJSIEgwK6PS7o6R2shC2ZE3TCOxh3LG6jI9JOg0LGP2kcKe99szOPcFbIc2wDESYtrQ/s320/bat9.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div>
<br /></div>
Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-55509200411596705522012-12-26T10:59:00.001-08:002018-02-26T05:53:31.245-08:00999, 1000 e 1001. <b><i><span style="color: #38761d;">Obs: Esse post é uma continuação do ''1000+1 mucle-ups(planches)'' postado à alguns dias atrás. Confira <a href="http://santigasparkour.blogspot.com.br/2012/12/1000-1-muscle-ups-planches.html">aqui</a></span></i></b><br />
<span style="text-align: justify;"><br />Hoje, apenas três dias passados após o desafio dos 1001 muscle-ups,
ainda me sinto como se fosse uma árvore após uma forte tempestade, galhos
marcados pela destruição, porém, com a raiz ainda firme e fixa em seu devido
lugar. Por vezes até me esqueço, mas é realmente boa a sensação de dever
cumprido e até mesmo essas dores que ainda estão bem vivas pela parte superior
do meu corpo (principalmente pelos braços). Realizei minha ultima repetição ás exatas
19h00 quando o dia já se despedia e a noite começava a dar seu ar. No total
foram 1001 muscle-ups em uma dezena de horas cravadas. Compartilhar essa experiência
com palavras está longe de ser suficiente, longe de ser coerente e bem distante
de ser alguma fração de realidade. Mas mesmo assim vou tentar descrever um
pouco de como foi minha experiência nessa intensa e dura jornada de 10 horas, e para isso resolvi dividir tudo em partes :</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><b>Prévias considerações </b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Oficialmente o desafio começou as 6h00 do dia 23 de dezembro de 2012. A
idéia era imbecil mas bem simples, fazer 1001 planches em no máximo 24 horas.
Na noite anterior ao evento, eu fazia compras e preparava uma logística mínima
para que pudesse me servir de suporte. Água, bebidas isotônicas, barras de
cereais, frutas e pão foram algumas das coisas que priorizei, eu já sabia que
não poderia comer nada que fosse muito pesado e ao mesmo tempo teria que ser
algo que me desse energia. Esparadrapo e protetores para a mão eu preferi
dispensar, mas por uma questão um pouco lógica relacionada ao local que escolhi
para o desafio. Antes de dormir eu mudei um pouco meus planos e decidi que não
iria começar às 6 horas da manhã e sim às 9 horas para que eu pudesse me sentir
bem descansado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">O famoso ‘’galho do planche’’ localizado na 308 sul foi o terreno que
elegi para realizar as repetições. Quem o conhece sabe que ele não é fino como
uma barra comum além de ter uma textura diferenciada, fatos que não eliminam a
possibilidade de calos e bolhas mas a diminui consideravelmente . E por isso
resolvi não ter proteção para as mãos. Em contrapartida o plancheiro é obrigado
a usar mais os pulsos e adotar uma posição mais enganchada, condição que
prejudica ou causa dores em alguns. Particularmente eu sempre gostei de fazer
muscle-ups nessas condições, principalmente em galhos de árvore. Além do mais, quando
estive pensando nesse evento me dei conta de que eu não poderia faze-lo em um
outro lugar que não fosse o nosso querido ‘’galho do planche’’ localizado na
308 sul. É como se a final da Copa do Mundo no Brasil não pudesse ser realizado
em outro lugar que não fosse o Maracanã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBCmlJUB-PXpniY1GQHk8cYxQFyEZJdrKWffQXfnEjgDzy597-VKh9XjUJAKfzOzbvE2qFLd1Cg5DNnbnVcjPE8144SrOSZbU4JbBq8Dnq_Rt5YaBSmyzIpwK1g-aU2GVA8CZr1MqwDLY/s1600/IMG_7247.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="289" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBCmlJUB-PXpniY1GQHk8cYxQFyEZJdrKWffQXfnEjgDzy597-VKh9XjUJAKfzOzbvE2qFLd1Cg5DNnbnVcjPE8144SrOSZbU4JbBq8Dnq_Rt5YaBSmyzIpwK1g-aU2GVA8CZr1MqwDLY/s320/IMG_7247.JPG" width="320" /></a> </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Depois de uma noite bem dormida, tomei um café da manhã bem básico apenas
com algumas frutas e pedaços de pão. Fiz os preparativos finais e sai. Cheguei
a 308 sul faltando uns 15 minutos para as 9h00. Para a minha surpresa, por lá
já estava o Manoel e sua contagem já estava em 50 ou 70, não me lembro bem. Mas
aquilo que me deixou mais feliz foi de saber que eu não estaria sozinho pois
originalmente a única pessoa com quem eu estava contando de fazer junto acabou
tendo problemas e desistindo alguns dias antes. Essa minha alegria de ver que
eu estaria acompanhado se consolidou com a chegada dos demais: Admilton(Picolo),
Rodolfo, Leonardo e Milano e Gustavo. Todos eles haviam planejado vir e fazer
planches junto comigo, eu só não sabia disso! Pensava que ninguém havia animado
muito com a idéia. Bom, sorte a minha, pois tinha consciência de que iria ser
mais difícil estando sozinho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Minha idéia foi tentar manter o mesmo ritmo do meu treinamento nas
semanas passadas, 100 planches em 1 hora, 200 em 2 horas, 300 em 3 horas e
assim por diante. Dessa forma eu chegaria aos 1000 planches em mais ou menos 10
horas. Mas eu sabia também que iria precisar comer e descansar em alguns
momentos. Sendo assim bolei um plano previamente que consistia em fazer 50
repetições em no máximo 30 minutos. Se eu terminasse em mais de meia hora seria
um prejuízo, mas se eu terminasse antes eu contaria esse tempo para comer ou
descansar. Por exemplo, se eu terminasse os 50 planches em 25 minutos, eu teria
5 minutos para descansar , beber ou comer se eu precisasse. No caso de eu não sentir
necessidade de descanso eu apenas continuaria e esse tempo-extra acumularia
para ser usado depois. Mesmo com essa idéia eu tentei manter uma média de 2
repetições por minuto, contudo essa idéia não foi seguida a risca em muitos
momentos. Optei por fazer séries de duas repetições seguidas, e foi assim do
inicio ao fim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><b>O inicio</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Do inicio às 9h00 até a repetição de numero 300 foi relativamente tranquilo. Eu
já havia chegado a essa marca na semana anterior então para mim já era um
terreno conhecido. Até ali eu não havia comido nada e bebido pouca água. As
mãos estavam inteiras e eu não sentia nenhuma dor ou dificuldade para
continuar. Já havia se passado 2 horas e 40 minutos desde o primeiro
planche e eu havia melhorado meu tempo em 10 minutos em relação a semana
passada. Apesar de ter planejado dar uma pausa maior nos 300 eu não vi razões
suficientes para isso naquele momento, então decidi fazer essa pausa maior apenas quando
chegasse aos 500.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw346bM3xfHyghsQNeLTZdnuT__J44Mpw1Lf-BPxpmk0a9TxfIQIg5704rcAt8QmeuEYgofauwrG0BE-kXzHxhwp6Jd0JdwW6jvNvLUW_FZEqNi0qFbaXc9bATeMXvSUA5_JZ4r0KogSs/s1600/IMG_7263.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw346bM3xfHyghsQNeLTZdnuT__J44Mpw1Lf-BPxpmk0a9TxfIQIg5704rcAt8QmeuEYgofauwrG0BE-kXzHxhwp6Jd0JdwW6jvNvLUW_FZEqNi0qFbaXc9bATeMXvSUA5_JZ4r0KogSs/s320/IMG_7263.JPG" width="213" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><b>O meio</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Dos 300 até os 500 foi uma nova descoberta, confesso de começou a dar um
certo trabalho. Eu transpirava mais, começava a sentir fome, a sede vinha com
maior frequência e minhas mãos começavam a arder. Nesse meio eu comi umas duas
barrinhas de cereal e a água já havia se esvaziado. Terminei os 500 faltando
uns 15 minutos para as 14h00, eu estava inteiro, sem nada preocupante nas mãos
apesar da ardência. Eu estava com bastante fome e meus braços já mostravam
sinais de cansaço. Meus tendões abaixo do bíceps estavam um pouco doloridos,
isso me fez lembrar de uma época que tive tendinite crônica nessa parte, mas
agora não era uma dor nada comparável as dores daquela época. Já na metade do
percurso, tirei um descanso de aproximadamente 25 minutos, foi o tempo
suficiente para encher o galãozinho de água, comer um pouco das coisas que eu
havia trazido e descansar. Nesse tempo eu só pensava “puts tudo isso que fiz
até agora é apenas a metade do caminho, tenho que fazer isso tudo mais uma vez’’. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Picolo e Leo foram comprar coisas para comer no mercado perto dali, então
decidi pedir a eles que trouxessem um esparadrapo. Apesar de minhas mãos
estarem com uma leve ardência eu já estava preocupado que isso se transformasse
em uma bolha em breve. Então fiz uma proteção nas duas mãos antes de recomeçar.
Era 14h10min quando recomecei as séries. Quando cheguei aos 600 resolvi tirar
por completo essas proteções pois elas estavam mais me atrapalhando do que
ajudando, estava tornando o movimento mais escorregadio. Minhas mãos apesar de
arderem não pareciam virar bolhas, então resolvi confiar nisso e seguir. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDJd7EH13gx0qTL8hSr9lg_0-Q1TTHmbPIjtz1FqtM6zADIJjC-QHr33X17U8JmRHJKVcsx74rbkZwRTfbxbTkKNsjGpFWLEe7uWkcrnJd3ULDeKm9GJCqwng55Vo3kbSU9Zjcagy7mmM/s1600/IMG_7268.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDJd7EH13gx0qTL8hSr9lg_0-Q1TTHmbPIjtz1FqtM6zADIJjC-QHr33X17U8JmRHJKVcsx74rbkZwRTfbxbTkKNsjGpFWLEe7uWkcrnJd3ULDeKm9GJCqwng55Vo3kbSU9Zjcagy7mmM/s320/IMG_7268.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><b>O fim</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Dos 600 até os 1001 é onde considero que houve a verdadeira guerra,
principalmente psicológica. Quando faltavam ainda 400 repetições para terminar
eu já estava psicologicamente abalado, as dores nos braços se intensificaram e
os planches estavam mais pesados apesar de estarem retos. A ardência na mão
aumentava gradualmente a cada planche, eu começava a sentir uma moleza e vontade
de só ficar parado e descansar. Apesar disso eu mantive o ritmo proposto
inicialmente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Eu não me lembro muito bem em que período os meus amigos haviam parado,
mas sei que eles haviam chegado em suas metas. O Leo completou 501 como se
estivesse matando um Leão, me lembro de sua guerra interior ao fazer os
planches finais. Me lembro também de Picolo que completou 501 de uma forma admirável.
O Manoel já havia ido embora, não lembro bem em que numero ele parou mas creio
que foi por volta dos 300 ou 400. Tivemos uma surpresa também do nosso ilustre
amigo oldschool Thiago Brasil, ele veio e cumpriu sua meta de 100 planches, nos
abençoou com sua presença e depois foi embora. Havia por ali também o jovem Gustavo
que não lembro bem quantas repetições ele realizou porém creio também que ele chegou
em sua meta. O Rodolfo estava com uma lesão em sua mão e por isso resolveu
fazer seu desafio em forma de barras normais (pull-up), ele também realizou 501
repetições. Eu fiquei impressionado com todos, pois sei que foram até seus
limites e se puxaram de verdade. Fiquei realmente muito feliz por eles.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMJ-_sPMFvB5OOzfJtRnBLwHgBobD-4xu6Hp7yYZNDjc-lwbZORCcgfmr2dgZfoOyOv_tWGk7t-eczqxk7ruGUR9c2FsuMSyiw3bLAkcF8IUoFqdOPjisUtktTWACQMAsppvBjJ-wa9NU/s1600/IMG_7269.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMJ-_sPMFvB5OOzfJtRnBLwHgBobD-4xu6Hp7yYZNDjc-lwbZORCcgfmr2dgZfoOyOv_tWGk7t-eczqxk7ruGUR9c2FsuMSyiw3bLAkcF8IUoFqdOPjisUtktTWACQMAsppvBjJ-wa9NU/s320/IMG_7269.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Quando cheguei a 800, meu corpo já não me pertencia, eu
estava simplesmente seguindo, continuando. Eu já não planejava mais quando eu
iria beber água ou comer, eu simplesmente o fazia e voltava para as repetições.
Me lembro de um momento em que uma das repetições saiu meio torta e com
dificuldade, e de Rodolfo ter me olhado com uma cara de preocupação pois até
ali todos os planches haviam saído retos e em boa forma. Eu tentei me manter concentrado para
continuar bem.Os planches realmente estavam bem mais pesados, mas eu tinha em
mente que eu não poderia deixar meu corpo fraquejar, tinha que manter o nível de
explosão mesmo que precisasse descansar um pouco mais entre as séries. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Me recordo também de um momento em que deitei e só quis ficar lá
despejado ao chão, eu creio que se ficasse ali não seria muito difícil de
esquecer o desafio e só dormir, foi o momento em que Leo veio e deu uma ‘’xaropada’’
comigo. Me dei conta de que não poderia amolecer, pois eu já estava quase na
reta final. Faltavam 100 planches e de acordo com meus cálculos e se mantivesse
aquele ritmo eu iria terminar às 19h20min, ou seja, depois do tempo previsto.
Isso significava que eu estava em prejuízo e precisava correr para ganhar 20min
se quisesse cumprir o tempo. Mesmo não me importando mais se iria terminar
antes ou depois das 19h00 acho que meu próprio corpo reagiu a essa situação e
percebi que eu realmente estava fazendo mais rápido e descansando menos entre
as séries. </span>Creio que o fato de eu saber que estava perto do fim e querer terminar
logo se confundiu com a vontade de tirar esse atraso em relação ao tempo. O Leo
continuou a fazer planches para me acompanhar até o final. Quando faltavam apenas 50 eu procurei ficar mais concentrado e não perder tempo a toa conversando ou bebendo água, senti que o final estava próximo e que meu corpo estava desejando mais do que nunca passar da linha de chegada.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE0ZaXrw-4QMr-t2UKufqOqEx8XcS1uaSk4j5IKET6VDjXxVu10np94-7zFvlBmB3RH-EwvjryVLzThAxY8c2O7SFSZEwwuMisq1SSUUQSwfqVhfqYPSJ1JZtZFeqYr0n26waR-DjGWZk/s1600/IMG_7338.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE0ZaXrw-4QMr-t2UKufqOqEx8XcS1uaSk4j5IKET6VDjXxVu10np94-7zFvlBmB3RH-EwvjryVLzThAxY8c2O7SFSZEwwuMisq1SSUUQSwfqVhfqYPSJ1JZtZFeqYr0n26waR-DjGWZk/s320/IMG_7338.JPG" width="320" /></a></div>
<span lang="PT-BR"><br /></span>
<span lang="PT-BR">Quanto mais o fim se aproximava, parecia que mais eu ganhava energia e velocidade. Faltavam agora
apenas 3 para terminar, eu estava em 998. O objetivo era ir até 1001 e não 1000 ( A ultima repetição é sempre dedicada aos que não puderam estar presente, por isso sempre fazemos 1 a mais</span>). Nesse momento antes do final Rodolfo veio e arriscou um
planche mesmo com as mãos lesionadas para coroar aquele final, dito e feito. As
ultimas repetições antes do fim vieram potentes, retas e todas as 3 em sequência.
É incrível a sensação de ganhar energia quando você acha que não tem mais nada.
Ela vem justamente quando você vê que está perto do fim e a vontade de terminar
é grande. Eu me lembro de todos terem feito a contagem final em voz alta. Eu
olhei para o relógio, eram 19h00 em ponto, um final mágico para aquilo que eu
estava esperando. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><b>Considerações finais</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Após terminado, bebi uma quantidade maior de água e fomos todos comer um
açaí para festejar e nos alimentar ao mesmo tempo. Me lembro de ter entrado no
carro e não ter tido muitas forças nos braços para dirigir, eu o fiz com uma
certa dificuldade. Após o Açaí eu só queria estar em casa e dormir. Apesar de
ter previsto e planejado muitas coisas eu não previ que não iria conseguir ter
uma noite de sono após o evento. Após um bom banho eu simplesmente me deitei
sem nenhum tipo de roupa no corpo, coloquei uma boa música e relaxei. A
sensação de relaxamento do corpo era inversamente proporcional às dores que eu
sentia. Eu já sabia que eu teria que saber me cuidar bem sozinho nesses dias. Foi uma noite bem complicada, eu dormia um pouco, e
acordava com as dores latejando pelos braços, e foi assim durante toda a noite.
Minha véspera de Natal foi toda na cama, comendo e dormindo. Desde ontem (25 de
dezembro) já me sinto consideravelmente bem, como se tivesse feito apenas um
treino puxado. Vejo que a recuperação está sendo rápida. Tenho dores musculares
aparentemente normais, nada comparado aquela primeira noite de sono após o
desafio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXdMXvRftPBAEy5Ze7wYSHrYf8ARFW3SuEzQU3On-RK7z_27DzfSd9aRBdf4eeT4qgs4Nwb1E9DvfDGzqpAw2vGjwbxFOHzll7zs1ZiLj_rnqMnnHc11Nioue9JYGXsGWXFSvVi6HFGVU/s1600/1000plan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXdMXvRftPBAEy5Ze7wYSHrYf8ARFW3SuEzQU3On-RK7z_27DzfSd9aRBdf4eeT4qgs4Nwb1E9DvfDGzqpAw2vGjwbxFOHzll7zs1ZiLj_rnqMnnHc11Nioue9JYGXsGWXFSvVi6HFGVU/s320/1000plan.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">É difícil explicar para as pessoas a razão de eu ter feito isso pois sei
que elas não digerem bem quando explico. Mas eu já sou alguém acostumado com
isso desde que entrei no mundo do Parkour. Talvez a melhor forma de se entender
é criando uma meta muito distante e correndo para cumpri-la, não fiz nada de
diferente disso. As pessoas se espantam
quando digo que não ganhei nenhum tipo de prêmio material ou algum
reconhecimento concreto fazendo isso, mas fica a certeza de que mesmo havendo
tal coisa isso não seria comparado com aquilo que ganhei interiormente, essa
sensação de dever cumprido, de estar vivo. Me sinto como um iniciante em seu
primeiro planche, exatamente a mesma sensação. Após os 1001 planches eu fiquei
com um sentimento de que dava pra continuar e ver até onde meu corpo iria, mas
eu já não tinha mais nada para provar a mim mesmo, estava feito e eu já me
sentia preenchido por dentro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Não sei se algum dia farei isso novamente, mas tenho o desejo de sempre
estar buscando desafios e vivendo a vida através disso. Agora preciso terminar
de recuperar meus corpo e continuar minha jornada pois sei que 2013 promete
muitas coisas boas e novos desafios. Em breve, pretendo editar um vídeo que irá
resumir como foi esse evento dos 1001 planches. Parabéns a todos os Tracers ou
não-Tracers do Brasil todos que saíram de suas casas para tentar 1000 ou outras quantidades de planches. Uma boa
passagem de ano a todos, bons treinos !<o:p></o:p></span></div>
Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-81961946404716949802012-12-19T05:38:00.008-08:002013-01-02T04:03:24.350-08:00Momento Parkour - A falta de Parkour em ''O Senhor Dos Anéis''.<div style="text-align: justify;">
Criei esse blog com a intenção de falar sobre Parkour, mas hoje resolvi entrar um pouco no mundo do cinema. Ontem pela noite, depois de muitos anos, eu estava re-assistindo o filme ''Lord Of The Rings - The Fellowship Of The Ring''e percebi algo curioso. Reparem nas imagens a seguir :</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBcGeDMzORwjwGdHBJB05Pgdon-P-FSHan6saH-7t3Ar27xifU_YMvSojp8uqcMQDbfYIDIFng0qN4TKTHjH6scQtCRkC2GqOs_lCtsguoevSRxV-My7rJajfy0gnGVVViakcyc3mhGmQ/s1600/lotr.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="131" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBcGeDMzORwjwGdHBJB05Pgdon-P-FSHan6saH-7t3Ar27xifU_YMvSojp8uqcMQDbfYIDIFng0qN4TKTHjH6scQtCRkC2GqOs_lCtsguoevSRxV-My7rJajfy0gnGVVViakcyc3mhGmQ/s320/lotr.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtz8pybsJWrjOgE5Cp9ssAaMCvz9PM9Lu9IHBnTM1LENRZzF1VHeK99OkixKfeVaJ4znZUJD2Bl2aD6QabM9wwXmC5mEWFWaFPiJAs3s1y-WIGscOB1e8ogfW8bYqbuubwPsJJ9XNBzmI/s1600/lotr2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="131" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtz8pybsJWrjOgE5Cp9ssAaMCvz9PM9Lu9IHBnTM1LENRZzF1VHeK99OkixKfeVaJ4znZUJD2Bl2aD6QabM9wwXmC5mEWFWaFPiJAs3s1y-WIGscOB1e8ogfW8bYqbuubwPsJJ9XNBzmI/s320/lotr2.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse é o momento do filme em que o mago Gandalf destroi a ponte para que um monstro denominado Balrog caisse no abismo. É o momento que ele solta a frase épica <span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 19.09090805053711px; text-align: start; white-space: nowrap;">''YOU SHALL NOT PASS''. </span>Mas logo em seguida o filme nos mostra que ao despencar, o Balrog brandiu seu chicote e puxou Gandalf para que ele caisse também. É ai que vem o momento "Falta de Parkour".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, como um bom expectador seria injusto de minha parte reclamar do fato de Gandalf não ter conseguindo climbar (subir) e se salvar, afinal a história original nos conta que ele caiu e lutou contra o monstro para que depois a história pudesse se desenrolar de uma forma bacana, como nós conhecemos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas precisava do diretor cometer um erro bobo desse ?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nós que treinamos arduamente para subir em muros e escalar paredes sabemos que existem tipos diferentes de muros, e a técnica para subir pode variar de acordo com a formação do muro. O problema é que o filme nos mostra que inicialmente Gandalf se pendura em um muro ''sem pegada'', e logo em seguida esse muro se transforma em um ''com pegada atrás'', tudo em questão de segundos ! Na primeira imagem seria muito mais dificil de Gandalf, o cinzento, conseguir efetuar um ''Climb-up''. Já na segunda imagem, todo praticante de Parkour deve saber bem que seria muito mais facil do Mago conseguir subir e se salvar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deduzo que o diretor, Peter Jackson, pode ter encontrado a dificuldade de ter que mostrar a cabeça de Gandalf pois há uma fala nesse momento, antes de ele cair. E estando sempre na posição da primeira imagem acredito que seria muito mais dificil filmar a fala em um bom posicionamento. Bom, se houve de fato esse pensamento, essa solução encontrada acaba se tornando um erro cinematográfico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo que provavelmente isso tenha passado despercebido pela maioria das pessoas, tenho certeza que aqueles que se aventuraram alguma vez pelo mundo do Parkour não tem muitas dificuldades para encontrarem erros como esse em produções desse tipo. Apesar de todo preparo e a boa tecnologia de hoje pequenos equivocos ainda podem ser bem comuns, e nesse caso apresentado vejo que faltou um pouco de consciencia corporal aos idealizadores da sequencia .<br />
<br />
A cena completa vocês podem conferir <a href="http://www.youtube.com/watch?v=66imrid90UM">AQUI.</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Finalizo com um link para um tutorial criado por Sebastian Foucan (O Pantera Negra), um dos fundadores da prática, nos mostrando diferentes formas de agarrar um muro !</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=RAdDt5O3JXg"> http://www.youtube.com/watch?v=RAdDt5O3JXg</a></div>
<br />
Bons treinos.Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-44960052898675907002012-12-12T05:27:00.001-08:002012-12-12T05:27:10.301-08:001000 +1 muscle-ups (planches).<br />
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ0hy_itPSOFAA73n2HN5rgDrxyZuvAIodaSCo_6sKF14FLMOqvRCMORrVf9TmB0ukRHDu0M_bDc28ZY77Jx7KydS8wMW3B23puhkIzTucEHPrUQ9rT3DiKBiuJk6PFV7UnnsAOvtbS-c/s1600/MindBody_tee_600x460.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ0hy_itPSOFAA73n2HN5rgDrxyZuvAIodaSCo_6sKF14FLMOqvRCMORrVf9TmB0ukRHDu0M_bDc28ZY77Jx7KydS8wMW3B23puhkIzTucEHPrUQ9rT3DiKBiuJk6PFV7UnnsAOvtbS-c/s1600/MindBody_tee_600x460.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Há alguns
anos, vivendo em Londres, fui convidado pelo pessoal da Parkour Generations a
participar de um desafio : Fazer 1000
muscles-ups (planches) em um período de 24 horas. Confesso que de cara fiquei
super instigado com o desafio e confirmei minha presença sem pensar 2
vezes. Mas por razão de alguns
contra-tempos, acabei desistindo na véspera e passei a carregar essa dívida pessoal
desde então. Entretanto, é um débito que já tem data para quitação, dia 23 de
dezembro de 2012.</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Me lembro
até hoje de minha primeira grande série de planches, foram 100 deles, feitas no
parque aqui de Brasília em uma manhã de sábado, a uns 7 anos atrás. Eu era um
simples iniciante juvenil e ainda batalhava para conseguir fazer 2 planches consecutivos.
Mesmo fritanto sob o sol do cerrado, consegui terminar todas as 100 repetições
em algumas horas. Me recordo de ter saído como um guerreiro que sobrevive ao
campo de batalha, com as mão esfoladas mas com a moral blindada. Hoje, me
encontro na missão de ter que fazer 10 vezes a mesma quantia daquele dia, porém
em um período de 24 horas. Talvez a única coisa em comum com aquela minha ‘’primeira
vez’’ seja o fato de eu também hoje me sentir como iniciante juvenil encarando
seu primeiro grande desafio. É aquela mesma sensação de não saber bem o que vem
pela frente, mas de saber que será algo grande.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Cofesso eu,
não estar em minha melhor forma quando falamos de muscle-ups (planches). Me
sinto um pouco distante daquela forma física em que me permitia fazer séries de
duas dezenas de planches sem muitos problemas. Era uma época em que fazer um
planche reto, sem dobrar muito os braços e levando a barra direto na região
genital era quase que uma obrigação para aquilo poder ser chamado de planche. Contudo,
hoje me encontro com uma boa condição física sim, os planches saem naturalmente
mas talvez sem a mesma explosão de antigamente. Mesmo assim, me dou conta que
todos esses anos de treinamento me deram algo que naquela época eu ainda não
tinha, a experiência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1XxSy283wm5J_QxB0YlAjhkR6WRhOMCqj8CIQFx118jVIYDiYL6PWpe5aW_d6ITMAkEeDC9MLKNMu5DzvquDd5YquCoh5jA_O4uekRR-Qxq5FL51zTGoVc-bbfRlv_0Nr9xrzjx-FAlk/s1600/IMGP9320.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1XxSy283wm5J_QxB0YlAjhkR6WRhOMCqj8CIQFx118jVIYDiYL6PWpe5aW_d6ITMAkEeDC9MLKNMu5DzvquDd5YquCoh5jA_O4uekRR-Qxq5FL51zTGoVc-bbfRlv_0Nr9xrzjx-FAlk/s320/IMGP9320.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Conversando
com pessoas que estiveram em Londres naquele dia dos 1000 planches, me lembrei
de que a força mental é crucial para completar grandes desafios como esse.
Quando penso nisso tenho alguns ‘’flashbacks’’ dos treinamentos duros que já
participei, daquelas vozes me dizendo “Keep going Pedro, keep going’’ ou ‘’Aller,
aller, aller, ce n’est pas fini’’. Consigo me lembrar bem daquela sensação de
achar que não é mais possível continuar, porém, pouco a pouco depois ir
descobrindo que é possivel ir muito mais além. É um terreno onde muitos pisam,
mas onde apenas os que demonstram a verdadeira força interior conseguem
permanecer. E é por esse fato que não estou fazendo treinamentos super incríveis para ficar mais forte antes do desafio, pois
sei que a batalha maior será dentro da minha cabeça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Entretanto,
tenho me preparado sim, tenho feito séries de 100 e 200 planches. Nesse próximo
final de semana faltará apenas uma semana para o desafio e pretendo completar
300 planches em 3 horas. Creio que esse desafio em proporções menores me dará
uma noção maior de como será o dia do desafio principal. Antes de fechar esse
post quero deixar claro que minha pretensão é de fazer 1000 + 1 planches, o
último planche pretendo dedicar a todos os que não puderam participar, os
outros 1000 serão para todos os que vão estar guerreando junto comigo, seja lá
em qual parte do Brasil. Tenho em mente que isso será algo feito em grupo, e
que quando eu pensar em todos os guerreiros que estarão em campo de batalha
tenho certeza que isso vai me ajudar a não desistir. Sem mais, bons treinos a
todos.<o:p></o:p></span></div>
Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-20821423638320146822012-12-05T12:05:00.000-08:002012-12-10T04:48:52.343-08:00Uma nova etapa Hoje quando falamos sobre Parkour, talvez já não pensemos tanto em indivíduos saltando prédios e fazendo coisas super impressionantes como antigamente. Talvez muitos curiosos ou leigos ainda mantém essa imagem em mente. Porém, aqueles que decidem buscar apenas um pouco mais de informação acabam descobrindo sem muito esforço que o Parkour é uma atividade muito ampla, que tem se tornado popular e mais acessível a cada dia que passa. E sem dúvidas, todos aqueles que tem desenvolvido projetos voltados a divulgação da prática, sejam novos ou velhos praticantes, tem grande responsabilidade nessa transformação.<br />
<br />
<br />
Já não é mais possível contar nos dedos se formos citar todos os grupos, instituições ou indivíduos que se dedicam ao ensino e a divulgação da prática de forma responsável e profissional. Quando penso nisso tenho até um pouco de arrepios, pois me dou conta de que realmente o Parkour é um fenômeno que se espalhou rapidamente pelos quatro cantos do mundo. Claro que não devemos levar em consideração tudo que vemos por ai, pois como já diria o dito popular “nem tudo que reluz é ouro”, e como um bom trabalho não é feito apenas de boas intenções ainda é possível encontrar muitas pessoas despreparadas quando nos referimos a transmissão do Parkour.<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
Apesar dos pesares, vejo com muito bons olhos a maneira de interpretar e transmitir o Parkour de grande parte dos praticantes do cenário atual. Mesmo que se multipliquem os campeonatos de Parkour, mesmo que para alguns o Parkour seja apenas saltar longe ou mesmo que muitos ainda insistam em não se preocupar muito com condicionamento físico, ainda vejo tantos outros que se preocupam e se dedicam para não apenas aprender o Parkour, mas para serem indivíduos fortes, tanto fisicamente quando mentalmente. Vejo uma família crescendo já em proporção global, crianças, jovens, adultos, homens, mulheres, todos em busca de, auto-conhecimento, força interior, amor. Pude ver e absorver isso de maneira muito forte no tempo em que estive vivendo na França em treinamento junto aos Yamakasi. Toda essa energia de treino, amizade e busca em comum por parte dos praticantes por la é chamado de <b>‘’Espirit Yamak’’</b>, ou <b>Espirito Yamakasi. </b></div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt99dZrnnM3nhRMC34k2ca_YreVZLnCZgRosdkItBrkN5Xk_50XWP_LE8drBdi1t2BPcRhOpsar8ch-YvyB_5_qKsgwdFkbTBTnDVMijvLokPEp18KpIzOJmKK0H75cozuo_Jq_8PMkKw/s1600/8012400296_ef33edf9e8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt99dZrnnM3nhRMC34k2ca_YreVZLnCZgRosdkItBrkN5Xk_50XWP_LE8drBdi1t2BPcRhOpsar8ch-YvyB_5_qKsgwdFkbTBTnDVMijvLokPEp18KpIzOJmKK0H75cozuo_Jq_8PMkKw/s320/8012400296_ef33edf9e8.jpg" width="320" /></a></div>
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Inspirado por toda essa energia benéfica que o Parkour me oferece até hoje, iniciei um projeto aqui em Brasília já faz algumas semanas, onde me dedico a transmitir o Parkour a quem tenha o interesse em descobrir. Bom ou ruim, já sinto o peso da responsabilidade em passar adiante tudo aquilo que aprendi durante todos esses anos de prática e aprendizado. Ao mesmo tempo vejo uma grande oportunidade de compartilhar não só oque sei sobre o Parkour, mas mostrar um pouco de mim a outras pessoas, dando também liberdade para que elas mostrem um pouco delas, possibilitando um crescimento mútuo.
Quando observo como tem ido a prática em diversos pontos do mundo, sinto uma nova etapa se iniciando para o Parkour, pois acredito fielmente no trabalho dessa galera que tem mantido acesa a chama, e passado adiante a mensagem de nossa prática .<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq4Jkz7vIRXqQgQ9cibfY9M0OgMyQbFCuPs9WsM75dSraInMUBDHZhBlOClP6MEo5CH8X9Ycy77HmX54WpF35qox2wInUJUi3AAvpD-gQXxtoZ5N46iOwr0Lj0zDcW1dMIntnRKJ7hGdY/s1600/yamak_quickedit_003.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq4Jkz7vIRXqQgQ9cibfY9M0OgMyQbFCuPs9WsM75dSraInMUBDHZhBlOClP6MEo5CH8X9Ycy77HmX54WpF35qox2wInUJUi3AAvpD-gQXxtoZ5N46iOwr0Lj0zDcW1dMIntnRKJ7hGdY/s320/yamak_quickedit_003.jpg" width="213" /></a></div>
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Mas é também uma nova etapa para mim e para esse Blog. Tenho planos de estar postando algo por aqui pelo menos uma vez por semana e continuar comentando um pouco sobre minhas novas vivências e observações dentro da prática.
Deixo aqui o link de facebook para quem tenha o interesse em conhecer <a href="http://www.facebook.com/aulasdeparkourbrasilia">meu novo trabalho</a> com o Parkour em Brasília e também <a href="http://www.youtube.com/watch?v=uGT0Cpcz7kE&feature=g-all">um vídeo</a> no qual me motivou a estar escrevendo esse pensamento . É um trabalho desenvolvido por Laurent Piemontesi, integrante do grupo Yamakasi e praticante por mais de 20 anos, alguém com quem aprendi muito e a quem tenho grande admiração.
Até breve e bons treinos.<br />
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link 1 - http://www.facebook.com/aulasdeparkourbrasilia<br />
link 2 - http://www.youtube.com/watch?v=uGT0Cpcz7kE&feature=g-all
Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-17680167571089643002011-12-27T17:24:00.001-08:002011-12-27T17:55:21.915-08:00A 308 e seu legado.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsFnDFmp3HcuU4WyducIXgVUKYxgnMn-Cqu9wIFiAINrSyHL41kn4cesc0byZGhVS1V5SVkKrHv1T464eAi6Z13CZ972-ks64U5qg5bCgkzIcKXr7M-j_KC7oPCWgIxQvcieQpItfMexE/s1600/IMG_0164.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsFnDFmp3HcuU4WyducIXgVUKYxgnMn-Cqu9wIFiAINrSyHL41kn4cesc0byZGhVS1V5SVkKrHv1T464eAi6Z13CZ972-ks64U5qg5bCgkzIcKXr7M-j_KC7oPCWgIxQvcieQpItfMexE/s320/IMG_0164.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5690988081180003618" /></a><br />Todos os que já se aventuraram pelo mundo do Parkour alguma vez, sabem a importância que um determinado lugar ou ambiente da a um treinamento. Bom, no meu caso, toda vez que penso em um lugar de treino, a primeira coisa que me vem à cabeça é um pico chamado 308 sul, localizado na minha cidade, Brasília.<br /><br />Desde a primeira vez que pisei na 308 com o intuito de treinar, logo senti que ali havia algo de especial. Talvez agora que não estou vivendo mais em Brasília, mas apenas passando as férias, eu perceba isso com mais clareza. Mesmo que seja uma região com uma característica mais plana, sem grandes alturas e grandes desafios aos olhos de todos, é um ambiente que transmite uma paz impressionante quando se está treinando, e isso estando no coração de Brasília. <br /><br />É verdade que toda a cidade de Brasília é repleta de lugares que transmitem uma tranqüilidade e oferecem uma arquitetura propicia ao Parkour, talvez tudo isso esteja muito relacionado também a quantidade de árvores e verde que existe por toda a cidade, também aos grandes espaços. Mas também não posso negar que a 308 foi uma região que se destacou entre todas as outras quando falamos do Parkour Candango. Nunca deixei de ter certeza que a relação do Parkour com a 308 cumpre o propósito dos idealizadores desse lugar, mas talvez não da forma que imaginavam.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3KOgQZIRbBFwLDDfnJwcRsv3PmdnQf357cDACxc8HMjrYmZFQgGkvr1SkXmi_89Jab_9-YtXkl2Sn99Z2Pw37BFy1l4zK_Zd0ihGIDCH8RQQnSGbJy9gzeQCs36Jmtfx0a4qaVUXt8lg/s1600/4855726834_52b6681bba.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3KOgQZIRbBFwLDDfnJwcRsv3PmdnQf357cDACxc8HMjrYmZFQgGkvr1SkXmi_89Jab_9-YtXkl2Sn99Z2Pw37BFy1l4zK_Zd0ihGIDCH8RQQnSGbJy9gzeQCs36Jmtfx0a4qaVUXt8lg/s320/4855726834_52b6681bba.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5690987225103151410" /></a>Na Europa vi picos incríveis, repletos de muros, e passarelas de todas as formas, ambientes que ao olhar você poderia ter a certeza que foi feito especialmente para praticar o Parkour. Mas agora, ao voltar a minha cidade e reencontrar a 308, posso dizer que ela para mim é o melhor lugar para se treinar Parkour no mundo. Talvez as pessoas pudessem me xingar agora por eu dizer isso, e até mesmo argumentarem citando alguns picos famosos do Parkour, como a Dame Du Lac em Lisses, a cidade de Evry, ou até mesmo picos famosos na Inglaterra. Mas para mim a 308 continuaria sendo o melhor lugar para treinar.<br /><br />Lembro até hoje de meus primeiros movimentos naquelas árvores tortuosas que parecem ter sido milimetricamente feitas para nós praticantes de Parkour. Não faltam alternativas de movimentação, tanto que até hoje praticantes criam novas possibilidades quando todos acham que já não há mais nada a se criar. Lembro bem de meus primeiros saltos mortais saindo dos cogumelos de concreto e aterrissando naquela areia não muito macia. Me lembro bem das infindáveis repetições e desafios naqueles muros que parecem mais terem sido feitos por cacos de vidro, mas que forjam mãos incrivelmente fortes e resistentes para a prática do Parkour. Canteiros de concreto que mesmo sem muita altura, te oferecem diversas opções de distancia para um salto de precisão . Não poderia deixar de citar a Escola de Jardim de Infância situada no meio da quadra. Os que já subiram na laje, sabem que ali se pode passar o dia todo treinando sem descer (Mas cuidado com o zelador, ás vezes ele está por lá e nem sempre ele está de bom humor). Os mais sabidos sobem lá apenas em dia de domingo.<br /><br /><br />Não poderia me esquecer do movimento de pessoas que existe ali. Normalmente gente alternativa que gosta de passar um tempo abaixo das arvores sem fazer nada, fumando ou bebendo. Outros que vão ali só para fazerem necessidades atrás de uma moita, assim tornando um local não sempre com um bom cheiro. Eu e meus amigos costumamos dizer que quem treina na 308 está preparado para tudo, até mesmo para doenças, já que convivemos sempre com essa sujeira humana e nunca pegamos nenhuma doença. Mas posso admitir que a 308 tem estado mais limpa e mais bem freqüentada, pelo menos nas ultimas vezes que estive lá. Já me aconteceram coisas bem marcantes em relação a isso, como ter que levar pontos no braço por conta de um corte que sofri ao cair em cima de um vidro deixado por la, ou escalar uma árvore e perceber que ao tocar um tronco, havia tocado também em um coco humano por ali.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgzONH9nVFOSWqU20emWdDvMV1AcrXTe4zEOg1oPHYO9LcmDUWzY8m21EXynFrBdx42fS0S8R4OUpLu4LnLKAE_mTCA4DziH_qZu5c15VlUjeAOLgprEUoVqJR9HFuYEQdcibwRcLnbD8/s1600/IMG_0154.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgzONH9nVFOSWqU20emWdDvMV1AcrXTe4zEOg1oPHYO9LcmDUWzY8m21EXynFrBdx42fS0S8R4OUpLu4LnLKAE_mTCA4DziH_qZu5c15VlUjeAOLgprEUoVqJR9HFuYEQdcibwRcLnbD8/s320/IMG_0154.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5690987221307754082" /></a> Bom, eu poderia ficar aqui contando muitas histórias e falando o quanto a 308 é especial para mim. Posso dizer que foi principalmente ali que o velho Pedro foi morrendo aos poucos, e um novo Pedro começou a nascer, ou melhor, foi ali que comecei a conhecer quem realmente é o Pedro. Mas tenho certeza que nada disso que falei até agora teria sentido se não houvesse as pessoas com quem compartilhei todos esses momentos genuínos, e que hoje são todos meus amigos. Os risos, os desafios, os treinos mais sérios, os não tão sérios, até mesmo os nada sérios. Ali pude compartilhar uma amizade verdadeira com muitos, uma amizade sem interesses, sem intrigas e problemas, apenas a paixão pelo movimento e pela vida. Ali era nosso local sagrado, nosso refúgio de um dia-dia cheio de problemas. Talvez seja por isso que os considero todos eles meus amigos, mesmo sem as vezes conviver muito fora daquele momento de treino. E isso porque sei que para 308 não levávamos problemas e negatividade, levávamos apenas nós mesmos, e por isso acabávamos compartilhando apenas momentos verdadeiros e evoluíamos juntos.<br /><br />Bom, a razão inicial desse texto talvez seja a minha vontade de que esse espírito continue por lá, mesmo no dia em que nenhum de nós estivermos mais presentes. Gostaria de encorajar a todos os que estão começando a treinar por lá agora, que saibam oque esse lugar representa para muitos que treinaram ou treinam ainda por lá. E mesmo que se um dia a 308 não exista mais, que se lembrem do espírito de amizade e alegria mas também de treino e evolução que um dia existiu no Parkour de Brasília.Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-35785775662881632332011-09-28T02:08:00.000-07:002011-09-28T03:02:37.807-07:00EMPK 2011 em Paris.Recentemente foi realizado em Belo Horizonte, o 5° Encontro Mineiro de Parkour. Esse evento sempre demonstrou de fato a grande competencia e engajamento do grupo PKMAX em <br />relação a nossa atividade.<br /><br />Esse ano a idéia foi trazer 2 dos fundadores Yamakasi, grupo francês que deu origem a disiplina que conhecemos hoje como Arte do Deslocamento. <br /><br />Para realizar o evento, o PKMAX precisou contar com a colaboração de toda a comunidade brasileira para financiar-lo. E posso dizer que essa espera nao foi em vão. A comunidade respondeu, e respondeu a altura. Ultillizando o site do Cartase foi possivel reunir todas as contribuiçoes vindas de todas as partes do pais, e, ao final, obter quantia suficiente para realizar o evento. Se pode ver exatamente como funciona esse sistema de contribuiçoes na propria <a href="http://catarse.me/pt/projects/259-parkour-yamakasi-no-brasil">pagina do evento</a>.<br /><br />Bom, a verdade é que me deu muita vontade de também participar desse evento, ainda mais estando longe do Brasil. Dessa vez realmente ficou dificil de a minha participação la em BH acontecer. Entao logo me veio uma idéia de talvez poder participar de uma forma um pouco diferente. <br /><br />Decidi que iria realizar um treino aqui em Paris, no mesmo dia do evento realizado em BH. Pensei que talvez mesmo estando sozinho eu poderia fazer algo. Entao montei um treino bem puxado pro dia. Eu sabia que estaria dificil para mim, ainda mais sabendo que eu vinha de uma semana de muitos treinos e estava com meu corpo ja "pedindo arrego". Mas quando me vinha esse desanimo eu logo ja pensava que não estava fazendo isso para mim, e sim para todos os meus amigos no Brasil que estariam sofrendo tambem la no Encontro Mineiro.<br /><br />Quando começei o treino eram 10 horas da manha, porém o sol estava forte, sem nenhuma nuvem no ceu. Me fez muito lembrar de Brasilia em dias de calor. Parece que tudo vinha para me desanimar e me fazer desistir. Mas mesmo assim eu mantinha o foco e pensava apenas no proposito principal.<br /><br />Normalmente quando faço treinos fisicos, sempre costumo fazer series com um determinado numero e + 1 repetiçao para dedicar a alguem, seja algum amigo ou familia, ou mesmo algum amigo que não pode estar presente no treino. Mas nesse dia fiz um pouco diferente. Decidi fazer todas as series dedicadas ao meus amigos do EMPK em BH e +1 repetiçao de cada exercicio para mim mesmo. Porque na realidade eram meus amigos que iriam precisar de força la no evento, e eu, ja vinha de dias com treinos muito intensos, e nao precisava de tanto para mim mesmo. Essa foi a forma que encontrei de talvez doar minha energia para todos que iriam estar la suando e sofrendo, mesmo estando bem distante.<br /><br />Bom, eu decidi filmar tudo, e recentemente editei o video que mostra basicamente como foi esse treinamento.<br /><br />Espero que todos tenham aproveitado da melhor forma, e que esse encontro tenha servido para bons aprendizados, mesmo que nao estejam ligados exatamente a como saltar ou escalar melhor.<br /><br />Um abraço, mantenham-se fortes e comam açai. <br /><br /><br /><iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/9a5eMHrTtYQ" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-73680941078866921122011-08-28T11:01:00.000-07:002011-08-31T06:14:32.258-07:00Poucas palavras sobre velhos assuntos.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW40LxVMAZ30SnY9e8dg-tgo2olVs4V8e0IRjKTEVyPIhOHJGSvUwe-4Ek6DI0uZD0XPNgloR0YwxAMk0EXV3bEn8FzLYs4DnBppq23Z5FdBYTEVCTKKa1AkAdDY-nLo8n1WBj-FUe4mk/s1600/2meditacao.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW40LxVMAZ30SnY9e8dg-tgo2olVs4V8e0IRjKTEVyPIhOHJGSvUwe-4Ek6DI0uZD0XPNgloR0YwxAMk0EXV3bEn8FzLYs4DnBppq23Z5FdBYTEVCTKKa1AkAdDY-nLo8n1WBj-FUe4mk/s320/2meditacao.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5645971772555881074" /></a>
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<br />Desde março desde ano tenho vivido em Paris, capital francesa. Tenho tido a oportunidade de estar mais próximo dos fundadores do grupo Yamakasi, e me aprofundar na disciplina praticada por eles. A mesma que eu julgava conhecer muito bem antes, mas que vi que eu tinha muito caminho a percorrer ainda.
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<br />É importante entender alguns pontos, ou pra quem já entende, apenas relembrar:
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<br />1 - Parkour é uma denominação utilizada por David Belle e criada em 1998. Foi tirada da expressão Parcours du Combatant. É uma idéia que visa a eficiência ou a utilidade no movimento. Sair de um ponto A e chegar a um ponto B da forma mais rápida e eficiente possível. Ele foi inspirado principalmente por seu pai, Raymond Belle, que foi um militar e oficial dos bombeiros da França.
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<br />2 - Free Running é um nome que foi utilizado por Sebastian Foucan juntamente ao produtor de Jump London, para divulgar o Parkour no Reino Unido. Parkour não soava muito bem em inglês, então chamaram de Free Running, adaptando assim para o inglês e ajudando a expandir a pratica nos países de língua inglesa.
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<br />3 - L’art du deplacement ou Arte do deslocamento em português, representa toda a origem dessa disciplina. Era quando ainda alguns jovens rapazes gostavam de subir telhados e arvores, mas não sabiam muito bem do que eram capazes. Então decidiram buscar isso a fundo em suas vidas. Isso tudo com apenas uma pergunta em mente: Como posso ser forte? Ou melhor: Oque é ser forte? E era apenas essa pergunta que os movia. Então com isso em mente, começaram a desenvolver movimentos e treinos no próprio meio onde viviam. Cada parte da cidade, seja pequena ou grande se transformava em algo fazer algum tipo de treinamento. Em 1997 fundaram o grupo Yamakasi. O grupo original era formado David Belle, Sebastian Foucan, Chau Belle, Guylain N'Guba Boyeke, Charles Perriere, Malik Diouf, Williams Belle, Yann Hnautra e Laurent Piemontesi.
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<br />A partir disso creio que posso colocar meu pensamento e experiencia pelos quais vim trazer. Talvez a razão inicial desse texto seja o meu ainda descontentamento com tudo que tenho visto nos dias de hoje em relação a má propagação dessa disciplina. Porém gostaria de me concentrar mais nas experiências que tenho vivido por aqui e tentar passar um pouco dela, mesmo que seja através de poucas palavras.
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<br />Bom, desde o ano passado tenho tido a oportunidade de encontrar Sebastian Foucan em diversas situações, e também de trocar bastante idéias com ele, seja em Londres ou em Evry. Foucan é alguem tem sua própria filosofia na hora de se movimentar, e leva isso para sua própria vida. É o tipo de pessoa que nunca vira as costas para alguém. Sempre estimula que os praticantes encontrem seu próprio caminho na hora de se movimentar, e assim, se soltarem de conceitos pré-estabelecidos. A partir daí comecei a entender mais o conceito de Free Running. No principio Foucan tinha a idéia de divulgar o Parkour, mas no final acabou colocando seus próprios ideais dentro da disciplina e seguindo seu próprio caminho. Hoje quando falamos Free Running já pensamos em muitos mortais e movimentos estéticos. Mas na verdade Free Running significa você seguir o seu próprio caminho, seja com mortais ou com movimentos eficientes. Free Running é uma idéia muito ampla, mais ampla do que nós imaginamos.
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<br />Isso vai soar meio estranho e confuso, mas David Belle quando criou o Parkour, acabou fazendo um Free Running (mesmo que ainda não existia essa expressão ainda na época). Isso mesmo, pois David Belle é alguém que seguiu seu próprio caminho dentro da disciplina de ser forte. Ele foi atrás do seus ideáis influenciado principalmente pelo seu pai, um bombeiro parisiano, profissão em que eficiência é a palavra de ordem. Ele se concentrava na idéia de movimento útil, mesmo que ainda assim era um exímio acrobata e artista marcial. A verdade é que o fato de ele ser um exímio acrobata e artista marcial também veio dessa mesma idéia de “como posso ser forte?”
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<br />Falando um pouco da minha experiência junto aos fundadores Yamakasi , isso tem me mostrado como nunca antes sobre o conceito de ser forte. Ultimamente meus treinos junto a Chau, Williams, Tony e outros, tem sido intensos. Tenho participado de treinos pessoais de cada um deles e descoberto melhor que o treino desses caras vai muito além que apenas oque eles mostram nas classes da ADD Academy. Essa é uma gente que está mais acostumada a ficar em posição de quadrupedia que em posição normal. Ver tudo que acontece pelo lado de dentro é um pouco diferente do que só observar por fora. Disso eu já sabia, mas talvez ainda não sentia. Os treinos são muito duros, muito mais que Parkour Generations ou que qualquer outro grupo com quem eu já tenha treinado. Obsevo muito bem que deslocar-se livremente em um ambiente talvez seja só uma pequena fatia do bolo. Na verdade é a ultima coisa que fazemos. Nunca vi nessa atividade um treino de condicionamento físico ser tão intenso e completo como os que vejo aqui. Toda vez que estou treinando com algum desses caras eu me sinto como se estivesse dentro do universo de Dragon Ball. Não existe ‘’pegar leve’’, nem simplesmente a palavra ‘’treinar’’ para essa gente, la existe apenas a expressão ‘’treinar duro’’. E é assim que vivem suas vidas, treinando duro a cada dia. Não só fisicamente mas mentalmente também.
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<br />A partir disso fico imaginando como era o começo, quando David, Sebastian Foucan e outros ainda faziam parte desse mesmo grupo. Entendo melhor que todos eles possuem a mesma raiz, o ‘’TREINAR DURO’’. E cada vez que penso nisso me entristeço um pouco. Me entristeço por que vejo que muita gente que ignora o conceito ligado por trás dessa atividade, o conceito de ser forte. Nunca será possível separar Free Running de Parkour e de Arte do Deslocamento, pois todos tem a mesma raiz, a mesma idéia de buscar ser alguém forte, tanto fisicamente quanto mentalmente. Precisamos entender que somos pessoas únicas no mundo, que cada um de nós possuímos diferenças. E por isso talvez seja possível que se criem mais outros 1000 nomes pra essa prática de saltar, pois cada um tem seu próprio conceito de liberdade, sua própria idéia de ser feliz, todos nós possuímos algo dentro de nós que nos estimula e nos da força para acordar e viver mais um dia de nossas vidas. Mas estarei mais feliz quando as pessoas passarem a não deixar de lado a pergunta básica ‘’como posso ser forte?``, assim elas vão entender que saltar é apenas um meio, e não o objetivo final.
<br />Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-39736696972473770362011-08-17T04:18:00.000-07:002011-08-17T04:21:57.041-07:00Festival de Hipocrisia no Parkour BrasileiroÉ certo que toda a cultura do povo brasileiro influencia diretamente no cenário do Parkour em nosso país. Inclusive aquela parte de nossa cultura que está acostumada a reverenciar tudo que vem de fora de nosso país, esquecendo assim de nosso próprio valor como indivíduos. E a mídia só ajuda cada dia mais esse tipo de coisa.
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<br />Nesses últimos dias todos nós da comunidade brasileira de Parkour, presenciamos um fato que nunca havíamos presenciado nunca antes em parte alguma do planeta. A competição de Free Running, Redbull Art of Motion, foi invadida por dezenas de indivíduos, com o a idéia inicial de fazer um protesto contra competições de Parkour ou Free Running. De fato, essa história começou a muitos meses atrás, quando a RedBull começava a organizar o evento juntamente com alguns membros da ABPK.(Associação Brasileira de Parkour), e ao que me parece esse fato foi apenas a ponta do Iceberg. A comunidade Brasileira de Parkour tem evoluído de uma forma bem peculiar, isso é fato. Gostaria de colocar alguns pontos de tudo que penso a respeito de campeonatos, Parkour, Free Running e de tudo que vem acontecendo recentemente.
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<br />Vejo que essa divisão entre Free Running, Parkour e etc, sempre foi um grande problema para nós Brasileiros, talvez mais que em qualquer outra parte do mundo. Vivemos em um país grande, com diferentes culturas, diferentes convicções, e no Parkour não é diferente, vejo milhares de visões e filosofias diferentes sobre a arte que praticamos. Tudo isso é uma grande hipocrisia. SOMOS TODOS INFLUENCIADOS POR UMA MESMA ARTE, A ARTE DE SE MOVER PERANTE OBSTACULOS. A diferença é que alguns não sabem ou esquecem porque fazem isso.
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<br />Eu já estou nesse meio, já faz hoje quase 6 anos e pouco me importa isso, poderia ser 1 ou menos que isso, daria igual. Porque sempre estive convicto de minha postura como praticante, desde meu inicio quando ainda eu não sabia nem como fazer simples movimentos. Eu sempre soube porque eu salto, escalo, rolo, e porque não, também giro, mesmo que nunca tenha sido meu foco principal por uma opção minha. Mas vejo gente que mesmo com muitos anos de treino nas costas ainda não sabem bem porque fazem isso, ou se sabem, fazem isso por motivações superficiais, uma busca intensa por ego e reconhecimento. Não é oque sempre fiz e oque sempre tentei mostrar. Tenho amor pelo que faço, e tenho meus motivos que me fazem continuar a praticar, mesmo que meu objetivo seja muito diferente do objetivo de muita gente que conheço, até mesmo amigos próximos a mim.
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<br />Desde sempre, nunca apoiei competições de Parkour ou Free Running. Para mim as duas atividades tem a mesma origem, são a mesma coisa. La atrás quando ninguém pensava em fazer na possibilidade de subir um muro na rua, Foucan, Belle, Yann, Chau e outros começaram juntos a desenvolver uma ideia que visava uma busca interior, e assim compartilharam desse mesmo espirito de treino durante anos. Aquele mesmo espirito que os motivava a quererem estar cada dia mais fortes, apenas isso. Mas em algum momento da história esse espirito foi perdido, ou foi condensado pela mídia, que só esta interessada em fazer dinheiro e conquistar audiencia. Para mim o RedBull Art of Motion representa bem isso, O ESPIRITO DA ATIVIDADE SENDO PERDIDO, ou se não está sendo perdido totalmente, em alguns casos está sendo simplesmente vendido, de forma bem barata. Falo isso, porque sei que muita gente que está participando desses campeonatos, são pessoas que possuem um bom espirito de treino e sabem bem oque fazem, são ótimas pessoas. Mas não consigo entender porque algumas dessas pessoas por quem preso tanto, vendem todo o valor que possuem de forma tão barata. Não consigo entender porque a busca por prestigio e reconhecimento deva ser maior que a busca interior. Isso eu realmente não entendo.
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<br />Mesmo assim, tenho que dizer que eu e todos que não concordam com competições dentro dessa atividade não podemos fazer tantas coisas para impedir que isso aconteça, pois esse é o mundo em que vivemos, esse é o ser humano. Quem acha justo um rei transformar dois guerreiros em escravos, e obrigarem eles a se enfrentarem até a morte em uma arena perante a um grande publico e apenas para se ter diversão e promover seu governo?? Repito, esse é o ser humano. Em competições dentro do Parkour, existe um pouco disso, são os reis dos dias atuais usando a habilidade dos demais para fazer crescer seu império. Gostaria de perguntar a cada um dos que participam desse evento, quantos gostam de RedBull como bebida ou estão realmente engajados a difundir essa marca, se realmente acreditam na RedBull como um propósito de vida. Porque na prática, é isso que cada um desses participantes estão fazendo. Estão apenas vendendo suas horas de treino e esforço, para promover uma lata contendo um produto químico dentro. Seu Parkour vale realmente isso?? Pois é oque parece. Ao meu ver, não são na pratica, livres como pensam ser.
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<br />Realmente eu posso entender que para muita gente, assim como para mim, o RB Art of Motion é algo que não tem nada do verdadeiro espirito da atividade, posso entender a indiguinação de muitos. E a vontade que da, é realmente de fazer isso que aconteceu de fato. Da vontade de invadir o palco principal e gritar a todos oque pensamos. Mas quem nos da o direito de fazer isso?
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<br />Não achei legal a forma de protesto, mesmo que entre os idealizadores estejam pessoas que sempre admirei muito e que sempre me inspiraram de alguma forma. Se praticar o Parkour é uma busca constante para ser forte, tanto fisicamente quanto mentalmente, eu acredito que esses praticantes de alguma forma não tiveram força suficiente para deixar de fazer oque fizeram e evitar mais divisão. Foi um ato imaturo, que só fez com que essas pessoas ficassem ao mesmo nível do evento. Promoveram algo, que no final só servirá para causar mais divisão e intrigas. Fiquei muito triste ao saber que pessoas quem sempre admirei estavam envolvidas nisso. Mas apesar disso, eu entendo o sentimento que as moveram, porque eu compartilho talvez desse mesmo sentimento.
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<br />Na minha visão de mundo, a melhor forma de se mudar algo, é você ser essa mudança. Então não consigo pensar em uma outra forma melhor de protestar contra campeonatos dentro da atividade, do que tentar fazer tudo que vai ao oposto disso e fazer com que essa ideia atinja cada dia mais pessoas. Enquanto a comunidade Brasileira não se unir de verdade em torno do que realmente interessa, fatos como esse vão se repetir, as pessoas vão continuar se agredindo, e vai haver mais divisão. Foi fazendo as coisas ‘’a base da força’’ que se houve as maiores tragédias da raça humana
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<br />Se não existisse a RebBull, seria uma outra organização que faria campeonatos, não há como evitar, podemos chorar, rolar no chão, espernear, isso não vai mudar assim tão repentinamente. Talvez algum dia mude e não existam mais pessoas tão interessadas em prostituir o Parkour, ou se promover através dele. Mas não é interessante perder tempo esperando muito por isso, nem formulando planos mirabulosos que farão as competições acabarem. Melhor que você seja a mudança que você que ver nesse meio, assim talvez algum dia cheguemos láPedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-23171197720194861582011-03-02T09:03:00.000-08:002011-03-02T17:22:06.659-08:00Inspire-se, mesmo que em você mesmo.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_66P4lzDIajxZnfgvJowNHlphP3ha7fXoUw_ur91BglNcFHeVF9npSo8SEq3gI_f5GP5_Tzfw3y1C7f-gM4eAoz-Kf0_Ms2PLXcXB-CnxgPrgqLidq_mSJy-QEEYJHTsSMXCO_EfxLi0/s1600/alimentando+macaco.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 254px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_66P4lzDIajxZnfgvJowNHlphP3ha7fXoUw_ur91BglNcFHeVF9npSo8SEq3gI_f5GP5_Tzfw3y1C7f-gM4eAoz-Kf0_Ms2PLXcXB-CnxgPrgqLidq_mSJy-QEEYJHTsSMXCO_EfxLi0/s320/alimentando+macaco.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5579534671499126866" /></a><br />Depois de algum tempo praticando o Parkour ou qualquer outra atividade, é normal que se note algum cansaço, ou falta de inspiração para seguir. É nisso que tenho pensado muito recentemente, porque eu mesmo sou uma dessas pessoas que já viveu esse tipo de coisa e sempre estou sujeito a passar por isso caso eu não cuide de mim mesmo e das coisas que me fazem estar feliz.<br /><br />Os anos passam e hoje percebo muitos praticantes mais antigos com falta de inspiração, deixando os treinos mais um pouco de lado por não sentirem mais prazer em se desenvolver na atividade. Alguns ainda tentam lutar contra isso e procurar novas inspirações, outros simplesmente penduram os Kalenjis de vez. Mas para entender porque isso ocorre e tentar buscar uma resposta é preciso voltar lá atrás. É preciso pensar em quando essas pessoas estavam iniciando seus treinamentos e quando cada salto era uma nova descoberta. E para isso quero usar meu próprio exemplo, minha própria história.<br /><br />No meu inicio a busca por desafios era muito intensa. Aquela sensação de “acho que posso fazer isso com um pouco mais de distancia, ou de altura” era um combustível que parecia infindável. Eu tinha fome de treino, pois a cada treino eu sabia que eu tinha muito a ganhar. Prestes a completar 19 anos, idade não era razão para me desanimar, mas muito pelo contrário, para mim era só mais um fator para que eu colocasse mais metas em meu caminho. Assim eu pensava: “Se eu chegar aos 30 anos com um nível físico e técnico muito bom já me sentirei realizado. Então tenho pouco mais de 10 anos para fazer isso, creio que é tempo bastante”. E eu mal sabia que trabalhando duro, essa evolução viria muito antes do que eu imaginava. <br /><br />Já com pouco mais de 2 anos de treinamento eu me sentia absurdamente forte como eu nunca esperei estar, tanto que em algumas ocasiões parecia dar igual para mim efetuar uma técnica de maneira certa ou errada pois nesses casos minha força cobria essa deficiência técnica facilmente. Era estranho me dar conta de que no inicio de tudo fazer um planche (muscle-up) era talvez como dar a luz a um filho e que agora fazer 15 planches consecutivos era uma coisa que eu fazia com relativa facilidade. Fazer centenas de landings de cima do muro aos sábados já era uma coisa tão normal quanto comer o pão a cada manhã. O fato é que treinar só com o peso do próprio corpo já não bastava para mim, agora eu usava coletes de peso em diversos tipos de exercícios. Creio que esse ano era o de 2008 quando editei um vídeo com algumas cenas desse ano (Santigas 2008 Parkour Session). Mesmo com toda essa evolução física que estava exaurindo do meu corpo, eu comecei a sentir que aquilo não bastava. Estava muito feliz de ter conseguido em muito pouco tempo oque eu havia planejado para muito mais tempo, porém, me sentia incompleto e sabia que necessitava agora destravar mais minha mente, assim como também meu corpo perante os obstáculos, estava com sede de trabalhar técnicas que deixassem meus movimentos mais leves e mais flúidos. Foi quando eu decidi deixar os treinos físicos mais um pouco de lado, mas sem esquece-los, para assim dar mais atenção aos movimentos. <br /><br />E foi assim então que comecei a prestar mais atenção aos mínimos detalhes de cada movimento. Corrigia pequenas falhas de postura e tentava fazer de cada simples salto uma busca pela perfeição. Eu encontrei muitas dificuldades nesse período, porque muitas vezes a própria anatomia de meu corpo não me permitia avançar naquilo que eu desejava e isso me deixou frustrado por muitas vezes. Mas isso não durava muito porque logo eu lembrava que o caminho que eu estava percorrendo era apenas meu e não podia deixar com que ninguém dissesse o que era bom ou ruim para mim, mas apenas eu mesmo. E era assim que eu me sentia mais tranquilo e aceitava melhor minha posição. Era assim que eu conseguia tirar meu foco de movimentos padronizados e focar somente em mim. E isso fazia com que eu me expressasse de maneira genuína, não apenas tentando copiar algo já existente. Nesse universo do Parkour, sabemos que muitas pessoas fazem vídeos tentando mostrar algo jamais visto, buscando de alguma forma revolucionar ou provar algo. Isso realmente nunca esteve em minha pauta. Procurei sempre fazer as coisas focando em minha própria melhoria, buscando sempre uma nova descoberta interior. Sempre me alimentei de auto-descoberta. Sinto que 2009 e 2010 foram anos em que senti uma evolução muito grande tecnicamente falando, principalmente durante minha jornada a Europa no segundo semestre do ano passado quando os treinos eram realmente o único propósito em minha vida. E agora, de volta ao Brasil, me encontro em uma fase totalmente nova em minha vida.<br /><br />Hoje, cada passo que dou adiante, mais me deparo com “a vida adulta”, menos tempo tenho para somente treinar, me divertir e me auto-descobrir. Vejo que de nada irá valer todos esses anos de treinamento árduo se eu não aplicar isso em minha vida cotidiana, seja no trabalho, com a família, nos meus relacionamentos ou em qualquer outro tipo de coisa que eu faça. Saltar, escalar, e todas essas habilidades são oque menos importam. Não treinem somente esperando que em algum dia vão usar o Parkour de forma prática em uma situação real, porque sabemos que a coisa não funciona bem assim. <br /><br />Uma prova disso é que no mês passado, só depois de 5 longos anos praticando o Parkour eu me encontrei em uma situação em que eu realmente precisei usar de forma prática em minha vida. Eu dormi no apartamento de um primo meu, e no dia seguinte pela manhã necessitava sair para gravar uma reportagem junto aos meus companheiros, porém meu primo havia saído para o trabalho e me trancado dentro de casa. Logo eu vi que havia 2 opções: perder a reportagem, ou descer o prédio pelo lado de fora da janela. Depois de exitar umas 3 vezes eu decidi que iria sair pela janela e descer os 4 andares que me separavam do térreo. Tive um sentimento indescritível quando eu já estava no chão, após descer tudo. Foi a primeira vez em que considero que o Parkour em sua forma prática realmente foi útil em minha vida cotidiana. Mas não creio ser muito inteligente esperar por momentos como esses, a não ser que você trabalhe para o corpo de bombeiros, ou para uma policia especializada. Mas foi bom saber que eu estive preparado quando uma situação como essa bateu a minha porta.<br /><br />Mas então a pergunta é: Como devo me inspirar para continuar ? Creio que a resposta para isso é muito simples: Continue trilhando o caminho, persista, valorize oque você já tem, tudo aquilo que você já construiu, valorize quem você é, seja criativo, busque novas formas, novos meios, adapte-se. Eu não digo que todos devem continuar a praticar o Parkour, mas que não se deve desistir de buscar algo que inspire e traga auto-conhecimento, força para enfrentar a vida sem se deixar iludir por coisas do mundo que te faça uma pessoa parada e estagnada. Eu nunca desisti do Parkour, porque para mim sempre foi uma fonte de força interior, e até hoje continua sendo. Sinto que meu caminho no Parkour sempre foi muito iluminado, até nos momentos mais críticos. Me considero uma pessoa de sorte por enxergar tudo que essa atividade pode trazer a vida de um ser humano. E também por sempre ter encontrado boas pessoas em meu caminho, as quais boa parte delas considero meus caros amigos, amigos de guerra eu diria, pois a cada momento difícil eu lembro que não estou sozinho nessa empreitada. Hoje é fácil ver que grande parte do que sou, devo a mim mesmo e ao quanto me dediquei ao que me propus.Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-12946111533894818132011-01-23T06:13:00.000-08:002011-01-23T06:28:38.224-08:00Fortune Days.Fica ai um registro do meu Parkour no mês de Janeiro. Estive com meu amigo Mauricio treinando e experimentando filmagens. Tenho muitas cenas da minha Viagem ao Reino Unido e estou editando algo para deixar como registro em breve.<br /><br /><iframe title="YouTube video player" class="youtube-player" type="text/html" width="560" height="345" src="http://www.youtube.com/embed/L6TuPoRLEMA" frameborder="0" allowFullScreen></iframe>Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-32044246889423022902010-11-14T05:33:00.000-08:002010-11-14T05:42:46.882-08:00España<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguPOqUoHEud2GaI0YMBkJHTnR16NXgbIZZkJFThT75x7VYnzfPFtftLrDIBqtEEiAj9w6yvsq-Xj6fCQrWMICwWkIFKTClZwIzWM5v2r8DesN-GWLCsfVIdqiA5pI73oZgKjf-ylVmaeg/s1600/DSC03170.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539399118497436610" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguPOqUoHEud2GaI0YMBkJHTnR16NXgbIZZkJFThT75x7VYnzfPFtftLrDIBqtEEiAj9w6yvsq-Xj6fCQrWMICwWkIFKTClZwIzWM5v2r8DesN-GWLCsfVIdqiA5pI73oZgKjf-ylVmaeg/s320/DSC03170.JPG" /></a><br />Tenho vivido experiências incríveis desde que cheguei a Espanha a pouco mais de duas semanas atrás. Mesmo tendo passado apenas por Madrid Toledo e Barcelona, tive oportunidade de compartilhar muitas coisas boas com todos que encontrei por aqui. No momento estou em Madrid novamente após ter passado uma semana em Barcelona conhecendo lugares e pessoas. O povo espanhol me lembra muito o povo brasileiro em muitas coisas. O pessoal do MADD (Madrid Arte do Deslocamento) me recebeu super bem, no primeiro dia eu já me sentia em casa, como se estivesse treinando ao lado de alguns companheiros de Brasilia como Milano, Leo, Manoel. O pessoal aqui tem um senso de humor muito parecido com o dessa galera, não dispensam boas palhaçadas. Porém ao mesmo tempo são jovens muito comprometidos com o Parkour, treinam sério e colocam paixão no que fazem em busca do auto-conhecimento. Em sua maior parte são jovens entre 18 e 19, e alguns poucos mais velhos sobreviventes da velha guarda.<br /><br />Acho curioso como praticantes mais novos, de até 20 anos de idade normalmente possuem uma energia que as vezes parece ser inesgotável. Tenho 25 anos agora, longe de me considerar velho, porém sinto que estou em uma energia diferente de quando iniciei meus treinos. Não tenho mais tanta ansiedade por auto-descoberta como eu tinha no começo. Acredito que seja possivel descobrir e aprender coisas novas até o dia em que formos embora deste mundo, porém vejo que a vida é feita de fases. Acredito eu estar em uma fase em que descobri o suficiente sobre minhas capacidades para parar e olhar para novas direções, sinto mais necessidade em conservar o que tenho o quanto eu puder e talvez usar isso para algum bem maior, compartilhar.<br /><br />Mas estar com o pessoal daqui me fez voltar lá atrás no inicio dos meus treinos, quando eu não tinha muita certeza ainda do que podia fazer, testava o corpo com mais frequência. Voltei a tentar coisas mais distantes, puxar a potencia ao limite, coisa que eu não venho fazendo muito, pois tenho focado em coisas mais técnicas já a algum tempo. Me sinto como nos velhos tempos, o dia todo perambulando pelas ruas, voltando pra casa parecendo um mendigo com as mão parecendo a sola de um sapato de tão calejadas, e acordar no outro dia só o pó da mandioca. Me sinto forte como nos velhos tempos, confiante em cada movimento, me sinto vivo.<br /><br />Confesso que apesar de toda essa gente boa em Madrid gente e todos esses picos maravilhosos, me senti mais atraído por Barcelona. São picos diferentes, que me lembram muito Brasilia em alguns momentos, de maneira geral não são coisas tão visíveis e só com um bom olho se consegue achar algo. Bom talvez eu tenha sido atraído mais por Barcelona pelo fato de estar situada na costa, e eu como um típico Brasiliense fico louco quando vou a praia, ainda mais estando em uma cidade com tanta riqueza cultural como a capital da Catalunya. Definitivamente quero voltar algum dia.<br />No treino de ontem tive a oportunidade de conhecer uma praticante da Grecia que estava visitando a Espanha. O nome dela é Maria Raptaki, confesso que não a conhecia nem de nome, mas pelo que observei ela parece ser uma grande referencia para as garotas! Assisti alguns de seus vídeos, que são muito bons. Ela mencionou a mim que muita gente do Brasil costuma adicionar ela no facebook. Foi bem simpática.<br />Tenho gravado muitas coisas com uma pequena filmadora que comprei em Londres, talvez em um futuro próximo eu edite algo para deixar de recordação. Depois de amanhã estarei seguindo para França onde ficarei por alguns dias. Tenho medo só de imaginar o frio que deve estar la agora, se aqui em Madrid que é mais pro sul já está frio. Porém espero aproveitar bem o tempo la assim como tenho feito por aqui. Bom, mas isso é papo para uma próxima postagem.<br /><br />Paz.Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-17615791909874163582010-10-09T09:08:00.000-07:002010-10-09T09:19:59.098-07:00Depois de algum tempo vivendo o Parkour...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2Nw10cwuh4BEWJgsfqoxZXcVY3D4rKQch_Fa9ydQYR8MADoSxaGkTvc48zAXfhU3mORE_5nEMzB0DjuUzVhT725gfLvqCf7cZOvB-jsmTWRxEroTYfqzEH2f1nxFwIav8xXfZBC8LvJA/s1600/north-fork-mountain-3.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2Nw10cwuh4BEWJgsfqoxZXcVY3D4rKQch_Fa9ydQYR8MADoSxaGkTvc48zAXfhU3mORE_5nEMzB0DjuUzVhT725gfLvqCf7cZOvB-jsmTWRxEroTYfqzEH2f1nxFwIav8xXfZBC8LvJA/s320/north-fork-mountain-3.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5526080703609027762" /></a><br />Depois de algum tempo vivendo o Parkour, ha um momento em que você passa a respirar o ar com maior intensidade, enxergar as coisas a sua volta com maior clareza. As duvidas sobre as quais você sempre permaneceu, agora já não fazem mais parte do seu dia-dia. Se antes você duvidava sobre coisas que o seu corpo sempre pode fazer, hoje você se sente incapaz de parar de se mover, ou incapaz de simplesmente deixar com que outros lhe digam em qual forma você deve se mover, movimento padrão. Talvez todos nos estejamos condenados a conviver com isso para o resto de nossas vidas. Talvez tenhamos nos despertado de um sono em que voltar a dormir signifique regredir, apodrecer.<br /><br /> Algo que talvez represente isso muito bem seja caminhar em uma floresta fechada, onde mal se vê o azul do céu e as cores das folhas, e após subir uma montanha, enxergar toda a floresta pelo lado fora, enxergar os raios solares nos refletindo o real verde da mata e tambem os pássaros voando livremente sobre a imensidão. Talvez seja impossível permanecer sempre no topo de uma montanha observando essa paisagem, pois precisamos descer para continuar a caminhada. Mas caminhar sobre as montanhas nos permite enxergar o que é real. Talvez a floresta represente a nossa vida, e praticar o Parkour seja como subir em uma montanha e enxergar toda a verdade sobre a floresta. A floresta nunca mais volta a ter o antigo significado, o antigo valor.<br /><br />Vivemos em um mundo doente, e talvez nos mesmos sejamos a doença, mas sinto que algumas coisas que fazemos na vida deixam de nos colocar na posição de doença e nos transformem em cura. E acredito que o Parkour é uma dessas coisas. Parkour é só um simples nome que representa muito mais que simplesmente o original significado da atividade, Parkour pode ter milhares de outros nomes espalhados por esse mundo, e tem. Parkour é descoberta, é liberdade e transformação. Impossível que se entenda sem experienciar. Mas nem todos estão preparados para essa transformação, alguns permanecerão em seu sono ate o fim de suas vidas.<br /><br />O ser humano é o único animal que sabe que um dia ira morrer, e isso faz com que cultivemos o medo. Cultivar o medo significa adormecer para a vida, viver o que é ilusorio. Não tenha medo, permaneça acordado, viva o que é real.Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-85360906109368438932010-08-08T06:21:00.000-07:002010-08-08T08:10:46.413-07:00ADAPT days.Finalmente os dias de ADAPT acabaram, e posso descansar um pouco. Foi uma semana muito intensa, tanto para o meu corpo quanto para minha mente. Foram 4 dias oficiais de ADAPT. Muita informacao indo e vindo e muita pratica fizeram com que minha energia se esgotasse. Mas felizmente nao poderia ter sido melhor, aprendi muito!<div><br /></div><div>O primeiro dia foi o mais chato apesar de necessario, tivemos aulas de primeiros socorros e tambem de como se comportar perante criancas e mulheres. Aqui no Uk eles sao muito neoroticos com esse lance de abuso, eh possivel exergar isso no dia-dia aqui em Londres. Nos dias seguintes entramos no que realmente interessa, o Parkour.</div><div><br /></div><div> Muita gente deve pensar que voce precisa ter um nivel altissimo de Parkour para fazer um ADAPT, mas na verdade eh nada mais nada menos que um curso que vai te preparar para instruir um iniciante. Como aborda-lo, como administrar um treino, tipos de exercicios, carga e por ai vai...Nesse aspecto creio ter aprendido bastante. Muita gente com um nivel alto de parkour as vezes nao consegue instruir da forma correta um iniciante, e eh essa a proposta do ADAPT para quem nao sabe. Bom, eu nao vou ficar aqui detalhando muito como eh o ADAPT, mas acho legal ao menos deixar claro sobre a proposta principal.</div><div><br /></div><div>As sessoes de ADAPT comecavam todos os dias pela manha e so terminava ao final da tarde, sendo que a noite ainda tinhamos que ir em alguma aula da PKGen para ajudar a instruir, como uma especie de estagio, que mesmo agora apos o ADAPT eu continuarei fazendo junto ao pessoal da PKGen. </div><div><br /></div><div>Foi uma otima oportunidade para conhecer novos tracers. Tinha gente dos EUA, da Russia, da Irlanda e do proprio Uk, mas vindo de outras cidades. Tive a oportunidade tambem de conhecer o Jason, da antiga TCT. Para quem nao sabe, o Jason fazia parte da galera oldschool do Parkour aqui na Inglaterra, junto com Jin, Owen, Blane...Ele eh uma pessoa super amigavel com quem criei amizade facilmente, e espero ve-lo mais vezes por aqui.</div><div><br /></div><div>Tive a oportunidade tambem de finalmente conhecer o Forest, foi ele quem esteve com agente no ultimo dia de ADAPT fazendo as avaliacoes. Ninguem melhor que o Forest e sua voz medonha ahahah. Tirando que eh cara eh praticamente um armario. Eu e o Jason fomos dispensados do exame pratico, pois alegaram que ja tinham nos avaliado e que nao precisariamos passar por essa avaliacao. Fiquei bem contente, pois foi algo que eu nao esperava.</div><div><br /></div><div>Ao final do ultimo dia de ADAPT, eu e o Jason fomos junto com o Forest para auxilia-lo em um treino outdoor. No caminho paramos para lanchar num Cafe, e ficamos um tempao tendo uma discussao bem filosofica sobre coisas profundas da vida, foi bem legal compartilhar um pouco de ideias com esses dois, e engracado tambem. Forest vai ser pai no mes que vem, e ele contou pra gente um pouco da sensacao e dos planos. Depois disso fomos para a aula. Esta sendo muito bom essa experiencia de ajudar a instruir iniciantes nas aulas da PKGen, estou aprendendo muito. Nesse dia a classe foi separada em dois grupos, e eu fiquei para ajudar no grupo do Andy, e o Jason ficou no grupo do Forest. Ao final nos despedimos e fui com o Jason para a estacao de metro refletindo sobre o dia e sobre o treino. </div><div><br /></div><div>Agora aqui estou no meu fim de semana de folga, recuperando meu corpo e minha mente e nessa proxima semana estarei de volta aos treinos. Volto em breve com mais novidades.</div><div><br /></div><div>Ate breve! Bons treinos.</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-73805857599629340572010-07-25T11:52:00.001-07:002010-07-25T12:25:00.594-07:00Off-The-Wall Jam.Tem sido incrivel esse tempo em Londres, tenho descoberto e aprendido muitas coisas nao so em termos de Parkour, mas coisas legais que se leva para o resto da vida. Hoje tive a oportunidade de participar do Off-The-Wall, que se trata de um encontro mensal promovido pela Parkour Generations, realizado em cada ultimo fim de semana de cada mes. O encontro eh gratuito e qualquer um pode participar. Hoje o encontro foi realizado nos famosos muros de Vauxhall.<div><br /></div><div>Basicamente esse encontro se trata de um treino livre, otimo para conhecer novas pessoas e trocar algumas dicas de Parkour. So ha uma parte guiada, que eh o aquecimento. Hoje quem guiou o aquecimento foi um cara chamado Brian, ele eh um dos membros da PKgen e um cara incrivelmente legal. Posso falar facil que ele fez o meu dia. Ele tem um jeito bem estrovertido de ensinar Parkour e transforma o treino em algo incrivelmente agradavel e descontraido. Ao fim do treino ele ainda por livre e espontanea vontade me pagou uma garrafa de agua. Dificil encontrar pessoas com essa energia tao positiva aqui em Londres, isso me deixou realmente feliz.</div><div><br /></div><div>Fora o Brian, um outro membro da PKgen que apareceu por la foi o Blane, recem chegado do Brasil, onde introduziu o ADAPT pra uma boa galera la em BH. Ele nao treinou, apenas ficou instruindo algumas garotas durante pouco tempo. Trocamos uma ideia, ele me contou um pouco de sua experiencia no Brasil, acai, guarana, e afins.... e disse que percebeu uma otima evolucao na galera que participou dos treinos por la e que gostou muito. Fiquei feliz em ouvir isso dele. Enfim, eh um cara bem legal tambem e com quem espero ter mais experiencias nos treinos por aqui.</div><div><br /></div><div>Quem deu as caras pela regiao de Vauxhall tambem foi o pessoal do recem criado Storm-freerun, um grupo de freerunning aqui do UK. Todos eles estavam por la, Tim Livewire, BLue....mas nao cheguei a trocar ideia com nenhum deles, a nao ser o ''Spider'', com quem eu ja havia treinado junto em companhia do Max e outros caras aqui de Londres. Mas sim, os caras tem skills, principalmente o tal de Blue, que fez saltos extremamente grosseiros por la. Creio que eles estavam filmando algum material para montar algum video.</div><div><br /></div><div>Ao final, o pessoal se reagrupou para tirar um foto, como imagino que deve ser feito sempre. Foi um dia bem legal e espero ter mais dias como esse.</div><div><br /></div><div>Ate breve!</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /><div><br /></div></div>Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-5012895690700016682010-07-10T07:31:00.001-07:002010-07-10T08:07:22.042-07:00Resumo dos ultimos dias.Essa ultima semana foi bem legal, tenho treinado bastante. Fazia muito tempo que eu nao treinava com tanta frequencia como tenho treinado, entao ja consigo sentir meu nivel tecnico um pouco melhor. Meu amigo Pedro Thomas chegou, e tenho saido sempre com ele para alguns picos de Londres.<div><br /></div><div> Na terca-feira fomos encontrar com o Chima, um tracer local bem conhecido pelos simpatizantes da UFF. Achei ele um cara super legal, foi bem receptivo e engracado, tem um jeito bem parecido com o jeito brasileiro. Treinamos por agum tempo na regiao de southbank (regiao com os picos mais conhecidos de londres) e depois disso partimos para um ginasio um pouco mais afastado do centro onde ele da aulas para iniciantes. Pagamos 5 libras, e usamos o ginasio por 3 horas treinando livremente, sem contar a alta qualidade do ginasio. Me falaram que esse ginasio nao era o melhor daqui de Londres, mas pelo que vi, creio ser melhor que qualquer um no Brasil. Havia um fosso enorme, dezenas de equipamentos, colchoes de todas as formas, enfim, um paraiso. Foi um dia e tanto, trenei litros. </div><div><br /></div><div>Uma curiosidade: Se ai no Brasil voce acha que Parkour chama atencao nas ruas, entao voce precisa ver aqui em Londres. Quem treina Parkour na rua vira quase um pop star. Uma muldidao para pra te ver fazer as coisas, tiram fotos, aplaudem...um paraiso para qualquer show-off. Dai da pra entender um pouco do cenario por aqui.</div><div><br /></div><div>Bom, antes de ontem sai para treinar com o Alli Shelton da PKgen. Foi a segunda vez que treinei com ele. Fomos para alguns picos de uma regiao chamada ''Elephant and Castle''. Regiao bem conhecida pelos tracers daqui onde ha varios predios abandonados, e varios de picos legais para treinar. Foi um treino muito bom. Eu gosto dos treinos com o Alli porque me identifico muito com o jeito dele de treinar. Fizemos diversas precisoes de cima de um muro de uns 2 metros de altura para uma trave de gol, indo e voltando. depois demos mais uma andada e ele foi me mostrando toda a regiao. Passamos por uma multidao e descobrimos que ali estava sendo filmado um longa-metragem. Era uma producao enorme, devia ser algum filme de alto orcamento com certeza. Mas nem paramos para perguntar, so observamos um pouco e depois continuamos nosso treino. O engracado foi que um hora chegou um cara que estava trabalhando no set de filmagem, e falou para sairmos de onde estavamos, pois aquele local estava servindo de background para as cenas que estavam sendo rodadas. Imagina se aparecessemos no fundo de algum filme famoso, treinando parkour, iria ser engracado haha. </div><div><br /></div><div>Bom, depois do treino, compramos agua e melancia em um mercado local, sentamos num banquinho e comecamos a conversar um pouco. Adoro essa parte do treino, pois eh sempre bom compartilhar ideias e opinioes com outro tracer, ainda mais sendo o Alli, um cara super legal com ideias boas. Depois disso nos despedimos e cada um foi para o seu lado.</div><div><br /></div><div>Ainda nao fiz outro treino depois disso, pois estou tentando obedecer meu plano de nao treinar todos os dias para eu nao acabar com o meu corpo, e tudo esta indo bem dessa forma. Quando nao estou treinando, tenho saido pra conhecer lugares e pessoas. Tem sido bem divertido, sinto meu ingles bem mais fluido.</div><div><br /></div><div>Eu e o Pedro conseguimos falar com o Chris ontem, e talvez semana que vem estaremos indo a Moreton, fazer um treino com o Mr Danny Ilabaca, sim isso mesmo! Ele esta aqui no uk passando algum tempo antes de voltar para suas viagens pelo mundo. Bom, espero que corra tudo bem, estarei postando novidades a respeito em breve. E prometo colocar fotos em breve tambem.</div><div><br /></div><div>Entao ate breve!</div><div><br /></div><div>(Por favor me perdoem pela falta de acentos e erros gramaticais, esse teclado do Uk nao colabora em nada!)</div><div><br /></div><div><br /></div>Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5303779419304941530.post-57197030240728522652010-07-10T07:31:00.000-07:002010-07-10T08:06:00.224-07:00Resumo dos ultimos dias.Essa ultima semana foi bem legal, tenho treinado bastante. Fazia muito tempo que eu nao treinava com tanta frequencia como tenho treinado, entao ja consigo sentir meu nivel tecnico um pouco melhor. Meu amigo Pedro Thomas chegou, e tenho saido sempre com ele para alguns picos de Londres.<div><br /></div><div> Na terca-feira fomos encontrar com o Chima, um tracer local bem conhecido pelos simpatizantes da UFF. Achei ele um cara super legal, foi bem receptivo e engracado, tem um jeito bem parecido com o jeito brasileiro. Treinamos por agum tempo na regiao de southbank (regiao com os picos mais conhecidos de londres) e depois disso partimos para um ginasio um pouco mais afastado do centro onde ele da aulas para iniciantes. Pagamos 5 libras, e usamos o ginasio por 3 horas treinando livremente, sem contar a alta qualidade do ginasio. Me falaram que esse ginasio nao era o melhor daqui de Londres, mas pelo que vi, creio ser melhor que qualquer um no Brasil. Havia um fosso enorme, dezenas de equipamentos, colchoes de todas as formas, enfim, um paraiso. Foi um dia e tanto, trenei litros. </div><div><br /></div><div>Uma curiosidade: Se ai no Brasil voce acha que Parkour chama atencao nas ruas, entao voce precisa ver aqui em Londres. Quem treina Parkour na rua vira quase um pop star. Uma muldidao para pra te ver fazer as coisas, tiram fotos, aplaudem...um paraiso para qualquer show-off. Dai da pra entender um pouco do cenario por aqui.</div><div><br /></div><div>Bom, antes de ontem sai para treinar com o Alli Shelton da PKgen. Foi a segunda vez que treinei com ele. Fomos para alguns picos de uma regiao chamada ''Elephant and Castle''. Regiao bem conhecida pelos tracers daqui onde ha varios predios abandonados, e varios de picos legais para treinar. Foi um treino muito bom. Eu gosto dos treinos com o Alli porque me identifico muito com o jeito dele de treinar. Fizemos diversas precisoes de cima de um muro de uns 2 metros de altura para uma trave de gol, indo e voltando. depois demos mais uma andada e ele foi me mostrando toda a regiao. Passamos por uma multidao e descobrimos que ali estava sendo filmado um longa-metragem. Era uma producao enorme, devia ser algum filme de alto orcamento com certeza. Mas nem paramos para perguntar, so observamos um pouco e depois continuamos nosso treino. O engracado foi que um hora chegou um cara que estava trabalhando no set de filmagem, e falou para sairmos de onde estavamos, pois aquele local estava servindo de background para as cenas que estavam sendo rodadas. Imagina se aparecessemos no fundo de algum filme famoso, treinando parkour, iria ser engracado haha. </div><div><br /></div><div>Bom, depois do treino, compramos agua e melancia em um mercado local, sentamos num banquinho e comecamos a conversar um pouco. Adoro essa parte do treino, pois eh sempre bom compartilhar ideias e opinioes com outro tracer, ainda mais sendo o Alli, um cara super legal com ideias boas. Depois disso nos despedimos e cada um foi para o seu lado.</div><div><br /></div><div>Ainda nao fiz outro treino depois disso, pois estou tentando obedecer meu plano de nao treinar todos os dias para eu nao acabar com o meu corpo, e tudo esta indo bem dessa forma. Quando nao estou treinando, tenho saido pra conhecer lugares e pessoas. Tem sido bem divertido, sinto meu ingles bem mais fluido.</div><div><br /></div><div>Eu e o Pedro conseguimos falar com o Chris ontem, e talvez semana que vem estaremos indo a Moreton, fazer um treino com o Mr Danny Ilabaca, sim isso mesmo! Ele esta aqui no uk passando algum tempo antes de voltar para suas viagens pelo mundo. Bom, espero que corra tudo bem, estarei postando novidades a respeito em breve.</div><div><br /></div><div>Entao ate breve!</div><div><br /></div><div>(Por favor me perdoem pela falta de acentos e erros gramaticais, esse teclado do Uk nao colabora em nada!)</div><div><br /></div><div><br /></div>Pedro Santigashttp://www.blogger.com/profile/03960649100510710304noreply@blogger.com2