domingo, 14 de novembro de 2010
España
Tenho vivido experiências incríveis desde que cheguei a Espanha a pouco mais de duas semanas atrás. Mesmo tendo passado apenas por Madrid Toledo e Barcelona, tive oportunidade de compartilhar muitas coisas boas com todos que encontrei por aqui. No momento estou em Madrid novamente após ter passado uma semana em Barcelona conhecendo lugares e pessoas. O povo espanhol me lembra muito o povo brasileiro em muitas coisas. O pessoal do MADD (Madrid Arte do Deslocamento) me recebeu super bem, no primeiro dia eu já me sentia em casa, como se estivesse treinando ao lado de alguns companheiros de Brasilia como Milano, Leo, Manoel. O pessoal aqui tem um senso de humor muito parecido com o dessa galera, não dispensam boas palhaçadas. Porém ao mesmo tempo são jovens muito comprometidos com o Parkour, treinam sério e colocam paixão no que fazem em busca do auto-conhecimento. Em sua maior parte são jovens entre 18 e 19, e alguns poucos mais velhos sobreviventes da velha guarda.
Acho curioso como praticantes mais novos, de até 20 anos de idade normalmente possuem uma energia que as vezes parece ser inesgotável. Tenho 25 anos agora, longe de me considerar velho, porém sinto que estou em uma energia diferente de quando iniciei meus treinos. Não tenho mais tanta ansiedade por auto-descoberta como eu tinha no começo. Acredito que seja possivel descobrir e aprender coisas novas até o dia em que formos embora deste mundo, porém vejo que a vida é feita de fases. Acredito eu estar em uma fase em que descobri o suficiente sobre minhas capacidades para parar e olhar para novas direções, sinto mais necessidade em conservar o que tenho o quanto eu puder e talvez usar isso para algum bem maior, compartilhar.
Mas estar com o pessoal daqui me fez voltar lá atrás no inicio dos meus treinos, quando eu não tinha muita certeza ainda do que podia fazer, testava o corpo com mais frequência. Voltei a tentar coisas mais distantes, puxar a potencia ao limite, coisa que eu não venho fazendo muito, pois tenho focado em coisas mais técnicas já a algum tempo. Me sinto como nos velhos tempos, o dia todo perambulando pelas ruas, voltando pra casa parecendo um mendigo com as mão parecendo a sola de um sapato de tão calejadas, e acordar no outro dia só o pó da mandioca. Me sinto forte como nos velhos tempos, confiante em cada movimento, me sinto vivo.
Confesso que apesar de toda essa gente boa em Madrid gente e todos esses picos maravilhosos, me senti mais atraído por Barcelona. São picos diferentes, que me lembram muito Brasilia em alguns momentos, de maneira geral não são coisas tão visíveis e só com um bom olho se consegue achar algo. Bom talvez eu tenha sido atraído mais por Barcelona pelo fato de estar situada na costa, e eu como um típico Brasiliense fico louco quando vou a praia, ainda mais estando em uma cidade com tanta riqueza cultural como a capital da Catalunya. Definitivamente quero voltar algum dia.
No treino de ontem tive a oportunidade de conhecer uma praticante da Grecia que estava visitando a Espanha. O nome dela é Maria Raptaki, confesso que não a conhecia nem de nome, mas pelo que observei ela parece ser uma grande referencia para as garotas! Assisti alguns de seus vídeos, que são muito bons. Ela mencionou a mim que muita gente do Brasil costuma adicionar ela no facebook. Foi bem simpática.
Tenho gravado muitas coisas com uma pequena filmadora que comprei em Londres, talvez em um futuro próximo eu edite algo para deixar de recordação. Depois de amanhã estarei seguindo para França onde ficarei por alguns dias. Tenho medo só de imaginar o frio que deve estar la agora, se aqui em Madrid que é mais pro sul já está frio. Porém espero aproveitar bem o tempo la assim como tenho feito por aqui. Bom, mas isso é papo para uma próxima postagem.
Paz.
sábado, 9 de outubro de 2010
Depois de algum tempo vivendo o Parkour...
Depois de algum tempo vivendo o Parkour, ha um momento em que você passa a respirar o ar com maior intensidade, enxergar as coisas a sua volta com maior clareza. As duvidas sobre as quais você sempre permaneceu, agora já não fazem mais parte do seu dia-dia. Se antes você duvidava sobre coisas que o seu corpo sempre pode fazer, hoje você se sente incapaz de parar de se mover, ou incapaz de simplesmente deixar com que outros lhe digam em qual forma você deve se mover, movimento padrão. Talvez todos nos estejamos condenados a conviver com isso para o resto de nossas vidas. Talvez tenhamos nos despertado de um sono em que voltar a dormir signifique regredir, apodrecer.
Algo que talvez represente isso muito bem seja caminhar em uma floresta fechada, onde mal se vê o azul do céu e as cores das folhas, e após subir uma montanha, enxergar toda a floresta pelo lado fora, enxergar os raios solares nos refletindo o real verde da mata e tambem os pássaros voando livremente sobre a imensidão. Talvez seja impossível permanecer sempre no topo de uma montanha observando essa paisagem, pois precisamos descer para continuar a caminhada. Mas caminhar sobre as montanhas nos permite enxergar o que é real. Talvez a floresta represente a nossa vida, e praticar o Parkour seja como subir em uma montanha e enxergar toda a verdade sobre a floresta. A floresta nunca mais volta a ter o antigo significado, o antigo valor.
Vivemos em um mundo doente, e talvez nos mesmos sejamos a doença, mas sinto que algumas coisas que fazemos na vida deixam de nos colocar na posição de doença e nos transformem em cura. E acredito que o Parkour é uma dessas coisas. Parkour é só um simples nome que representa muito mais que simplesmente o original significado da atividade, Parkour pode ter milhares de outros nomes espalhados por esse mundo, e tem. Parkour é descoberta, é liberdade e transformação. Impossível que se entenda sem experienciar. Mas nem todos estão preparados para essa transformação, alguns permanecerão em seu sono ate o fim de suas vidas.
O ser humano é o único animal que sabe que um dia ira morrer, e isso faz com que cultivemos o medo. Cultivar o medo significa adormecer para a vida, viver o que é ilusorio. Não tenha medo, permaneça acordado, viva o que é real.
domingo, 8 de agosto de 2010
ADAPT days.
domingo, 25 de julho de 2010
Off-The-Wall Jam.
sábado, 10 de julho de 2010
Resumo dos ultimos dias.
Resumo dos ultimos dias.
domingo, 27 de junho de 2010
Uk, cheguei.
Ate Breve!
Pedro Santigas
domingo, 20 de junho de 2010
Reportagem sobre Parkour.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
As crianças e o bloqueio mental
Acho incrível a facilidade que as crianças num geral tem para se movimentar, a percepção que elas tem do ambiente. Elas estão em um período de descoberta do corpo, e ainda não possuem muitos traumas e bloqueios em suas mentes.
Saí para treinar na noite passada aqui no condomínio onde moro, já estava no período norturno, e incrivelmente fazia muito frio(sim, aqui e Brasília) lá fora. Fiz alguns exercícios simples para aquecer o corpo, e comecei a fazer um treino bem técnico, com alguns percursos buscando sempre uma maior variedade na movimentação. Só para deixar claro, esse local onde treino regularmente, se trata de um ambiente basicamente feito para crianças e jovens na pré-adolescencia, com uma pista de skate, e algumas estruturas construídas para elas brincarem.
Geralmente quando saio para treinar aqui no condomínio, procuro observar pela janela se há crianças brincando no local, pois me desanima um pouco treinar com elas por perto nas vezes que pretendo fazer um treino mais focado, buscando uma real evolução técnica ou física. Bom, o fato é que durante qualquer treino que eu faça que há crianças por perto, elas tendem a ficar perguntando muitas coisas e pedindo para eu repetir algum movimento milhares de vezes, se impressionam facilmente. E nas vezes que estou em um momento de busca por uma concentração maior, fica impossível fazer isso por conta da presença da criançada. Tirando essas vezes em que estou mais individualista, eu adoro mostrar e falar um pouco do Parkour para as crianças que se aproximam, pois tem umas que realmente são bem imprudentes desde a infância e precisam de uma instrução maior.
Bom, voltando aos fatos, estava eu lá concentrado em meu treino, quando surge um pequeno grupo de 3 pequenos travessos, cada um ali por volta seus 8 anos de idade. Como já era esperado, começaram a se espantar com qualquer simples salto de precisão que eu efetuava, e pediram para que eu fizesse mais vezes, dando até algumas dicas de movimentação para mim. È incrível como tudo se torna bem maior do que realmente é, quando se tem essa idade, não é mesmo? Então estava ali, acabado o meu treino, o jeito foi ir fazer alguns planches ainda ali por perto, porque pelo menos isso não é algo que precise de extrema concentração ao meu ver, é uma questão de usar a força e pronto GRRR.
Um dos meninos se aproximou de mim e me propôs uma brincadeira, que era a seguinte: atravessar toda a região onde fica uma grande estrutura “playground”, e chegar o outro lado. Mas isso com uma regra: todas as partes de coloração azul da estrutura não poderiam ser tocadas. Resumindo, era uma brincadeira totalmente relacionada ao Parkour, mesmo que ele não chamasse isso de Parkour. Infelizmente, eu tive que falar pra ele que eu não poderia participar, pois a estrutura possui uma placa escrito que é proibido o uso por adultos, e eu procuro respeitar isso, mesmo que as vezes e utilize as partes onde tem umas barras que são bem firmes e resistentes para se fazer algum exercício de condicionamento dos braços.
Mesmo eu não participando da brincadeira, eu o desafiei a tentar sozinho mesmo. O menino então topou e começou a escalar a estrutura. Fiquei “perpréctu” (como já diria Gil Brother), quando observei a facilidade com que garoto criava alternativas para se mover no ambiente, percursos que eu não conseguia enxergar antes de ele iniciar a brincadeira. Ele fez um percurso totalmente improvável para mim, e em alguns momentos em que eu achei que ele iria travar em medo de cair de estrutura, ele passou normalmente, sem exitar em hora alguma. Achei tudo muito incrível, principalmente a percepção corporal do menino. Isso me fez lembrar da minha infância, e nas coisas que eu costumava aprontar por ai sem medo algum. Lembro de uma vez que pulei de uma ponte de uns 20 metros para a água, com uns 12 anos de idade, e que hoje eu não sei se pularia. No final eu o parabenizei e disse que achei bem legal a forma como ele concluiu o trajeto. Depois disso passou algum tempo, fiz um alongamento, me despedi dos garotos e fui embora.
Eu sei que aprendi muito com esse menino. Desde o inicio dos meus treinos sempre tive muito bloqueio com altura, já tive muitas conquistas sim, evoluí, mas tenho que estar exercitando isso freqüentemente para não regredir. Tudo isso me fez refletir sobre os bloqueios mentais que adquirimos ao longo da vida, e que às vezes podem nos fazer mal. O fato é que no final, ganhei uma lição: Ás vezes as pessoas precisam confiar em seu próprio instinto, e as que exercitam ele freqüentemente(nós do Parkour por exemplo) precisam mais ainda.
Até Breve!
Pedro Santigas
domingo, 4 de abril de 2010
Me lesionei fazendo Parkour, e agora?
É comum vermos atletas de ponta lidarem com lesões com bastante frequencia. Creio ser impossivel alguém com uma rotina forte de treinos, principalmente em esportes de alto rendimento, e não estar sujeito a algum tipo de lesão. Bom, e como fica o Parkour no meio disso? Parkour pode ser comparado a um esporte de alto rendimento ou não? Me lesionei fazendo Parkour, e agora?
Sabemos que o Parkour é uma atividade que em sua essência não envolve competições ou busca por medalhas. Porém é fato que se quisermos ter um bom rendimento dentro da atividade, e desenvolver um bom Parkour, precisamos manter um ótimo condicionamento físico, ter uma boa alimentação, um bom sono, enfim, levar uma vida saudável. Isso se deve ao fato de o Parkour ser uma atividade em que o tempo todo envolve o uso da força física em praticamente todas as partes do corpo, e principalmente o uso da concentração para fazer um determinado movimento. Então por ser uma atividade em que envolve muito impacto, podendo também haver situações de muito risco, é extremamente necessário não admitir erros nos treinos, e treinar repetidas vezes um determinado movimento, bucando sempre a perfeição, treinar o condicionamento físico, ter um corpo forte. Sobretudo, saber o seu limite, até onde deve ir, saber a hora de parar e descansar. Essa é a melhor forma de prevenir alguma lesão dentro do Parkour.
Mas como não somos nenhum Wolverine, muito menos um Hulk, mesmo com toda a prevenção, nossos corpos também no Parkour estão sujeitos a lesões. E quando isso acontece, é a hora de tentar tirar aprendizados, que poderão ser valiosos. Particularmente falando, eu já me lesionei algumas vezes, e apesar de não ter sido nada realmente grave, pude aprender muito. A partir do momento em que você se lesiona, e está impossibilitado de treinar, é hora de parar e refletir sobre seu momento dentro da atividade, se conhecer melhor e sobretudo, não desistir. É preciso analisar onde estão seus erros, onde e de que forma você pode melhorar, é hora de readaptar sua mente, reavaliar conceitos, e também conhecer mais sobre seus limites. Talvez o periodo de lesão seja a sua maior prova dentro da atividade. É preciso ter muita paciencia para encarar todos os momentos da recuperação, pois para todas as etapas terá a sua hora certa. A recuperação consiste em um processo gradual, e pode ser muito arriscado pular essas etapas.
Pesquise, vá a um médico, procure saber mais sobre sua lesão e tudo que pode ser feito para se reabilitar. Assim como em um treino de Parkour, o período de lesão é a hora de se diciplinar, colocar metas, planejar da melhor forma a sua reabilitação. Se motive, busque inspiração em pessoas que já passaram por momentos de lesão e que se recuperaram. Você não é o primeiro, nem ultimo a passar por isso. Viva intensamente esses momentos, pois esse periodo será só seu, você estará sozinho nele, e tudo dependerá somente de você e de onde você quer chegar. Busque fazer outras coisas em momentos em que você queria estar treinando, pode ser um período para o ganho de novos conhecimentos sobre outras areas da vida, afinal a vida não é só Parkour assim como eu disse em um post anterior, o Parkour é somente uma das infindáveis ferramentas que o ser humano possui para se expressar.
Lidar com uma lesão nem sempre é facil, muito pelo contrário, pode ser muito dificil e doloroso. Mas só você mesmo vai saber o verdadeiro grau de importancia e o impacto que isso possui. Independente da gravidade da lesão, é você quem irá determinar como tudo irá acontecer adiante. É importante lembrar que nada vem de graça, e pra tudo há de se pagar um preço, até mesmo para bons aprendizados e descobertas.
Bons treinos, ou boa recuperação.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Amor sobrevive.
Seja no trabalho, escola ou faculdade, o fato é que muito vemos por ai muitas pessoas que exercem suas atividades sem o prazer de exercê-las, com motivações erradas, ou mesmo sem uma motivação real. É importante e fundamental encontrarmos amor naquilo que fazemos. Como ja diria aquela frase do Livro “Caminho do Guerreiro Pacifico” de Dan Millman: "Um guerreiro não desiste daquilo que ama, ele encontra amor no que faz.”
Depois desses anos praticando o Parkour ou a Arte do Deslocamento, eu descobri que realmente ainda tenho muito a aprender. Mas nada sobre escalar muros, ou pular cercas, mas sobre aquilo que fica aqui quando vamos embora dessa terra, os princípios que praticamos e pregamos ao longo dela. Tenho descoberto muito sobre mim mesmo, e quero continuar descobrindo até o final, e isso tem me feito refletir muito sobre a motivação que tem me feito treinar. Muitas vezes saímos para o treino com a motivação errada em mente. É preciso estarmos o tempo todo ligados naquilo que nos faz sair para fazermos o que fazemos, e seja lá o que for que façamos, façamos com amor. Tenho descoberto que essa atividade que pratico não significa muita coisa, ou nada, comparada ao que podemos transmitir através dela. É como você receber um presente por correio, com uma caixa muito bonita, e quando vai abrir ela, não há nada lá dentro, ou seja, a caixa se torna algo inútil.
Tenho visto que o Parkour é só, ou mais uma caixa, na qual podemos carregar muitas coisas valiosas dentro dela, porém muitas pessoas insistem em carregá-las vazias. Pedro, mas pra que esse post todo meloso? Não é questão de ser meloso ou não, mas é uma verdade que vejo diariamente. Pessoas sem propósito algum no que fazem, ou com propósitos totalmente desvirtuados, e isso acaba no final trazendo conseqüências tristes, e uma vida sem sentido. Eu faço questão de antes de qualquer salto que eu faça, estar antes me perguntando se estou fazendo aquilo dentro do propósito certo, ou com algum propósito que valha realmente a pena. Faço questão de mostrar para as pessoas o valor que aquilo tem para mim, e falar que aquilo pode nos tornar pessoas melhores se quisermos. Aquele salto não vai servir de nada, e será apenas mais um salto se eu não levar comigo algumas coisas como a amizade, a honestidade, a integridade, a benevolência, bondade, a humildade, a generosidade, a paciência, e acima de tudo o amor. Creio essa ser a base para um bom desenvolvimento em qualquer coisa que você faça na vida. Sem isso nos tornamos apenas caixas vazias e manipuláveis.
Nossos corpos são meras carcaças frágeis, que irão embora com o tempo. E o que vai ficar aqui depois? Você já pensou em que legado você quer deixar aqui quando partir? Pensem bem nisso antes de saírem pra treinar, e poderão estar aptos a desenvolverem coisas magníficas, e melhor ainda, permitir com que outras pessoas façam o mesmo.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Raymond Belle
Eu nunca havia assistido apesar de a data estar 2006. Achei bem legal. É Sempre bom dar umas retornadas ao passado, e estar sempre lembrando como começou essa história toda de Parkour.
link: http://www.wmaker.net/parkour/Raymond-Belle_r4.html
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Santigas Sessions 2009
Agradecimentos especiais aos meus irmãos de treino.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Treinos iniciais.
Acho interessante falar sobre o inicio de um treinamento de Parkour, pois é um período em que você vai estar descobrindo coisas novas e quebrando barreiras a todo instante, são momentos em que você passa a se conhecer de uma forma que talvez você ainda não conhecia, conhecer sua mente e seu corpo. Suas mãos doem, fazem bolhas, pois começam a calejar. A musculatura do seu corpo fica bem dolorida nos dias posteriores aos treinos, principalmente as pernas. Mas o mais interessante que acho nisso tudo, é que geralmente esse é o período em que você ganha animo total pra continuar treinando, ou simplesmente abandona a atividade por achar difícil, é um divisor de águas.
Os primeiros treinos de Parkour são fundamentais para testar a persistência de uma pessoa, pois é um período em que seu corpo vai estar se adaptando uma atividade desconhecida, então ele acaba sofrendo um pouco sim, como em toda e qualquer outra atividade física em que você for praticar. É muito provável também que você ainda não possua coordenação para efetuar os movimentos, mas calma, tudo isso há de ser superado! Ao logo dos anos em que treino Parkour sempre observei que quem consegue superar esse período inicial de treinos e adaptação, há de colher frutos muito bons adiante! Os resultados começam a aparecer sem você ao menos notar, e quando você menos espera já está fazendo coisas que antes pareciam impossíveis, ou muito difíceis.
Bom, o intuito principal dessa postagem é de falar aos que estão começando no Parkour, para que não desanimem só por conta desse período em que o corpo sofre para se adaptar. Eu passei por isso, e tenho muitos amigos que também passaram, e hoje são pessoas fortes e com um nível muito alto dentro do Parkour. Não acredito muito em “levar jeito pra coisa”, acredito sim em determinação e treinamento.
Tem uma história engraçada minha que sempre conto para quem estou ajudando a iniciar no Parkour. Quando eu comecei meus treinamentos eu costumava realizá-los perto de onde eu morava nos dias em que eu treinava sozinho. Cheguei a filmar algumas coisas, alguns saltos etc…Hoje, sempre quando vejo esses vídeos eu penso: “nossa, como eu era ruim”.
Eu realmente era bem desordenado no começo, mas a parte engraçada disso tudo é que lembro que na época eu não achava isso, na verdade eu me achava muito bom por estar treinando algo que a maioria das pessoas não treinava e por estar me dedicando por inteiro a isso. Lembro que tudo que eu aprendia de novo, mesmo que algo simples, para mim era uma grande conquista e eu ficava muito feliz, pois sabia que era mais uma barreira que estava sendo quebrada.