Resolvi juntar algumas cenas de 2008 e montar um video pra deixar registrado o ano, apesar de ele não ter acabado ainda. Ano de muitas lesões chatas e até uma cirurgia que me fizeram aprender muito e por isso ter certeza de que o ano terminará com saldo positivo =)
Bons treinos pra todos!
domingo, 7 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
domingo, 9 de novembro de 2008
“A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável”
Nesses últimos meses tenho pensando com muita freqüência sobre o projeto do qual faço parte, onde realizamos treinos semanais na 303 sul aqui em Brasília. Tenho passado por meses onde tenho me sentido na obrigação de me dedicar a muitas outras coisas extra – Parkour, porém, sempre tentando manter um certo ritmo de treinos, principalmente aqueles em que realizo sozinho. Fico um pouco chateado de não conseguir dar conta de aparecer sempre para compartilhar treinos com meus amigos, ou mesmo poder instruir aqueles que estão iniciando, e é justamente por isso que resolvi fazer essa postagem. Eu ficaria muito contente se aqueles que estavam mostrando determinação nos treinos pudessem ler isso.
As vezes é desanimador chegar a um determinado local onde você costuma realizar treinos com seus amigos, e não encontrar ninguém, ou mesmo encontrar menos gente que o normal. Muita gente mesmo encara isso como um ótimo motivo para parar de treinar, diminuir o ritmo, ou até mesmo desistir do Parkour. Isso me faz lembrar daquelas pessoas que pagam para fazer uma arte marcial e mal praticam ela, a não ser que esteja alguém mandando ela fazer isso durante a aula, e depois saem para suas casas esquecendo totalmente do que foi aprendido, ou seja, vivem aquilo só nos momentos de aula.
Por mais que o Parkour vire algo comercial, e que criem escolas de Parkour por ai, minha preocupação está no meu comprometimento com o espírito que essa atividade nos ensina a desenvolver. Projetos, ou coisas desse tipo, estão nascendo e acabando o tempo todo, são instituições totalmente humanas. Me preocupo em passar para as pessoas aquilo que não acaba, que você pode encontrar dentro de você a qualquer momento, a verdadeira essência, aquilo que te faz acordar as 5 da manhã ou até mais cedo para treinar por que é o único horário que tem para fazer isso, ou mesmo aquele que faz você olhar para trás e ver o quanto isso te tornou uma pessoa melhor, melhor para a vida. É engraçado, porque a cada dia que passa, e o Parkour cresce, vejo o quão raro é encontrar esse espírito nos que dizem praticar Parkour, mas fico contente por aqueles que encontraram o caminho, e fizeram disso uma forma para realizarem grandes feitos fora do Parkour. Eu sempre procuro insistir nesse tipo de texto que fala sobre o Parkour como um estilo de vida, porque acredito que o melhor que ele tem a oferecer é encontrado somente dessa forma. Você pode ganhar músculos, ter ótima concentração, ótimos movimentos, mas nunca vai encontrar o principal se não começar a aplicar isso na sua vida. O Parkour é apenas um caminho, e não um fim.
Gostaria muito que aqueles que as vezes não encontram alguém mais experiente para orientar os treinos, começassem a tentar andar com as próprias pernas, e aplicar sozinho tudo o que já foi captado. Tem muitas coisas que é impossível aprender não estando sozinho, e na maioria das vezes são aquelas coisas que vão te fazer entender o porque de o Parkour não ser apenas um fim, e sim o caminho que você escolheu para usufruir da vida.
Bons treinos =)
As vezes é desanimador chegar a um determinado local onde você costuma realizar treinos com seus amigos, e não encontrar ninguém, ou mesmo encontrar menos gente que o normal. Muita gente mesmo encara isso como um ótimo motivo para parar de treinar, diminuir o ritmo, ou até mesmo desistir do Parkour. Isso me faz lembrar daquelas pessoas que pagam para fazer uma arte marcial e mal praticam ela, a não ser que esteja alguém mandando ela fazer isso durante a aula, e depois saem para suas casas esquecendo totalmente do que foi aprendido, ou seja, vivem aquilo só nos momentos de aula.
Por mais que o Parkour vire algo comercial, e que criem escolas de Parkour por ai, minha preocupação está no meu comprometimento com o espírito que essa atividade nos ensina a desenvolver. Projetos, ou coisas desse tipo, estão nascendo e acabando o tempo todo, são instituições totalmente humanas. Me preocupo em passar para as pessoas aquilo que não acaba, que você pode encontrar dentro de você a qualquer momento, a verdadeira essência, aquilo que te faz acordar as 5 da manhã ou até mais cedo para treinar por que é o único horário que tem para fazer isso, ou mesmo aquele que faz você olhar para trás e ver o quanto isso te tornou uma pessoa melhor, melhor para a vida. É engraçado, porque a cada dia que passa, e o Parkour cresce, vejo o quão raro é encontrar esse espírito nos que dizem praticar Parkour, mas fico contente por aqueles que encontraram o caminho, e fizeram disso uma forma para realizarem grandes feitos fora do Parkour. Eu sempre procuro insistir nesse tipo de texto que fala sobre o Parkour como um estilo de vida, porque acredito que o melhor que ele tem a oferecer é encontrado somente dessa forma. Você pode ganhar músculos, ter ótima concentração, ótimos movimentos, mas nunca vai encontrar o principal se não começar a aplicar isso na sua vida. O Parkour é apenas um caminho, e não um fim.
Gostaria muito que aqueles que as vezes não encontram alguém mais experiente para orientar os treinos, começassem a tentar andar com as próprias pernas, e aplicar sozinho tudo o que já foi captado. Tem muitas coisas que é impossível aprender não estando sozinho, e na maioria das vezes são aquelas coisas que vão te fazer entender o porque de o Parkour não ser apenas um fim, e sim o caminho que você escolheu para usufruir da vida.
Bons treinos =)
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Voltando aos treinos
Video bem rápido contendo só alguns flashes do treino de 26/10/2008, um dos primeiros depois de algum tempo parado por conta da cirurgia pela qual passei. Bons treinos!
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
As 10 Qualidades do Homem Guerreiro
Achei um texto muito interessante na internet que fala das 10 qualidades de um Homem Guerreiro. É um pouco longo, mas vale muito a pena ler =D
As 10 Qualidades do Homem Guerreiro - Parte I
Publicado por Gustavo Gitti em 01.11.2007 às 09:37
Se pudéssemos abrir a mente de um homem destemido, não encontraríamos nada. Ele não guarda pensamentos ou teorias. É inteiro ação, postura, corpo.
Portanto, tive de observar os grandes homens que fizeram algo pelo mundo para deduzir algumas qualidades por trás de suas atitudes. Elas não são descritas como substantivos, pois o guerreiro não as possui. Ele apenas usufrui dessas qualidades impessoais – disponíveis a qualquer um a todo momento – e se posiciona no mundo.
Para quem quiser viver como um guerreiro, eis abaixo algumas sugestões.
1. O guerreiro lidera ao servir às habilidades dos outros
Não pense que o líder é aquele que se destaca ou o que possui mais competências. O bom líder é aquele que vê potencialidades nos outros e age para que suas habilidades encontrem espaço no grupo e se desenvolvam. Ele une o melhor de um com o melhor do outro. Sabe como fazer todos sonharem e conectarem seus know-hows a um projeto significativo.
Em vez de retórica, sua arte é outra: ele é mestre da escuta. As pessoas não servem ao líder, mas ao sonho em comum e aos projetos derivados. Para que isso aconteça, o líder não faz, pois sempre há alguém que faça melhor. Ele também não manda fazer, apenas abre espaço.
2. O sucesso do guerreiro inclui o fracasso
Não se pode vencer todas
Em livros de auto-ajuda, só se fala no sucesso e suas leis e segredos. Em todos eles, o fracasso é sempre visto como uma das etapas para se atingir o sucesso. O homem guerreiro sabe que não pode confiar em um sucesso que pode dar errado. O sucesso vendido por aí traz mais frustração do que felicidade. O autêntico êxito não pode estar baseado em ideais de sucesso. A ousadia do guerreiro afirma que nosso sucesso tem de ser atingido mesmo se falharmos completamente em todas as nossas investidas.
Parece loucura, mas basta alterarmos nossa meta: em vez de dinheiro, fama e poder, podemos buscar diretamente o que pensamos que vamos conseguir com dinheiro, fama e poder. Em vez de tentar alterar as configurações externas para nos sentirmos bem, treinamos nossa mente e cultivamos uma felicidade, uma consciência e uma presença cuja estabilidade independe do que acontece ao nosso redor.
3. O orgulho, para o guerreiro, é uma forma de distração
Um mestre de meditação certo dia lançou o seguinte desafio a quatro alunos experientes: ficar em silêncio absoluto por um mês. Todos estavam indo bem, até que no último dia um deles começou a tossir incansavelmente. O aluno do lado tentou se conter, mas acabou falando: “Não tínhamos que ficar em silêncio completo?”. O terceiro imediatamente disparou: “Por que vocês dois quebraram o silêncio?”. Um pouco de silêncio e o último não resistiu: “Aha! Eu sou o único que não falou!”.
O guerreiro faz seu melhor. Sem olhar para trás com orgulho. Sem olhar para os lados pedindo aprovação. Sem olhar para frente gerando expectativas. Sempre que desvia o olhar de sua ação presente, ele se distrai, perde tempo e arranja complicações desnecessárias.
4. O guerreiro está sempre disponível
É claro que nossos projetos muitas vezes tomam todo o nosso tempo. Entretanto, ser disponível não significa ter tempo, mas ser capaz de, a qualquer momento, arranjar tempo. Se nos fechamos em nossas pequenas revoluções pessoais, não estaremos preparados para quando uma grande revolução passar ao nosso lado. O mesmo raciocínio vale para trabalhos, projetos e, obviamente, para mulheres.
Estar disponível é sinal de compaixão e liberdade. Compaixão, já que o guerreiro está sempre aberto às confusões humanas. Liberdade, pois o guerreiro pode mudar de direção a qualquer momento, sem preparação, sem avisos.
5. A religião do guerreiro só tem um nome: liberdade
Um autêntico Guerreiro Masai.
Qualquer pratica espiritual só faz sentido se aumenta nossa liberdade diante das configurações do mundo, das imposições dos outros e, principalmente, diante de nossos condicionamentos e energias de hábito. O guerreiro treina aumentar a espacialidade para que, em qualquer situação, sempre haja saídas e caminhos alternativos. Para ele e para os outros.
De fato, o sofrimento surge da contração, do fechamento. Um homem se suicida quando seu espaço de ação é totalmente reduzido e não lhe sobra alternativa além de um tiro na boca. Ele não vê saídas. Sabendo disso, o guerreiro está constantemente ampliando o espaço de possibilidades em seu mundo e nas vidas de todos ao seu redor. Ele vê saídas para os problemas dos outros e assim consegue ajudá-los. Sua presença aberta está sempre apontando a liberdade em tudo, para todos.
6. O guerreiro encara tudo como um sonho
O leão vem nos atacar. Ficamos apavorados e saímos correndo. Mas era tudo um sonho… Viver a vida como um sonho, ver a qualidade onírica de tudo. Essa simples metáfora do sonho causa várias transformações no guerreiro: ele não se leva a sério, ele não dá solidez às situações, ele se livra de certezas e crenças, ele age sem medo.
O guerreiro afirma que a maioria dos humanos continua dormindo no estado de vigília. Quando as coisas aparecem, reagimos de modo condicionado e corremos de vários leões de sonho. A liberação desse processo é similar a um sonho lúcido (aquele no qual, durante o sonho, você sabe que está sonhando): ser capaz de viver sabendo que tudo é um sonho. No grande despertar, o sonho não cessa. Ele apenas perde a substancialidade que antes nos aprisionava.
7. A filosofia do guerreiro tem corpo
O conhecimento desincorporado é estéril e absolutamente inútil. A filosofia do guerreiro não é senão seu corpo em ação. Em vez de guardar saberes, ele faz uso deles para se posicionar no mundo. Cada novo insight mental transforma-se em uma posição específica. Cada teoria ajusta a postura. O que importa não é o conteúdo, mas a flexibilidade que ele gera ao esticarmos nosso corpo e mente na tentativa de apreendê-lo.
Ao ouvir alguém, o guerreiro observa o corpo e aprende com ele. Ao falar, o guerreiro não está interessado em transmitir idéias e informações. Ele mira o corpo do outro. Cada palavra é um golpe – de ataque ou sedução, de violência ou carinho.
8. O guerreiro anda com a morte ao lado
Todo dia, o homem guerreiro levanta e se lembra que vai morrer. Seu primeiro e último pensamento é: todos vamos morrer. Isso tira a importância e concede leveza a seus atos. Ao manter essa lembrança, seu corpo transforma-se em um aviso aos outros: “Todos vamos morrer”. E então as pessoas realizam seus desejos e fazem loucuras ao seu redor. Elas agradecem a ele, mas ele sabe que ações assim são fruto do poder de agir com a perspectiva da morte.
Sabendo que vai morrer, o guerreiro não se distrai, não entra em discussões tolas, não perde tempo. Se a relação é medíocre, ele a abandona. Se o local se estagnou, ele se muda. Ele não desperdiça sua energia vital. Quando alguém age como se fosse imortal, ele chama a morte e a coloca face a face com ele. O homem guerreiro é parceiro da morte.
9. A única preocupação do guerreiro: oferecer suas habilidades ao mundo
Sem interesses autocentrados, sem ideal de sucesso, sob a sombra da morte, só resta ao guerreiro oferecer o que tem de melhor ao mundo. Ele associa suas artes e habilidades a grandes projetos e tenta enriquecer, como pode, esse sonho coletivo que vivemos.
O guerreiro faz de seus atos um presente a todos. Presente que entrega sem que ninguém peça. Ele também não espera elogios ou agradecimentos, apenas entrega e se vai. É isso o que fazemos aqui: nascemos, fazemos alguma coisa e morremos a seguir. Ainda que faça seu melhor, o guerreiro não guarda a ilusão de que isso seja mesmo uma grande coisa. É apenas alguma coisa, uma forma de agradecer pela oportunidade antes de morrer.
10. O guerreiro repousa além das construções
Mulheres vêm e vão. Amigos se apresentam e se despedem. Trabalhos começam e terminam. O guerreiro nunca se vincula totalmente a algo, pois sabe que tudo é impermanente. Paradoxalmente, essa mesma impermanência o faz se dedicar totalmente a cada mulher, amigo ou trabalho. Para o olhar dos outros, o guerreiro é muito ativo e está fazendo mil coisas. Mas o guerreiro é imóvel. Sua imobilidade faz com que ele seja impassível, imperturbável.
Seus pés não estão nas construções que ele executa. Quando o construído desmorona, ele não cai junto. Sua consciência não se identifica com nada que surge na mente: pensamentos, emoções, idéias, medos, desejos. Tampouco ele se identifica com o que surge no corpo: doença, decrepitude, envelhecimento. Sabendo que não é nada disso, ele transita e vive tudo com intensidade.
Seu mundo é um grande cinema com incontáveis filmes em cartaz. Ele sabe que são filmes e mesmo assim escolhe entrar, rir e chorar. Adentrar todos os mundos e seres é sua prática de coragem. Lembrar, em meio ao filme, que ele está em um grande cinema – eis sua prática de liberdade. Mas como ele faz isso?
O guerreiro vê, ao mesmo tempo, o conteúdo do filme e a tela atrás. Os conteúdos se alternam. A tela é sempre a mesma. Livre de qualquer conteúdo, para que possa apresentar qualquer enredo. Sem cor ou som, para que possa mostrar todas as cores e sons. A tela é nossa verdadeira natureza.
O guerreiro sabe que somos a liberdade da qual tudo brota. É essa sua base, seu único refúgio.
As 10 Qualidades do Homem Guerreiro - Parte I
Publicado por Gustavo Gitti em 01.11.2007 às 09:37
Se pudéssemos abrir a mente de um homem destemido, não encontraríamos nada. Ele não guarda pensamentos ou teorias. É inteiro ação, postura, corpo.
Portanto, tive de observar os grandes homens que fizeram algo pelo mundo para deduzir algumas qualidades por trás de suas atitudes. Elas não são descritas como substantivos, pois o guerreiro não as possui. Ele apenas usufrui dessas qualidades impessoais – disponíveis a qualquer um a todo momento – e se posiciona no mundo.
Para quem quiser viver como um guerreiro, eis abaixo algumas sugestões.
1. O guerreiro lidera ao servir às habilidades dos outros
Não pense que o líder é aquele que se destaca ou o que possui mais competências. O bom líder é aquele que vê potencialidades nos outros e age para que suas habilidades encontrem espaço no grupo e se desenvolvam. Ele une o melhor de um com o melhor do outro. Sabe como fazer todos sonharem e conectarem seus know-hows a um projeto significativo.
Em vez de retórica, sua arte é outra: ele é mestre da escuta. As pessoas não servem ao líder, mas ao sonho em comum e aos projetos derivados. Para que isso aconteça, o líder não faz, pois sempre há alguém que faça melhor. Ele também não manda fazer, apenas abre espaço.
2. O sucesso do guerreiro inclui o fracasso
Não se pode vencer todas
Em livros de auto-ajuda, só se fala no sucesso e suas leis e segredos. Em todos eles, o fracasso é sempre visto como uma das etapas para se atingir o sucesso. O homem guerreiro sabe que não pode confiar em um sucesso que pode dar errado. O sucesso vendido por aí traz mais frustração do que felicidade. O autêntico êxito não pode estar baseado em ideais de sucesso. A ousadia do guerreiro afirma que nosso sucesso tem de ser atingido mesmo se falharmos completamente em todas as nossas investidas.
Parece loucura, mas basta alterarmos nossa meta: em vez de dinheiro, fama e poder, podemos buscar diretamente o que pensamos que vamos conseguir com dinheiro, fama e poder. Em vez de tentar alterar as configurações externas para nos sentirmos bem, treinamos nossa mente e cultivamos uma felicidade, uma consciência e uma presença cuja estabilidade independe do que acontece ao nosso redor.
3. O orgulho, para o guerreiro, é uma forma de distração
Um mestre de meditação certo dia lançou o seguinte desafio a quatro alunos experientes: ficar em silêncio absoluto por um mês. Todos estavam indo bem, até que no último dia um deles começou a tossir incansavelmente. O aluno do lado tentou se conter, mas acabou falando: “Não tínhamos que ficar em silêncio completo?”. O terceiro imediatamente disparou: “Por que vocês dois quebraram o silêncio?”. Um pouco de silêncio e o último não resistiu: “Aha! Eu sou o único que não falou!”.
O guerreiro faz seu melhor. Sem olhar para trás com orgulho. Sem olhar para os lados pedindo aprovação. Sem olhar para frente gerando expectativas. Sempre que desvia o olhar de sua ação presente, ele se distrai, perde tempo e arranja complicações desnecessárias.
4. O guerreiro está sempre disponível
É claro que nossos projetos muitas vezes tomam todo o nosso tempo. Entretanto, ser disponível não significa ter tempo, mas ser capaz de, a qualquer momento, arranjar tempo. Se nos fechamos em nossas pequenas revoluções pessoais, não estaremos preparados para quando uma grande revolução passar ao nosso lado. O mesmo raciocínio vale para trabalhos, projetos e, obviamente, para mulheres.
Estar disponível é sinal de compaixão e liberdade. Compaixão, já que o guerreiro está sempre aberto às confusões humanas. Liberdade, pois o guerreiro pode mudar de direção a qualquer momento, sem preparação, sem avisos.
5. A religião do guerreiro só tem um nome: liberdade
Um autêntico Guerreiro Masai.
Qualquer pratica espiritual só faz sentido se aumenta nossa liberdade diante das configurações do mundo, das imposições dos outros e, principalmente, diante de nossos condicionamentos e energias de hábito. O guerreiro treina aumentar a espacialidade para que, em qualquer situação, sempre haja saídas e caminhos alternativos. Para ele e para os outros.
De fato, o sofrimento surge da contração, do fechamento. Um homem se suicida quando seu espaço de ação é totalmente reduzido e não lhe sobra alternativa além de um tiro na boca. Ele não vê saídas. Sabendo disso, o guerreiro está constantemente ampliando o espaço de possibilidades em seu mundo e nas vidas de todos ao seu redor. Ele vê saídas para os problemas dos outros e assim consegue ajudá-los. Sua presença aberta está sempre apontando a liberdade em tudo, para todos.
6. O guerreiro encara tudo como um sonho
O leão vem nos atacar. Ficamos apavorados e saímos correndo. Mas era tudo um sonho… Viver a vida como um sonho, ver a qualidade onírica de tudo. Essa simples metáfora do sonho causa várias transformações no guerreiro: ele não se leva a sério, ele não dá solidez às situações, ele se livra de certezas e crenças, ele age sem medo.
O guerreiro afirma que a maioria dos humanos continua dormindo no estado de vigília. Quando as coisas aparecem, reagimos de modo condicionado e corremos de vários leões de sonho. A liberação desse processo é similar a um sonho lúcido (aquele no qual, durante o sonho, você sabe que está sonhando): ser capaz de viver sabendo que tudo é um sonho. No grande despertar, o sonho não cessa. Ele apenas perde a substancialidade que antes nos aprisionava.
7. A filosofia do guerreiro tem corpo
O conhecimento desincorporado é estéril e absolutamente inútil. A filosofia do guerreiro não é senão seu corpo em ação. Em vez de guardar saberes, ele faz uso deles para se posicionar no mundo. Cada novo insight mental transforma-se em uma posição específica. Cada teoria ajusta a postura. O que importa não é o conteúdo, mas a flexibilidade que ele gera ao esticarmos nosso corpo e mente na tentativa de apreendê-lo.
Ao ouvir alguém, o guerreiro observa o corpo e aprende com ele. Ao falar, o guerreiro não está interessado em transmitir idéias e informações. Ele mira o corpo do outro. Cada palavra é um golpe – de ataque ou sedução, de violência ou carinho.
8. O guerreiro anda com a morte ao lado
Todo dia, o homem guerreiro levanta e se lembra que vai morrer. Seu primeiro e último pensamento é: todos vamos morrer. Isso tira a importância e concede leveza a seus atos. Ao manter essa lembrança, seu corpo transforma-se em um aviso aos outros: “Todos vamos morrer”. E então as pessoas realizam seus desejos e fazem loucuras ao seu redor. Elas agradecem a ele, mas ele sabe que ações assim são fruto do poder de agir com a perspectiva da morte.
Sabendo que vai morrer, o guerreiro não se distrai, não entra em discussões tolas, não perde tempo. Se a relação é medíocre, ele a abandona. Se o local se estagnou, ele se muda. Ele não desperdiça sua energia vital. Quando alguém age como se fosse imortal, ele chama a morte e a coloca face a face com ele. O homem guerreiro é parceiro da morte.
9. A única preocupação do guerreiro: oferecer suas habilidades ao mundo
Sem interesses autocentrados, sem ideal de sucesso, sob a sombra da morte, só resta ao guerreiro oferecer o que tem de melhor ao mundo. Ele associa suas artes e habilidades a grandes projetos e tenta enriquecer, como pode, esse sonho coletivo que vivemos.
O guerreiro faz de seus atos um presente a todos. Presente que entrega sem que ninguém peça. Ele também não espera elogios ou agradecimentos, apenas entrega e se vai. É isso o que fazemos aqui: nascemos, fazemos alguma coisa e morremos a seguir. Ainda que faça seu melhor, o guerreiro não guarda a ilusão de que isso seja mesmo uma grande coisa. É apenas alguma coisa, uma forma de agradecer pela oportunidade antes de morrer.
10. O guerreiro repousa além das construções
Mulheres vêm e vão. Amigos se apresentam e se despedem. Trabalhos começam e terminam. O guerreiro nunca se vincula totalmente a algo, pois sabe que tudo é impermanente. Paradoxalmente, essa mesma impermanência o faz se dedicar totalmente a cada mulher, amigo ou trabalho. Para o olhar dos outros, o guerreiro é muito ativo e está fazendo mil coisas. Mas o guerreiro é imóvel. Sua imobilidade faz com que ele seja impassível, imperturbável.
Seus pés não estão nas construções que ele executa. Quando o construído desmorona, ele não cai junto. Sua consciência não se identifica com nada que surge na mente: pensamentos, emoções, idéias, medos, desejos. Tampouco ele se identifica com o que surge no corpo: doença, decrepitude, envelhecimento. Sabendo que não é nada disso, ele transita e vive tudo com intensidade.
Seu mundo é um grande cinema com incontáveis filmes em cartaz. Ele sabe que são filmes e mesmo assim escolhe entrar, rir e chorar. Adentrar todos os mundos e seres é sua prática de coragem. Lembrar, em meio ao filme, que ele está em um grande cinema – eis sua prática de liberdade. Mas como ele faz isso?
O guerreiro vê, ao mesmo tempo, o conteúdo do filme e a tela atrás. Os conteúdos se alternam. A tela é sempre a mesma. Livre de qualquer conteúdo, para que possa apresentar qualquer enredo. Sem cor ou som, para que possa mostrar todas as cores e sons. A tela é nossa verdadeira natureza.
O guerreiro sabe que somos a liberdade da qual tudo brota. É essa sua base, seu único refúgio.
domingo, 28 de setembro de 2008
O meu pau do nariz.
Para quem não sabe, na terça feira passada, dia 23, fiz uma cirurgia no meu nariz para corrigir um desvio de septo que eu tinha e que prejudicava muito respiração, principalmente nas minhas noites de sono e treinos. Fiquei muito contente em ter a oportunidade de fazer essa correção, até porque aproveitei também e deixei meu nariz com um formato mais "padrão" digamos assim .
Minha recuperação está sendo ótima e hoje vou ao médico para tirar o gesso do nariz para finalmente poder sair de casa e me socializar mais! Apesar de ter sido avisado a mim que eu teria que ficar um mês sem Parkour (é muito pra quem em quase 3 anos de treino mal ficou uma semana sem fazer algum treino voltado pro Parkour) e umas 3 semanas pra voltar a um treino mais voltado pra fortalecimento, não me arrependo de ter feito umas barras e flexões ontem aqui em casa, estou me sentindo muito melhor e bem disposto. Não que eu aconselhe alguém na minha situação a fazer isso, mas eu tava analisando a situação aqui e cheguei a pergunta "porque não?" . É engraçado porque tudo hoje em dia eu ja penso em como seria em uma situação real, sendo assim, se eu estivesse em uma situação real hoje que eu precisasse usar esforço fisico para sair dessa situação, mesmo com o nariz ainda não recuperado, como é que eu faria? Falaria: vou morrer, pq meu nariz ta operado e tal?? Esse pensamento logo me levou a fazer uns exercicios aqui, e por consequencia tirar essa minha dúvida...e quanto ao nariz, continua o mesmo =)
Isso é uma coisa que até eu tava conversando com meu amigo Beto uma dia desses, pois ele passou por uma situação semelhante onde teve que parar um tempo de treinar por conta de uma fratura no dedo na mão, e logo que tirou o gesso sentiu essa mesma vontade que eu de "não dar um tempo" haha. Não falo que é certo isso, mas também não falo que é errado, mas acho que tudo que você faz tem que ser com conciencia. É claro que não vou chegar ali daqui a pouco em mandar uma pirueta lateral de cima da moita, porque sinto que não estou preparado ainda para fazer isso com o nariz nesse estado....Mas sério, nenhum médico no mundo vai me convencer de que eu não posso fazer minhas barras e flexões aqui em casa por conta de um "nariz quebrado" a alguns dias atrás, simplesmente isso não entra na minha cabeça. Eu andei pesquisando sobre oque acontece quando a pessoa em meu estado se exercita, e realmente tem o problema da dilatação que o nariz sofre quando se pratica atividades físicas. No final das contas isso me rendeu de negativo só orificio esquerdo um pouco entupido que comparado ao que rendeu de positivo não significa nada.
Enfim, espero poder voltar aos treinos de Parkour o quanto antes. Estou muito motivado como a muito tempo não me sentia, e espero que isso renda bons frutos no futuro =D
Bons treinos!
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Não está acabado, até que esteja terminado.
Hoje eu tava lembrando de uma cena do filme "Rock Balboa", em que Rock da uma lição de moral em seu filho:
"O mundo não é feito de arco-iris. O mundo é um lugar ruim e duro, e não importa o quão forte seja, a vida vai coloca-lo de joelhos. Ninguém vai bater mais forte do que a vida. O que importa não é o quanto você bate e sim o quanto agüenta apanhar e continuar tocando a vida, o quanto você pode suportar e seguir em frente."
Andei pensando, no Parkour temos que ter muito desse espírito. Muitas vezes, e normalmente mais as pessoas que estão começando, se sentem muito desmotivadas ou assustadas por se depararem com todo o caminho que terão que percorrer para chegar a um nivel desejado. Bom, o que eu tenho a dizer é que realmente é um caminho bem chato, e na verdade não sei dizer se é mais dificil ganhar oque deseja, ou manter oque ja ganhou, pois quando você ja alcançou um determinado nivel, é muito facil relaxar, se sentir desmotivado, e acabar regredindo, principalmente para alguém que não tem propósito real no que faz. Nunca pode ser importante quantas vezes você tenha que errar, quantas vezes você tenha que criar calos nas mãos, quantas vezes você se sinta fraco, quantas vezes você tenha que sentir dor após um treino, o que vai fazer a diferença no final das contas será sua motivação de apenas continuar treinando, dia após dia, subindo um degrau de cada vez, sem pressa, aproveitando e tirando lição de cada momento, o famoso "enjoy the moment". Acho que esses momentos dificeis são muito especiais, pois eles te fazem sentir vivo, sentir que se você não aguentar o tranco, ninguem vai aguentar por você. Eles te fazem lembrar do porque de você estar ali, seguindo esse caminho, das suas escolhas, de quem é você. A vida ta ai para vivermos ela assim como o Parkour, nada disso é claro sendo feito só de flores, tudo tem seu preço, e como ja diria um amigo meu: "se você não esta disposto a errar, você não está preparado para acertar"
Bom, talvez oque eu esteja falando aqui seja serio demais para alguns que não levam o Parkour tão a serio como eu levo, mas que levem isso pra vida então, pois isso funciona pra qualquer coisa, para a vida, como mesmo disse o Rock.
bom, da pra falar bastante coisa ainda, mas ja deu..
Abraços
Pedro Santigas
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Janeiro? ahh Janeiro
Esse mês que passou foi um mês e tanto quando se fala em Parkour e amizade. Pude com certeza aprender muita coisa sobre Parkour e sobre a vida também. Acho que são sempre momentos únicos quando recebemos pessoas de outros lugares e podemos aprender com elas, compartilhar idéias e experiencias, ainda mais quando são pessoas com uma visão legal da vida e um bom conhecimento de coisas. Eu não tenho uma foto com o Thiago la de Belém aqui, mas acho que ele nem iria querer. Na verdade acho que ja to lascado só de citar o nome dele aqui haha. Mas foram momentos bem legais, bons treinos, bons papos, bons GIROS! Enfim, espero que momentos assim possam sempre acontecer, porque eles são de muito valor.
Só a visita desse rapaz ja foi praticamento o mês todo, porém ainda teve tempo pra mais uma aventura la em Sampa manô! haha Puts, essa viagem com certeza foi uma das melhores, pessoalmente falando. Fiquei uma semana por la, então dessa vez deu tempo de fazer varias coisas, estar com varias pessoas, treinar em dobro. Me hospedei em 4 lugares diferentes!
Porém tenho que chamar a atenção para os dias em que estive hospedado la na casa do Jean com Johann Vigroux, Daniel Ilabaca, Chase Armitage e Chris Ilabaca. Pude ter uma noção legal da visão deles em relação ao Parkour, foram muitas conversas, piadas(esse humor inglês viu), e treinos também. O legal de conhece-los foi perceber um pouco do propósito deles em treinar, eles tem uma visão muito ampla em relação ao que praticam, onde o Parkour acaba sendo apenas um ingrediente para oque eles se propoem a fazer.
Uma das coisas mais legais que eu escutava todos os dias Danny falar para quem estava a sua volta, era pra que não olhassem para ele, e sim para si mesmos, oque faz muito sentido. Ninguem tem que treinar para ser igual a ninguem, acho que todos temos que encontrar nosso próprio caminho. Nesse ultimo mês eu fui muito ao ginásio treinar mortais e variações, e senti que isso foi ótimo pra mim, ganhei mais confiança, mais controle etc...porém falo com toda a convicção mais uma vez, que esse não é meu estilo, e nunca vão me ver investindo muito nisso, mas também não quer dizer que eu não vá treinar isso de vez em quando.
Não sei bem como definir isso, mas a cada dia que passa eu estou descobrindo mais e mais qual é o meu caminho, e vendo que esse caminho tem mais haver com o ser forte, durar, e também poder passar isso adiante. Me vejo mais nisso justamente porque isso se encaixa no "porque" de eu treinar. Então acho que antes de qualquer pessoa começar algum tipo de treino ela deve se perguntar porque esta fazendo aquilo, para dar sentido ao que esta fazendo. Tenho pensado muito nisso mesmo antes dessa viagem pra São Paulo, quando meu amigo Thiago de Belem ainda estava por aqui compartilhando um bom açai e um imagem-ação conosco haha. Enfim, acho que de tudo, isso que o Danny falou foi oque mais me chamou atenção, que cada um deve fazer seu próprio caminho, que é exatamente oque ele faz, e muito bem.
Bom, se eu for ficar falando tudo que eu aprendi nesse mes, todos os momentos e detalhes, esse post não vai acabar nunca, mas basicamente é isso...então fico por aqui.
abraços e bons treinos!
Pessoal em uma pizzaria de São Paulo
Só a visita desse rapaz ja foi praticamento o mês todo, porém ainda teve tempo pra mais uma aventura la em Sampa manô! haha Puts, essa viagem com certeza foi uma das melhores, pessoalmente falando. Fiquei uma semana por la, então dessa vez deu tempo de fazer varias coisas, estar com varias pessoas, treinar em dobro. Me hospedei em 4 lugares diferentes!
Porém tenho que chamar a atenção para os dias em que estive hospedado la na casa do Jean com Johann Vigroux, Daniel Ilabaca, Chase Armitage e Chris Ilabaca. Pude ter uma noção legal da visão deles em relação ao Parkour, foram muitas conversas, piadas(esse humor inglês viu), e treinos também. O legal de conhece-los foi perceber um pouco do propósito deles em treinar, eles tem uma visão muito ampla em relação ao que praticam, onde o Parkour acaba sendo apenas um ingrediente para oque eles se propoem a fazer.
Uma das coisas mais legais que eu escutava todos os dias Danny falar para quem estava a sua volta, era pra que não olhassem para ele, e sim para si mesmos, oque faz muito sentido. Ninguem tem que treinar para ser igual a ninguem, acho que todos temos que encontrar nosso próprio caminho. Nesse ultimo mês eu fui muito ao ginásio treinar mortais e variações, e senti que isso foi ótimo pra mim, ganhei mais confiança, mais controle etc...porém falo com toda a convicção mais uma vez, que esse não é meu estilo, e nunca vão me ver investindo muito nisso, mas também não quer dizer que eu não vá treinar isso de vez em quando.
Não sei bem como definir isso, mas a cada dia que passa eu estou descobrindo mais e mais qual é o meu caminho, e vendo que esse caminho tem mais haver com o ser forte, durar, e também poder passar isso adiante. Me vejo mais nisso justamente porque isso se encaixa no "porque" de eu treinar. Então acho que antes de qualquer pessoa começar algum tipo de treino ela deve se perguntar porque esta fazendo aquilo, para dar sentido ao que esta fazendo. Tenho pensado muito nisso mesmo antes dessa viagem pra São Paulo, quando meu amigo Thiago de Belem ainda estava por aqui compartilhando um bom açai e um imagem-ação conosco haha. Enfim, acho que de tudo, isso que o Danny falou foi oque mais me chamou atenção, que cada um deve fazer seu próprio caminho, que é exatamente oque ele faz, e muito bem.
Bom, se eu for ficar falando tudo que eu aprendi nesse mes, todos os momentos e detalhes, esse post não vai acabar nunca, mas basicamente é isso...então fico por aqui.
abraços e bons treinos!
Pessoal em uma pizzaria de São Paulo
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
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